O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Às cinco pessoas que se perguntam porque não fiz o post de Feliz Natal

 Se há altura do ano em que não tenho cinco minutos livres, é esta. O meu trabalho não dá direito a férias de Natal, nem pontes, nem dias vinte e quatro ou vinte seis, (é à vontade do freguês). A juntar a isso, estamos desterrados na casa de campo da sogra, onde Migalhas gozam, essas sim, as férias, e portanto, além de fazer todos os dias alguns quilómetros para vir trabalhar, tenho uns serões preenchidos de gente.
Mas tenho dado umas espreitadelas rápidas e já vi que não tem ficado nada por dizer nesta blogosfera.
Eu também comi e bebi muito, também vesti Migalhas com lindos vestidos de Natal e até obriguei Migalha Pequeno aos calções com meias pelo joelho (pobre filho). Eu também tive família, e amor, e lareira, e rabanadas, e bacalhau e couves e tudo e tudo e tudo.
O presente mais visto e repetido, não foram meias (como os tempos mudaram), mas sim golas, daquelas de malha. A minha pobre sobrinha recebeu quatro, portanto estou em querer que nunca mais na vida tem frio no pescoço.
Deixem-me ainda dizer-vos que acho que desde que a minha mãe nos fazia camisolas de malha, que não recebia presentes feitos pelas próprias pessoas que oferecem. Este ano recebi um sabonete (homemade, cheiroso) e..., tcharan...uma gola (castanha, bonita).
As minhas meninas receberam mil brinquedos da Violetta que têm a particularidade de todos tocarem a mesma música (canetas, cadernos, diários, armários, caixas de maquilhagem, bonecas, malas).
Migalha Pequeno recebeu um leitor de DVD's portátil (já é o terceiro cá em casa) que apelida de "meu computador".
E pronto, as festas estão a ser felizes, o Natal foi Santo, e agora já estou em contagem decrescente para o novo ano.

Ainda do Natal

Se não fosse por mas nada, valia a pena só para ver Dito-Cujo e sogra a jogarem "Time's up" na mesma equipa.

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Indesejos de Natal

Minhas queridas amigas, tias, comadres, pessoas em geral, digam-me, quantos fondues de chocolate acham razoável que se tenha? E velas de cheiro? E sem cheiro, mas daquelas grandes? E porta jóias? E estojos para relógios? E conjuntos de saca-rolhas+termómetro para vinho? E suportes para cápsulas de café? E tacinhas para aperitivos?
Pois digo-vos, já tenho que dê para três gerações, por isso, se querem mesmo dar-me uma dessas coisas que os senhores das lojas vos espetam pelos olhos dentro, optem pelas molduras. Para uma mãe de três criaturas lindas e fotogénicas, nunca são a mais.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Yeeeeeeeesssss!

Migalhas foram de férias para os avós. Bolas, adoro os meus filhos, de paixão, de morte, de tudo o que queiram, mas estes últimos quinze dias foram coisa para acabar comigo. Isto sem a avó por perto (foi de férias mais cedo), é uma dose que não vos digo nem vos conto. Por isso, é com a maior das alegrias, felicidades, contentamento, que vos digo, que Migalhas foram de férias para casa dos avós.
Daqui a dois dias vou buscá-los, mas só por vinte e quatro horas, e porque temos programa de circo, que logo a seguir vou devolvê-los!
Hoje, saí do emprego mais tarde que nos outros dias e com mais trabalho feito, e fui para as compras. Corri o El Corte Inglés de cima a baixo, com a maior calma do mundo, vi e revi, mexi e remexi, até me dei ao luxo de andar a espreitar coisas que já sabia que não ia comprar, comprei tudo o que me faltava, e acabei sentada no sofá mais ou menos à mesma hora dos outros dias.
Como é que a malta sem filhos se queixa de falta de tempo...Pel'amor de Deus!

(Há meia hora ligou Migalha Pequeno lavado em lágrimas. Que o pijama que lhe mandei é feio. Querida sogra...Aguente, que isso é sono.)

Em modo check list

Faço listas.
Eu, outrora a pessoa mais desorganizada do mundo, vivo agora escrava de listas. Check-lists.
A lista do que tenho para fazer no emprego, a lista das compras do supermercado, a lista das contas que tenho que pagar todos os meses, a lista de presentes de Natal.
Até para aqueles três ou quatro dias de férias em que fico em casa faço uma lista tipo "ir IKEA comprar cortinado casa de banho" ou "mudar roupas quarto meninas", ou melhor, "fazer escolha armário tachos".
Na mala, tenho uns três ou quatro blocos de notas, cheios de listas.
No telefone, uma série de notas que não são mais que...listas de coisas para fazer.
A verdade é que a cabeça já não é o que era, e pelo menos assim, poupo os poucos neurónios que me restam ao desgaste do "saber que se tem alguma coisa para fazer e não se sabe o quê".
O único grande pequeno inconveniente, é que me habituei tanto a não ter que me lembrar do que tenho para fazer, que se por acaso arrisco não escrever, é certo, certinho, que me vou esquecer. O que no trabalho, digo-vos que pode não ser uma forma inteligente de viver.
Ou sobreviver.


terça-feira, dezembro 17, 2013

Dias com trinta horas resolviam-me o problema, pelo menos em Dezembro

Vivo atrasada. Literalmente atrasada.
Acordo e já saio de casa atrasada. Migalha Crescida é uma grande pastelona a comer, e não consegue mesmo despachar-se.
Quando estou atrasada, o elevador está ocupado e nunca mais chega, os carros que passam não me deixam "meter", os semáforos estão todos vermelhos. Quando estou atrasada, e todos os minutos são fundamentais na recuperação do tempo que já perdi e que me vai fazer falta daí a pouco, faço loucuras. Não paro numa passadeira, fazendo um sinal de desculpe a quem está para atravessar, enfio pela faixa do BUS confiante que não vai aparecer nenhum polícia, acelero desafiando os radares que já sei que estão ali.
Depois é chegar ao emprego atrasada, tomar o pequeno almoço a correr porque já cheguei atrasada, ver os lembretes a disparar no monitor do PC e começar a fazer a conta ao dia. Ao mesmo tempo, vou-me lembrando que faltam sete dias para o Natal e não tenho um único presente embrulhado, muitos nem estão comprados. E então faço uma lista, o nome da pessoa, o valor que estimo gastar com ela. Passo mentalmente os olhos pelo calendário e sei que há apenas uma nesga que me vai permitir ir às compras maiores, as outras, serão feitas às pressas nas horas de almoço.  O tempo para fazer embrulhos vai ter que ser roubado a outra coisa, provavelmente ao sono.
Basicamente estou atrasada nos preparativos do Natal, tal como estou agora ainda mais atrasada para fazer tudo o que aqueles lembretes ditam e vou estar atrasada para voltar ao trabalho depois de uma hora de almoço esticada...
Ao fim da tarde, vou estar atrasada outra vez, para ir buscar Migalhas, que  se vão atrasar para as actividades delas, que por sua vez me vão atrasar para fazer o jantar, que as vai atrasar na hora de ir para a cama.
Lá pelas dez da noite consigo finalmente sentar-me com o computador no colo, a dar umas voltas pelos blogues, a escrever umas parvoeiras, e depois deixa cá só espreitar este, e depois deixa cá ver aquele, e agora o tempo para amanhã, e agora o facebook, e vou inevitavelmente atrasar-me para ir para a cama.
E deve ser isto o stress, porque até a dormir faço planos e organizo mentalmente uma forma de chegar a todo o lado.
Ultimamente queixo-me tanto deste permanente estado de correria contra o tempo (que perco sempre), que até já larguei aqui e ali que qualquer dia "dá-me uma coisa". Depois fico completamente aflita, a pensar que se por acaso me dá mesmo "uma coisa", vão todos dizer, "ah coitadinha, ela bem avisou, mas para que é que andava sempre naquela correria, serviu-lhe de muito e não sei quê...". Cruzes, canhoto!
Eu sei, eu sei, é melhor calar-me, não digo coisa com coisa... deve ser SÓ cansaço.


segunda-feira, dezembro 16, 2013

Anda uma mãe a criar uma filha para ouvir isto

Por razões que são cá da minha vida (estava  a ver que nunca mais conseguia usar esta blogo frase), hoje tive que levar Migalha Crescida para o emprego durante um par de horas.
Ao fim de cinco minutos sentada à minha frente na secretária, pergunta:
- Afinal qual é que é o teu trabalho? Brincar com o computador? Quem me dera, que a minha escola também fosse só brincar com o computador!

domingo, dezembro 15, 2013

Tarde de domingo

Campo Pequeno, Panda e os Caricas.
Melhor, muito melhor que o espectáculo de 2012, que tinha sido, no mínimo, pobrezinho. Ainda assim, não me parece coisa para deixar memórias, nem a Migalhas. E acho caro, oitenta euros para ir sozinha (não vale a pena irem dois adultos sofrer), com as três Migalhas. Mas a avaliar pela quantidade de crianças acompanhadas por pais, avós e tios, diria que esta opinião não deve ser generalizada. 
Migalha Pequeno, quando viu aquelas pessoas da televisão ali, no palco, perguntou se estavam "xoltos".
Migalha do Meio, passou três quartos do tempo a dizer que tinha fome (e quando é que ela não tem fome).
Ao contrário de todas as previsões, a Migalha Crescida, "Panda que seca, só gosto do Disney", foi a que que se divertiu mais.
Ela, e umas quantas mães, que vibravam enquanto tentavam entusiasmar os filhos para as coreografias (é sempre bonito ver uma mulher adulta a andar como o pinguim).






sábado, dezembro 14, 2013

Tarde de sábado







De mim para mim

Estou indecisa no presente que vou dar a mim própria.
Um relógio, ou uns óculos escuros, ou um alisamento japonês-marroquino-indiano e uma coloração para tapar três cabelos brancos, ou (o melhor de todos), entrar em 2014 com saldo positivo na conta à ordem.

Vá para fora cá dentro

Travesseiros e bolachas de manteiga de Sintra, pupias de Alcácer, croissants de Oliveira do Douro, pampilhos de Santarém, bolo rei de castanha de Bragança, coscorões de Serpa, filhós da Sertã,  barricas de ovos moles de Aveiro, suspiros das Caldas da Rainha, jesuítas de Santo Tirso, raivinhas de Aveiro, esses de Alcáçovas, rebuçados de Mértola, folar de Mirandela, empadas de galinha de Castelo Branco, empadas de Leitão de Negrais, pasteis de Chaves.
Acompanha com vinho da Adega de Freixo de Espada à Cinta e ginjinha de Óbidos.
Tudo tudo numa pastelaria da avenida Guerra Junqueiro, em Lisboa.
Todos os sábados salivo abundantemente por aqui.

A maternidade é fodida II

Sábado:
10h00m- ginástica de Migalha Crescida
12h30m- música de Migalha do Meio
14h30m- catequese familiar
16h00m- "aula aberta" a pais e amigos (ballet de Migalha do Meio)
Sim, pelo meio temos que almoçar, sendo que a hora de ínicio da aula de ballet é ainda dentro do horário do encontro da catequese.
Dito-Cujo tem almoçarada de Natal e vai estar...hum...ausente.
Donde se conclui, que a maternidade é fodida, mas a paternidade nem por isso.



sexta-feira, dezembro 13, 2013

A maternidade é fodida

Ontem:
16h20m - sair do emprego
16h30m- Puta que pariu o trânsito, e os semáforos, e as pessoas que estão a estacionar.
16h45m- cheguei a escola de Migalhas mais novas
16h48m- Migalha do Meio estava tão atrasada para a aula de ballet, que decidi que não tinha tempo para subir as escadas e arrecadar Migalha Pequeno
17h00m- chegada ao clube (as outras meninas já a entrar para a aula)
17h10m- um par de collants, um maillot, uma saia, um casaco, um coque, depois, Migalha vai para a aula
17h20m- novamente no infantário para recolher Migalha Pequeno
17h30m- escola de Migalha Crescida que tem treino de ginástica daí a 15 minutos
17h43m- Porque é que nunca há um cabrão de um lugar à porta quando uma pessoa precisa mesmo?
17h45m- nova chegada ao clube
17h50m- Migalha vai para treino
18h00m- termina ensaio de ballet da Migalha do Meio
18h10m- supermercado com Migalhas pequenas a tiracolo
18h20m- Migalha Pequeno grita na fila da caixa que fez cocó nas "quecas"
18h23m- casa de banho do Pingo Doce onde descubro umas cuecas limpas
18h35m- de volta ao clube para assistir a uma demonstração de ginástica de Migalha Crescida (surpresa de Natal, yeah...)
18h45m- dores de morrer nos pés (calçados, sabe Deus porquê, com saltos altos)
18h55m- sem sentir os pés
19h15m- a pontos de me descalçar
19h30m- Fim! Fim! Fim!
19h50m- home, sweet home
20h30m- um jantar com colegas do emprego
00h00m- a minha cama
Hoje:
Tive um dia calmo no emprego. Relaxante, quase.
Até me lembrar (às 18h20m) que me tinha esquecido que era eu a ir buscar Migalhas. E as escolas fecham (as duas) às 19h00m.
Corre Xaxia, corre.
A maternidade é fodida.




quinta-feira, dezembro 12, 2013

Homens...Arrrg!

Máscara de limpeza (cara coberta de verde durante vinte minutos).
Máscara de hidratação (cara coberta de branco mais vinte minutos).
Pergunta Dito-Cujo:
- Isso é em duas de mão?

Estava quase a conseguir não fazer um post com a palavra Mandela

Mas estou tentada a colocar aqui as fotos das trombas da Michelle nas homenagens ao senhor (em epígrafe).
Ah, ou falar sobre a "selfie" do Obama.
Ou melhor, melhor ainda, contar-vos aquela do tradutor interprete de linguagem língua gestual, que raio, como é que um impostor aparece ali tãaaao perto, de pessoas tãaaaao importantes.
É que podem ainda não ter visto no telejornal, nem ouvido na rádio, nem visto no facebook, nem lido num dos trezentos e cinco blogues que fizeram um post sobre o assunto.
Não têm que agradecer.

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Estava aqui a ler um daqueles blogues de sucesso

E concluo, que comer muitas vezes ao dia, ao contrário do que se diz para aí, não emagrece.

Aloé Vera, pá...this is the end

É que parece que as bagas de goji estão numa de destronar esse que foi o campeão da higiene tuga, enriquecendo champôs, "geles" de banho, desodorizantes, loções hidratantes.
Campeão da higiene do lar, presente em detergentes de roupa de máquina, amaciadores, detergentes de loiça.
E rei na alimentação, pois se aquilo faz bem à pele, quando ingerido faz verdadeiros milagres. Se for em iogurtes, ou sumos, ui, ui!
Agora vou ali tomar um banhinho.
Com as ultimas tendencias.


As pessoas insistem em perguntar-me qual o segredo

Para ter emagrecido.
Cruzes credo, às vezes até parece que carrego o quarto segredo de Fátima no bucho, tal é o olhar desconfiado das pessoas.
Vá, diga lá o seu segredo. Diga lá como faz isso. E quanto perdeu? E há quanto tempo?
E eu digo que fechei a boca. E só a abro em ocasiões especiais.
E elas reviram os olhos, como se fosse impossível.
E volto a dizer, há mais de um ano que vos digo, deixem a bolaria ao pequeno almoço, as batatas fritas ao almoço, parem com as boias de pão na molhanga dos bifes ao jantar, mexam esse rabo gordo, e vão ver, que mais dia menos dia, também vão "ao sítio".

terça-feira, dezembro 10, 2013

Para Migalha Crescida:
- Filha, mas estás com o cabelo todo molhado! A Célia não te secou o cabelo como deve ser, porquê?
Diz a do Meio:
- Oh mãe, não "despidas" a Célia por favor.

Também falo de moda

Não sou nenhuma fashion victim. Afinal, não tenho liquidez para vestir os originais, e aquelas coisas que vão dar quase ao mesmo, olhem, o que é que querem, não me enchem o olho.
Mas como qualquer mulher, gosto de fazer os meus investimentos naquelas peças clássicas que não passam de moda, que rentabilizamos pela quantidade de vezes que se usam.
No início de cada estação, lá dou umas voltas, até me achar capaz de gastar aquele dinheiro que é mais do que deveria gastar, e escolho a peça que julgo que me faz mesmo falta no armário e que vou usar, tipo até à exaustão.
Este ano escolhi uma gabardine e um chapéu de chuva.
Que merda, não?

segunda-feira, dezembro 09, 2013

A receita (vejam lá se levo jeito para isto)

Salada deliciosa:
Folhas de alface lisa e alface roxa, rúcula, cubos de maçã fuji, sementes de girassol, vinagre balsâmico, um fio de azeite,  uns pingos de mel, (que atenuam a acidez do vinagre), numa mistura agridoce que eu adoro. Pedras de sal grosso, a gosto mas com cautela. Podem juntar-se croutons.
Acompanha bem com pato assado, com salmão grelhado.

(Falta a fotografia, mas podem imaginar uma taça branca imaculada, com as folhas de alface brilhantes e pingos de mel reluzentes). Numa mesa branca. De uma cozinha de chão branco, paredes brancas e móveis brancos.
Não vos será difícil.

domingo, dezembro 08, 2013

Do fim de semana espectacular

Na região do nosso Portugal que mais adoro, o Alentejo, (talvez porque de lá tenho muitas memórias felizes da minha infância).
Um sol maravilhoso, capaz de nos aquecer mesmo no meio da manhã mais gelada, umas cores de Outono como não me lembro de ver, (árvores matizadas entre o amarelo, o vermelho e os laranjas), um céu tão azul, mas tão azul, uma lareira numa casa de amigos, comidinha (caseira, nada de restaurantes) de comer e chorar por mais, belos vinhos. E campo, e espaço, e animais, e Migalhas super ocupadas e super felizes.
Foi pouco tempo, mas foi tão, mas tão bom, que quando vínhamos a caminho de Lisboa, até uma enorme estrela cadente caiu no céu.
Mas não vos vou maçar com mais conversa, em vez disso vou maçar-vos com umas fotos (sou péssima fotografa, mas vá).




sábado, dezembro 07, 2013

Agenda Cultural de Dezembro

1. Frozen
2. Panda e os Caricas
3. Circo Cardinali
4. Quando for grande quero ser
E talvez "O Quebra Nozes" e o "Robin dos Bosques".
A Ticketline devia ter aqueles cartões de carimbos que dão em algumas lojas.  Ao fim de 10 carimbos, um bilhete de borla.
E deveriam existir descontos para famílias numerosas. Para não termos que escolher entre os Caricas e o bacalhau cura amarela na mesa da consoada (exagerando, claro).
Ah, e sim, também há coisas que eu gostava de ver, mas esta coisa da maternidade, definitivamente consome-me.
Tudo.

sexta-feira, dezembro 06, 2013

E a publicidade encapotada fora dos blogues...Quem diria?

Pessoas que se insurgem contra a publicidade que por aí anda e não é anunciada como tal, digam-me, já puseram os olhinhos na novela Belmonte?
Desde o leite Mimosa ao azeite Galo, passando pela Leopoldina...São longos diálogos entre os actores sobre as mais valias do cálcio, ou sobre a acidez do azeite. E talvez eu seja distraída, mas tenho para mim que não vejo lá no canto a palavra PUB a piscar.
E a da rádio Comercial logo pela manhã? A Vanda Miranda deve ter uns 317 pares de óculos da MultiOpticas (mínimo, claro).
Ao pé disto, dizer num blogue que um creme que nos fez crescer escamas é muita bom, é peanuts. Quase inofensivo.


O Natal dos ateus

Não entendo, por muitas voltas que dê à cabeça, como é que pessoas que apregoam aos sete ventos que não acreditam em Deus, que não têm um pingo de fé, que acham que tudo o que temos é aqui e agora e a morte é o finzinho de tudo, como é que essas pessoas,  festejam o Natal.
É que para sermos solidários, estarmos com a família, trocarmos presentes, ensinarmos às crianças o significado da partilha, falarmos de amor e paz, comermos alarvemente como se o mundo fosse acabar, não precisamos do mês de Dezembro, podemos fazê-lo em qualquer altura do ano. 
O Natal é a celebração do nascimento de Jesus, que calha ser Filho de Deus. Para quem acredita em Deus.
Não acreditando em Deus, não se pode acreditar no Seu Filho, logo, não há Natal.
Até entendo aquelas pessoas que não têm bem a certeza daquilo em que acreditam. Entendo aquelas que não seguem nenhuma religião porque fazem uma interpretação própria dos acontecimentos. Até compreendo as que dizem que lhes é indiferente. 
O que não me entra na cabeça, é que quem diz que não acredita em nada de nada, celebre o Natal tal e qual acreditasse.
Estranho, não?

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Os presentes das meninas

Diário musical da Violetta
Caixa de maquilhagem musical da Violetta
Microfone da Violetta
Diário com chave da Violetta
Pequeno armário de organização da Violetta
Puzzle da Violetta
Conjunto de canetas da Violetta
Violetta, Violetta, Violetta!
SOCORRO!!!!!!


Migalha e Deus

Migalha Crescida chegou da escola a dizer que o professor lhes contou que não acredita em Deus.
Olhei para ela, torci-me ligeiramente na cadeira, e expliquei, que há pessoas que não acreditam em Deus, que há quem acredite que não existe.
Migalha olhou para mim com aquele ar de "daaah" que elas fazem e disse:
- Mãe...Há livros. Há filmes.
Era aqui que me deveria deter para explicar que os livros e os filmes são muitas vezes -quase sempre- ficção (também teria que explicar o que quer dizer ficção). Era aqui que lhe deveria dizer, que quem acredita vê Deus em todas coisas e até O pode sentir no coração, mas jamais O vai ver como nos vemos uns aos outros. E que há quem só acredite no que vê. Mas estávamos no meio do clube, entre o ballet de uma Migalha e a ginástica da outra e...e comecei a pensar no trabalhão que tenho tido para a arrastar da cama aos domingos, na cara de enfado com que costuma dizer que a catequese é uma seca, e sinceramente, achei que aquela certeza que tem de que Deus existe e é um dado adquirido na nossa vida, é uma coisa boa.
Tenho a certeza que as dúvidas chegarão. Que vão existir dias, muitos, em que vai tentar procurar Deus e não O vai encontrar, nem sentir. Vai zangar-se com Ele umas vezes, vai colocar todas aquelas questões: se Deus existe porque é que há crianças que sofrem, porque há tremores de terra, tornados e furacões e tsunamis que matam milhares de pessoas, e acidentes, e pedófilos e psicopatas. Depois é esperar que procure fundo no seu coração e O encontre, e compreenda os seus desígnios, e os aceite. Que os aceite mesmo quando não os compreende.
Mas por agora, a semente já está lá.
E sinceramente, isso deixa-me feliz, mas com dúvidas. Devo abrir-lhe a janela para o outro lado, ou esperar que a vida o faça?

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Abençoado Tinoni

Migalha Pequeno vai ao Tinoni. É o primeiro passeio que faz com a escola (não há uma lei que proíba estas coisas a bebés de três anos?!), e está super entusiasmado. Vai na "camineta" com os amigos.
Claro que sempre que eles estão mesmo muito excitados por irem fazer alguma coisa que desejam ardentemente, eu aproveito isso até à medula.
Hoje, a hora e meia que tive com ele foi assim:
- Se não tomar banho vai ficar com um cheirinho mau e não pode ir ao Tinoni
- Se não secar o cabelo, vai ficar doente e não pode ir ao Tinoni
- Se não comer fica sem forças e não consegue ir ao Tinoni
- Se não arrumar o quarto, amanhã fica de castigo e não vai ao Tinoni
- Se não for para a cama, amanhã não acorda a horas de ir ao Tinoni
And so on...
Deve ser isto aquilo a que chamam educar.

Ah, e já agora para quem não sabe o que é o Tinoni, ide espreitar. Cá em casa só falta o mais pequeno, as manas já foram, e vieram verdadeiras especialistas em regras de segurança. Ah, e o que fazer em caso de sismo.

Segurança Infantil

Aqui a pensar

Na quantidade de sacos do Ikea que saíram aqui de casa cheios de roupa e sapatos que não nos servem, ou que por uma razão ou por outra já não gostamos, e eu aqui a pensar, que saiu tudo de borla, pois se já não nos serve, também não nos faz falta, já passávamos sem eles, e a pensar que aquilo foi tudo para pessoas que precisam, coisas mesmo boas, algumas novas, e talvez tenha feito mal, devia era ter vendido aquilo tudo e fazer chegar a quem precisa uma percentagem, e eu ainda havia de conseguir algum, para poder reinvestir em mais carteiras e sapatos e roupa, que daqui a algum tempo havia de dar para vender e com sorte, ainda entregava mais uma percentagem aos pobrezinhos. Tadinhos.

domingo, dezembro 01, 2013

Do fim de semana

Este fim de semana deveríamos ter rumado a norte, para Bragança. Não estava propriamente a morrer de vontade, nem a dar pulos de contentamento, porque se aqui está frio, nas terras do nordeste transmontano a coisa é antecedida de um sinal menos, mas Dito-Cujo tinha tudo programado com amigos, e estava entusiasmado, e eu já estava mesmo era a a tentar adivinhar quantas camisolas consigo carregar no corpo sem que as vértebras gritem.
Bom, como os planos abortaram, de repente fiquei com um fim de semana inteirinho livre, o que na época do Natal, com tanta coisa para fazer e tanta solicitação, me pareceu maravilhoso.
E então, eis que resolvi transformar o meu sábado numa verdadeira correria, a tentar chegar a todo lado, com a ginástica de uma Migalha, a aula de música de outra, (isto de manhã), uma combinação de almoço com os meus pais, de onde segui com a mãe para as compras de Natal (homens nas compras é que não). À tarde, um aniversário que não queria mesmo falhar, e por fim, um jantar com os sogros.
Tanta coisa combinada para o mesmo dia, deixou-me a sensação de estar sempre atrasada, que é a sensação com que vivo toda a santa semaninha. E que é horrível, porque sentimos que não fazemos nada de jeito, já para não falar na carga de nervos que se apodera dos músculos do pescoço, que ficam tipo granito.
Mas não há ninguém para culpar a não ser eu própria, e a minha vontade de chegar a todo o lado ao mesmo tempo.
Hoje está tudo mais calmo. Além da missa do primeiro Domingo do Advento, e de um almoço fora de casa, (consegui chegar a Domingo à tarde com a cozinha arrumada, yeahhh), não fizemos mais nada a não ser comer bolachas e beber chá, manta nas pernas, televisão a trabalhar, Migalha Pequenino a ressonar com a cabeça deitada no meu ombro, manas estendidas  no sofá. 
Dito-Cujo é um corajoso, artilhou-se dos pés à cabeça (até collants levou)  e foi para o estádio ver o Sporting. 
Querido e amado marido, sei que deves estar a morrer de frio, mas olha...Faz de conta que estamos em Bragança!

quinta-feira, novembro 28, 2013

terça-feira, novembro 26, 2013

Já que Nossa Senhora não me vale...

Alguém me valha!



Minha Querida Nossa Senhora de Fátima

Eu sei que fui eu que fui até Ti, à Tua casa.
Eu que tanto agradeço todas as graças que recebo, desta vez fui pedir-Te para me ajudares na difícil missão que é educar crianças que venham a ser homens e mulheres como devem ser. A Ti que também és mãe.
Fui pedir-Te para ser melhor, mais carinhosa. Para conseguir educar na base do diálogo, sem gritarias, sem ameaças. Fui pedir-Te para me dares mais paciência, resiliência. Para ser mais compreensiva e calma, numa casa onde reine a harmonia e paz.
Para que consiga respeitar os meus filhos como pessoas, com vontade própria, com personalidades diferentes e vincadas. Para que consiga responder a essa diferença com amor e meiguice.
Fui pedir-Te para me ajudares a ser mais tolerante, oh se preciso ser mais tolerante...
Eu sei que fui, e que nem me chamaste, mas precisavas mesmo de me começar a por à prova desta maneira?
E logo numa segunda feira?

segunda-feira, novembro 25, 2013

Isto também é violência domestica

A nossa casa atinge um nível de desorganização tal, que agarramos nos quatro últimos dias de ferias do ano, e resolvemos tirá-los apenas e só com o propósito de arrumar. 
E então um dos dias é passado a organizar roupas e roupeiros, tira Verão, pendura Inverno, de lado para dar a quem precisa a roupa que não nos serve (no nosso caso está muito grande, é portanto positivo). 
No fim temos um roupeiro organizado, com base na teoria de uma coisa em cada lugar, um lugar para cada coisa. 
Mudamos sítio das calças de Dito-Cujo e avisamos que deixaram de estar ali e passaram a estar acolá, onde há espaço disponível. Dito-Cujo diz que sim, e parecia que estava mesmo a ouvir. Parecia, claro. 
Hoje, vejo todos os meus casacos largados em cima da cama. Pergunto qual o problema dos casacos. 
- É para pendurares noutro lado. Não estou para andar duas horas à procura das calças. 
Claro que tinha tirado os casacos do sítio onde o armário tem altura suficiente para eles, para colocar três pindéricos pares de calças que estavam no sítio que lhe tinha dito.
Tive um verdadeiro ataque de histeria. 
Querido e amado marido, quando tu perderes cinco minutos da tua vida a arrumar ou organizar alguma coisa naquela puta daquela casa, decides onde ficam as tuas calças. Até lá, o sítio delas é o que te indiquei. 
Estou certa que não voltas a esquecer-te. 

sábado, novembro 23, 2013

I'm sexy and i know it

Collants. Meias por cima. Camisola interior entalada nas cuecas suficientemente grandes para abarcar   camisola sem deixar entrar uma nesga de ar.
Calças, gola alta, botas, um poncho de lã.
How sexy is this?

Oh, que lindo o Inverno!

Que se lixe a visão romÂntica, da camisola de lã branca grossa, bas botas de pelo supé quentinhas, da lareira a crepitar, das bolachinhas de manteiga e das panquecas, do cházinho a fumegar. Cá comigo, é mais estar aflitinha para fazer xixi e não fazer porque que não me apetece despir as calças, é entrar no carro e por o ar condicionado a 25 graus, é dormir no sofá até às duas da manhã para não ter de largar a manta. É tomar banho de água a escaldar até ficar encarnada, e não por cremes nem mariquices, porque tenho um FRIO de morte. Ouviram, ou vocês que acham que o Inverno são renas do Pai Natal e paisagens bucólicas de neve: está FRIO!

quinta-feira, novembro 21, 2013

O melhor do meu dia

Descobrir que finalmente Migalhas podem começar a usar collants sem serem fashion excluídas.
É que já não aguentava aquelas pernas roxas, logo roxo que é uma cor que não vai bem com nada.

O dia em que constato

Que a malta dos blogues famosos também dá erros ortográficos.

terça-feira, novembro 19, 2013

Migalha do Meio, quem mais?

Mãe, quando for "alóin" outra vez podemos ir para um país onde se festeja o "alóin" fazer tortura ou travessura?

Aqui também se fala de nutrição

Digo-vos, que não percebo nada disto. Primeiro a queda do leite, depois que afinal comer ovos todos os dias não faz mal. Agora é o trigo o causador da nossa péssima nutrição, tão mau que nem todas as bagas de goji, nem todo o Pilates do mundo nos salvam.
Afinal as cetonas de framboesa não são o que foram todo o Verão, e a cura para os nossos excessos está no café verde.
Só falta a notícia que a cenoura não nos faz os olhos bonitos, para admitir que vivi uma vida enganada.

Nos caminhos da beleza

Esteve cá em minha casa uma senhora a fazer uma demontração de uns produtos para a pele. Coisa muito boa, tecnologia descoberta por cientistas da Nasa, desenvolvida por laureados com Nobel da Medicina, e patenteada pela empresa americana para a qual trabalha, razão pela qual são únicos no mercado. Únicos, ouviram bem?
E depois de quase uma hora numa de põe máscara tira máscara, creme, creme, creme, lá comprei dois produtinhos destes à senhora, afinal não é todos os dias que nos é permitido comprar o melhor do mundo, pois é?
E digo-vos, com estes produtos inovadores e exclusivos, capazes de acabar com borbulhas, pontos negros, rugas, enquanto equilibram o PH e hidratam, e mais os conhecimentos que adquiri no workshop de maquilhagem, sou bem capaz de ficar top!
Finalmente consegui usar a palavra.
Claro que se em vez de um mini e sub alimentado blogue, eu tivesse um blogaço, eu agora diria o nome dos produtos e a senhora (simpática, por sinal) deixaria cá em casa toda aquela tecnologia metida em bisnagas, mas de borla.

segunda-feira, novembro 18, 2013

Migalha Crescida e a autoridade parental

Hoje ligaram, pela trigésima quinta vez desde que entrou para escola primária, a dizer que Migalha Crescida estava com dores de cabeça. Ainda não houve uma única vez que isto acontecesse e que se verificasse que Migalha estava abatida, combalida, murcha. Nunca. Mal sai o portão da escola, passam-lhe todas as dores e más disposições.
Mas fico sempre na dúvida. E se...E invariavelmente, vou buscá-la.
Ora ela hoje está de castigo, proibida de ver televisão, castigo ditado pelo pai logo ao pequeno almoço.
Quando chegou a casa supostamente doente, perguntou:
- Ó mãe, quando um dos pais não está em casa, quem manda é o outro não é?
- Hum, hum...
- Pois, então se tu achares que eu posso ver televisão, mesmo que o pai tenha dito que não posso, tu deixas, não é?
- Televisão? Estás com dores de cabeça horríveis, não aguentaste estar na escola, a televisão faz  muito mal às dores de cabeça!
- Sim, eu sei, mas tipo logo, se estiver melhor.
Entretanto mandei mensagem a pai, a informar que Migalha estava fina, e que já tinha pedido para ver televisão, jogar Nintendo, iPad, etc, etc, e que eu não tinha deixado para ver se ela metia na cabeça que vir para casa é uma seca e que mais vale ficar na escola. Ele lembrou que estava proibida de ver televisão durante todo o dia de hoje.
- Olha Migalha, o pai já mandou mensagem a lembrar que o castigo está de pé.
- Sim...Mas o pai não está cá. Quem manda és tu, não é?
- Neste caso não. O pai deu um castigo, eu sei disso, ele lembrou-mo, e portanto, não vou contra o que o pai disse.
- Isso é injusto! Tu fazes tudo o que te mandam? És um robot ou quê?
Ou quê.

domingo, novembro 17, 2013

Chamem a polícia, que eu não pago

Ontem num restaurante do Colombo, onde tentámos jantar depois de levar Migalhas ao cinema, fomos tão, mas tão mal servidos e atendidos, que pela primeira vez na minha vida, disse que me ia embora sem comer e não pagava.  Ainda pedi para falar com o responsável, mas pasme-se, o gerente não podia sair da cozinha, onde estava entretido a empratar filetes-tipo-douradinhos ainda congelados.
Hoje, Migalha do Meio chora desalmadamente deitada na cama, porque não consegue adormecer e não consegue parar de pensar em coisas más.
E que "coisas más" são essas, perguntam vocês?
Pois...Podemos ir presos por não termos pago o jantar no restaurante de ontem.


sábado, novembro 16, 2013

Explosão de sabores

Tirar a pele à farinheira, juntar pedaços pequeninos de pimento vermelho, frigideira ao lume, brando.
Ao lado, cogumelos Portobello cortados em pedaços, não gosto deles laminados, cubos de bacon, muito alho, coentros, a fritar no azeite. O salmão temperado com sal, laranja e manjericão, regado com mel, por e tirar, mal cozinhado, como gostamos. Um paté. Aliás, um foie gras. Hum...Foie gras...Manteiga a derreter ao lume, uma colher generosa de açucar, maçã em lâminas até ficar caramelizada. Três variedades de pão, centeio, nozes e passas, alho. Tostas. Ovos mexidos, juntar à farinheira, vê-los a cozinharem na gordura, menos de um minuto, não deixar passar os ovos.
- Vinho?
Não, vou ficar pelo gin, está a saber-me tão bem.
E a comida óptima, e o gin óptimo.
Milka Choco Jelly, trouxe a avó, chocolate Milka com gomas, smarties e...pedaços de chocolate explosivo. Peta-zetas...?! Uau, igual! Estranho. Mas bom. Parece que tenho estalinhos a descerem pelo esófago. A língua está em ebulição. Ah ah ah, isto até custa a falar, bolas. Das peta zetas. Ou do gin, caraças.
Talvez esteja um bocado cheia para me deitar. Caraças, muito cheia, Mas tenho tanto sono...Será possível que estas dores de barriga sejam as peta zetas que estão a explodir nos meus intestinos? Ou serão cólicas. É pá...Isto não está a correr nada bem.
E ontem foi assim.
Até agora.
Alguém sabe durante quanto tempo explodem as peta-zetas? E como se pára isto?

sexta-feira, novembro 15, 2013

quinta-feira, novembro 14, 2013

Amuo

Alguém nesta vida me explique, quando é que o amuo deixou de ser uma forma infalível de resolver questões?
Porque está mesmo a ver-se que se uma coisa não corre como queremos, devemos recorrer ao amuo. O amuo, quando bem feito, deveria provocar no outro uma vontade incontrolável de resolver as coisas, só para ter o prazer de nos ver um sorriso ou ouvir a nossa voz. Até porque se sabe que quem amua, não pode desamuar sem mais nem menos, pois que o orgulho não deixa, pois que pode até parecer que amuámos sem razão.
E então, como o outro lado parece conviver alegremente com o nosso amuo, e não parece minimamente inclinado para nos pedir perdão pelo inconveniente de nos ter obrigado a amuar, resta-nos imaginar situações que passamos a desejar que ocorram e que acabem com a birra sem termos que dar o bracinho a torcer. A saber: o carro empanar no meio do caminho, irmos parar às urgências do hospital (nada grave, cruzes, pode ser só uma crise de ansiedade ou assim), alguém nos pedir para dar um recado urgente, darmos um trambolhão na banheira, ficarmos encravadas no elevador.
Como nada disto aconteceu e o amuo já dura há tanto tempo que preciso de fazer um exercício de memória para me lembrar exactamente porque é que PRECISEI de amuar, provavelmente vou ter que meter o rabinho entre as pernas.

Os dele, os dela e o deles?

Amiga, depois de um divórcio algo precipitado, está finalmente a refazer a vidinha, que é como quem diz, tem um novo namorado, está apaixonada.
Com os filhos de um e de outro, somam quatro criancinhas, que em plena fase de adaptação a esta nova "família", dão um trabalhão.
Mas amiga, que eu considero pessoa inteligente, esclarecida, emocionalmente estável, resolveu que o que precisa mesmo é de ter um bebé.
E sabem porquê?
Porque um bebé lhe dará outro estatuto, outra segurança. A tornará mais legítima na competição com a ex-mulher que tem esse papel soberano de "mãe das filhas".
A sério, como é que as mulheres ainda continuam a achar que um bebé prende alguém...
Perguntei-lhe se os dois filhos tinham impedido o marido de se separar. E se as duas filhas do namorado, o tinham impedido de despachar a mulher.
A insegurança é realmente uma coisa tramada, e muito, mas mesmo muito, má conselheira.
Venha lá esse bebé, mas com outra motivação que não essa.
Pelas roupinhas, por exemplo.

quarta-feira, novembro 13, 2013

Também tenho dúvidas

Será mito o que dizem, que os homens gostam de gajas boas de formas generosas, mas para casar escolhem uma boa mulher? Será que não são desculpas que inventamos para não manter o rabo rijo?
Eu sou uma boa mulher, caramba.

terça-feira, novembro 12, 2013

Migalhinha

Estamos nas orações da noite.
Sinal da cruz, agradecer o bom dia que tivemos a Jesus, oração do anjinho da guarda.
Nisto Migalha Crescida pergunta se alguém quer aproveitar para pedir alguma coisa ao Jesus. Diz o meu Migalhinha Pequenino: água!
Gargalhada geral.
Sai um copo com água.

E sobre as pilosidades do rosto

Bom...Para verem que levo muito a sério o que ensinam nos workshops, e que sei reconhecer uma careta condescendente perante umas sobrancelhas "ao natural", já tratei de me entregar às mãos de uma esteticista.
A partir de hoje, além de escrava das pernas, das virilhas, do buço, das unhas, sou também oficialmente escrava das sobrancelhas.
Conselho muito importante e que eu desconhecia em absoluto: jamais titar os pelos das sobrancelhas com cera. Os "puxões" da cera, "partem" o músculo que sustenta as pálpebras, que irá inevitavelmente descair e fazer-nos parecer ao fim de pouco tempo, com mais dez anos e com necessidade de bater à porta de um bom cirugião plástico.
E já que estamos a falar de pelos, e que já vi que tal como eu vivem na ignorância, fujam das extensões de pestanas. Parece que ao fim de pouco tempo o pestanedo começa a falecer, e aí, nada vos salvará o olhar.
Para mais dicas preciosas, inscrevam-se vós próprias num wokshop.



Confesso a Deus todo poderoso

E a vós irmãos que tenho 6 livros da MRP na estante.
Mas a minha culpa é atenuada. Há três que permanecem intocáveis e os outros três foram lidos antes dos vinte e cinco anos.

Tenho uma pergunta para vós:

Fazer como a avestruz, sim ou não?

segunda-feira, novembro 11, 2013

Xaxia também vai a workshops

Workshop de maquilhagem, cortesia de um fornecedor da empresa.
Adorei. E adoraria colocar aqui fotografias do antes e do depois, mas infelizmente não servi de modelo (só escolheram as feias, está visto).
O que gostei mais, foi descobrir que fazia tudo ao contrário. Que escolho um tom de base errado, que nunca, jamais em tempo algum, se põe sombra nos olhos sem máscara de pestanas, que é impreterível o corrector, que limpar a pele da cara de manhã é um grande disparate. Até a forma como mergulho o pincel no pó, em círculos, está errada...Ah, e se vocemessês possuem menos que uma dezena de pincés, esqueçam, estão longe!
E portanto não tomei notas, porque é só fazer precisamente o inverso do que fazia até agora para ficar linda e maravilhosa. Radiosa. Luminosa. E tudo o que queiram que acabe em "osa" desde que não seja "pirosa".

S. Martinho by night

Depois de vinte minutos na fila das castanhas do assador da rua (promessas de mãe), lá consegui três dúzias de castanhas.
Depois de jantar, comemos as castanhas (valeu bem a pena a espera, não tem nada a ver com aquelas que asso em casa), e enquanto elas se deliciaram com Bongo (podem mandar cinquenta litros por mor da publicidade), eu abri uma garrafa de vinho (já se sabe que S. Martinho rima com vinho).
E aqui estou, com as castanhas, com o vinho e com esta folha em branco que às vezes parece gigante...
Migalhas já rumaram à cama e portanto estou sozinha.
Mas em abono da verdade se diga, que quando não soubermos estar bem sozinhos, vamos estar bem com quem?

Hoje

E entro no carro e marca 25 graus, que me aquecem mais que o corpo, e conduzo com o rio à esquerda, só vejo uma nesga mas sei que está ali e isso basta-me, e o sol brilha e o céu está com aquele azul que não há em mais lado nenhum, e eu penso, que ninguém tem o direito de ficar triste num dia como o de hoje, numa cidade como esta.

Frustração é...

Ter as respostas certas e ninguém fazer as perguntas.

sábado, novembro 09, 2013

Ah e tal, que ganhe o melhor

E o melhor ganhou.

Sogra e as novas tecnologias

Sogra liga.
Mando SMS a dizer que estou em reunião.
Sogra devolve com mensagem no Viber. Ok...Percebi. Respondo no Viber.
Recebo mensagem final no Whatsapp.



Sobre a MRP nem um pio

Falei da mala da Pepa, dos pobrezinhos da Comporta, da Judite e do Lorenzo, da Barbara e do Carrilho. Sinto que devia ter uma palavra a dizer sobre a MRP. E não tenho.
Que estucha...

sexta-feira, novembro 08, 2013

Ser mãe é...

Ficar com a parte do frango que ninguém quer.

Comentário que inspirou um post

"Eu não sou avó, e muito menos sábia mas sei que um dia não vou estar cá para dizer ao meu filho coisas que quero que ele saiba, coisas que não quero que ele esqueça, e por isso aqui e ali, escondido dentro de livros ou entalados nas estantes, ou mesmo colados num albúm de fotos vou deixando bilhetinhos com mensagens que sei que ele um dia encontrará; confio no tempo (no destino?) para que ele os encontre no tempo certo, quando lhe forem mais úteis."

Sexinho deixou um maravilhoso comentário num post, do qual este é apenas um pedaço, mas foi exatamente este pedaço, que me deixou a pensar (a choramingar também, mas vá, vamos atribuir a culpa às hormonas).

Durante muitos anos não conseguia falar da minha morte. Achava que só por falar, já estava a dar azar. Jamais conseguiria planear o que quer que fosse a pensar no dia em que não estivesse cá. Admirava a coragem de quem fazia testamentos, arrepiava-me com os funerais pagos em vida, com a mãe de uma amiga que tinha o vestido com que queria ser enterrada sempre arranjado.
As coisas mudaram. Já não penso assim, e sobretudo, já consigo falar disso com aquilo que considero alguma naturalidade. 
Já pensei muitas vezes em escrever cartas para cada uma das pessoas que gosto receberem se eu morrer, já vou de vez em quando dizendo o que quero que façam ao corpo, tenho um seguro de vida (um a que não fui obrigada pelo banco, claro). 
Mas esta ideia dos bilhetinhos escondidos na esperança que alguém os encontre no momento certo, é absolutamente maravilhosa, e muito sinceramente, estou a pensar copiá-la descaradamente.
E não sei qual foi o momento em que comecei a conseguir lidar com a ideia de que um dia vou morrer. Quer dizer, não sei qual foi o momento exacto, mas parece-me que tem tudo a ver com os filhos, com a existência de descendência, com o conforto da continuidade de nós noutras pessoas, uma continuidade efectiva, física, que vai além do permanecer no pensamento e essas tretas que podem acontecer ou não.
E com isto quero dizer, que no meu caso, os meus filhos além de terem dado um sentido verdadeiro à minha vida, também me ajudaram a dar sentido à morte, que obviamente espero que só aconteça daqui a uns cem anos, se não puder ser mais (sabem lá, a medicina está muito avançada!).

As dietas e blá blá blá

Estava aqui a ler sobre dietas e perdas de peso (coitadas das pessoas que passam a vida a lutar contra metabolismos baixos, contra genéticas desfavoráveis, contra tiróides traiçoeiras) e lembrei-me da minha primeira gravidez. Foi o momento de viragem,  de magra passei a gorda, estado que adoptei não durante nove meses, mas durante cinco anos.
Sempre que me lembro de como engordei naquela gravidez (na segunda também, não aprendi a lição), lembro-me dos lanches de fim de tarde:  panquecas, scones com doce de morango, bolachas de manteiga. Litros de chá. Com quilos de açucar. Era uma grávida gorda e feliz.
Depois Migalha nasceu, e descobri que tinha passado a vestir o 44. Mas nem por um momento culpei o metabolismo, a tiroide ou os genes gordurosos da família. Nem sequer culpei aquela Migalha franzina que nem três quilos tinha (como é que de uma barriguça daquelas só saía aquilo?!).
Eu tinha escolhido comer porque o prazer que a comida me dava então, compensava aquele pequenino inconveniente de ter passado a ser uma marmota. 
Meninas, ser gorda não é (na maior parte dos casos) uma fatalidade. É uma escolha. 
Como é que diz a sabedoria popular? Perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe. 
Agora ide, ide comer papas de aveia, tomate cherry e salmão braseado, que o fim de semana está à porta e já se sabe que é quando a tiroide fica mais preguiçosa. 

Migalha

- Mãe, este carrinho das bonecas é para dar uma menina que não tem brinquedos?
- É.
- Ai mãe, ainda bem que te preocupas com os outros. Eu também me preocupo tanto!
E é mesmo verdade. É assim a minha Migalhinha do Meio. Coração gigante.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Lei de Murphy mas ao contrário

Uma promessa de almoço a Migalha Crescida às 12h30. Um agendamento para fazer o cartão do cidadão às 13h45. Aparentemente tinha tudo para correr mal. Já se sabe que os putos farejam a pressa, sabem quando os estamos a querer despachar, e é nessas alturas que são acometidos de sono, dores de barriga, vontade de fazer xixi. Era exactamente o que eu pensava que ia acontecer, e até já ia meio convencida que ali ao cair das 13h30 tinha que ligar a remarcar para outro dia. Mas ele há dias em que parece que as coisas andam sobre carris, ligeiras, sem atrito, os acontecimentos sucedem-se com uma coordenação impecável, nada demora nem mais um segundo do que é suposto demorar. Hoje foi assim. Migalha saiu à hora a que é suposto sair das aulas da manhã, aceitou o primeiro sítio que sugeri para almoçar, aceitou caminhar até lá sem fitas, comeu num instante, voltou para a escola muito antes da hora, contente por ainda ter tempo para brincar. Eu enfiei-me no carro, tinha exactamente 15 minutos para ir de Entrecampos até às Laranjeiras. Eu sou péssima com caminhos, e o mais garantido é ir pelos que conheço mesmo que seja mais longe, porque perderei de certeza menos tempo. Mas o telefone tocou, e era Amiga de Sempre, e blá blá blá, e vou conduzindo, quando dou por mim estou na Praça de Espanha e não faço ideia como chego às Laranjeiras, viro para a direita, tal como podia ter ido em frente. Os semáforos estão todos verdes, e mesmo com todas as greves não há trânsito, só eu e o meu carro (que não é alemão, sorry). Lá digo a Amiga que acho que estou meio perdida, e digo-lhe o nome de uma rua que fica ao meu lado direito enquanto conduzo sem saber sequer se estou mais próxima ou mais longe do destino (sentido de orientação zero) e ela pergunta se estou a subir ou descer, cum'camandro, como é que Amiga de Sempre conhece aquela rua de que eu nunca ouvi falar, e percebo que acertei e de forma quase milagrosa virei para o sítio certo. Então recebo coordenadas pelo telefone, até avistar os prédios rosa velho da loja do cidadão, e viro, e tenho um lugar ali mesmo a jeito, são exactamente 13h44. Procuro o sinal de proibido estacionar, de tão estranho que é estar ali aquele lugar gigante, desocupado, à minha espera, mas não está sinal nenhum, e o universo estava de tal forma colaborante, que até os arrumadores estavam distraídos. Cheguei a horas e em menos de dez minutos tinha entregue o BI caducado, o resto dos cartões, tinha tirado uma bonita fotografia, tinha ouvido um comentário à "facada" que tinha num dedo (impressões digitais em dedos que se cortaram com canivetes de enxertia) e tinha um papel para assinar a confirmar que estava tudo certo. Dez minutos! Tão perfeito que tinha vontade de sair à rua a defender os funcionários públicos, que trabalham céleres e bem e....e... Até que olho para o papel. O meu apelido de casada estava errado. Uma letra trocada. Umazinha. E aquilo já vinha da certidão. E era um problema que talvez não se conseguisse resolver. Talvez a coordenadora. E a senhora "só um bocadinho que já volto", e desaparece com o ar preocupado que o momento exigia. E eu com cara de quem já sabe que não se lançam foguetes antes da festa.A imaginar todos os sítios que ia ter de percorrer para conseguir uma certidão com o nome correcto. Ao fim de pouco tempo a senhora volta, e desata a imprimir papel, e dá-me papel para assinar, e manda-me escrever coisas, "declaro que...", e ali em menos de meia hora tenho um processo de espessura considerável numa pasta. E um aviso que valeu por três (porque foi repetido três vezes): não levante o cartão sem confirmar o nome. Se estiver errado eles que consultem o processo. Está aqui tudo. É muito provável que se enganem, que não reparem. Pois eu vou ver com atenção, claro que vou, mas espero que ao agarrarem num processo com mais vinte folhas do que todos os outros, se faça luz naquelas cabeças. Vamos ver. Depois digo.

Saudades do fundo da gaveta

Hoje, enquanto procurava um envelope numa gaveta, encontrei um postal da minha avó. Um postal que não me lembro de ter visto, nem de ter lido. Um postal que fala de amizade, de desencontros, de como sou importante para ela, de como o passado não importa, apenas os nossos sonhos. As crianças, sempre as crianças. A minha avó adorava os meus filhos.
O postal só pode ter sido escrito num qualquer aniversário, e vinha de certeza acompanhado de dinheiro que guardei, sem sequer o ter lido. E o postal tinha uma mensagem, e eu não sei de quando é, porque nem sequer tem data, e de certeza que foi escrito à espera de uma qualquer reacção, por muito simples, que não tive, porque o ignorei, como ignoramos quase todas as coisas que temos como certas na vida.
Talvez tivesse que ser assim. Talvez aquele postal tenha hoje uma importância que não teria tido na altura, porque naquele dia em que me foi entregue, nem sequer sonhava a falta que me ia fazer, não sonhava as saudades que ia ter. Não podia imaginar que não passasse um dia sem que me lembrasse dela.
Mas está a ser dificil pensar que me abriu o seu coração daquela forma, com uma mensagem tão clara, (ela que tinha tanta dificuldade com essas coisas da clareza de pensamentos) e que eu o ignorei.
E por isso estou num misto de alegria, porque o encontrei e porque escolheu aquele postal e escreveu aquelas palavras, mas muito triste, em frangalhos, por não o ter lido à sua frente quando mo entregou. De não lhe ter dado um abraço gigante. De não lhe ter dito que a adorava. Que ela também era muito importante para mim.
Posso dizê-lo agora, e digo-o mil vezes. Mas não sei se me ouve. Também o disse muitas vezes quando estava doente, e até morrer. Mas nem aí tenho a certeza que me tenha ouvido, ou compreendido, trancada naquele corpo inerte com um cérebro inundado de hemorragias.
Talvez isto tudo seja uma grande lição. Talvez venha a ser.
Hoje está a ser só incrivelmente doloroso.


segunda-feira, novembro 04, 2013

O meu bairro é melhor que o teu

Vivo num bairro. Num verdadeiro bairro.
Como em qualquer bairro que se preze, há o mercado e os supermercados, há farmácias, há lojas daquelas que já não abrem em quase nenhum bairro. Há o canalizador, o sapateiro, o serralheiro, a retrosaria com mais de mil botões coloridos. Há a vidraria, as churrascarias, muitas pastelarias, cafés e restaurantes, alguns com mais anos do que eu. Há lojas de congelados, frutarias, e talhos...tantos talhos!
Há o senhor que faz roupeiros e o senhor que faz chaves. Há a senhora que faz arranjos na roupa. Há o fotografo, os cabeleireiros, onde ainda há a menina que só lava cabeças e varre os cabelos do chão, a que só faz tintas, a que atende telefones, há muitas ourivesarias, como se a crise não tivesse chegado ao bairro.
Há a escola de condução, as escolas-escolas, a clínica onde se fazem as análises, a loja de animais com consultas veterinárias, a funerária com os seus santinhos.
Há lojas de roupa, sapatarias, até há uma só de crianças.
Há os bombeiros onde as crianças vão à natação, e o clube, verdadeiro clube de bairro, com o seu judo, ballet e ginástica. Há a igreja, onde os meninos vão à catequese, e o grupo de escuteiros. Ao domingo enche três vezes.
Também há coisas mais modernas, há a Padaria Portuguesa, há uma Pastelaria Francesa, uma loja de tatuagens, lojas chinesas, loja de artes com aulas de pintura, há o McDonald's, a pizzaria, um ginásio moderno, e até no clube já há aulas de Zumba. Há uma loja que vende missangas e contas e anjinhos e mil peças para fazer colares e pulseiras, uma loja de costura com workshops. Até já há uma daquelas lojas que vende perfumes low cost e outra só para arranjar mãos e pés, um spa, um supermercado de produtos biológicos.
Viver num bairro como este é estar sempre a encontrar caras conhecidas. No café, na reunião da escola, no sarau de fim de ano, na fila do supermercado, na igreja. É ir a todo o lado com o carro estacionado à porta de casa.
E digo-vos, que já não quero outra coisa.

quinta-feira, outubro 31, 2013

Maldito Halloween

E de repente, as minhas crianças querem festejar o Halloween.
Encharcadas em Panda e Disney que há mais de dez dias que se dedicam ao tema dos vampiros, das bruxas e dos esqueletos, Migalhas pedem roupa preta, chapéus altos e bicudos, "ó mãe, podes comprar uma abóbora".
E eu que não, que não é uma tradição nossa, que na escola delas não se festeja o Halloween (é um infantário católico), que não vou comprar caveiras nem tridentes.
E qual não é o meu espanto, quando chego com elas à escola, e mais de metade das crianças tem batom preto ou capa de drácula, chapéus, montanhas de roupa preta.
Migalha do Meio não escondeu a desilusão por não ter levado absolutamente nada para "brincar ao Halloween".
Eu fiquei furiosa. Primeiro, porque a escola devia ter informado os pais, que ao contrário dos outros anos,  o Dia das Bruxas já fazia parte do programa. Depois, porque me irrita estarmos a festejar uma coisa que não é nossa, que nem sequer faz sentido na nossa cultura, que é vendida às nossas crianças pela televisão. Irrita-me entrar num hipermercado e levar com abóboras e fatos tal e qual como se estivessemos no Carnaval.
A cereja no topo do bolo, foi o pedido (negado, claro), para andarem de porta em porta a pedir doces à vizinhança. E eu mais uma vez que não, que as pessoas nem iriam saber o que eles queriam.
Mas já percebi que é uma questão de tempo, e que não conseguirei resistir muito mais. Afinal, Migalhas ficaram bem tristes por não levarem teias de aranha coladas aos cabelos. Também doeve ser uma questão de tempo até passarmos a noite a despejar rebuçados e gomas em sacos de pano.
Entretanto amanhã é dia de pedir o Pão por Deus, e a mesma escola que hoje se alegrou para festejar as bruxas, entregou uns saquinhos de papel, que devemos devolver amanhã repletos com doces para trocarem uns com os outros.
A confusão nas cabecinhas das minhas pequenas criaturas é notável. Afinal, se amanhã também se dão doces, é Halloween outra vez.
Deus me valha...

A vingança é um prato que se serve frio

Pensará a primeira mulher de Manuel Maria Carrilho.

terça-feira, outubro 29, 2013

Sobre as notícias que correm

Para dizer, que não faço ideia se a Bárbara dá na pinga, ou se leva no focinho, acho absolutamente triste e lamentável que se arme um circo deste tamanho à volta do caso. Acho ainda mais lamentável que o Carrilho fale da mãe dos filhos misturando na mesma frase palavras como silicone, botox e álcool. Shame on you Manuel Maria.

Quanto à lei que limita o número de animais de estimação nos apartamentos, pois que até acho bem, quem nunca entrou num prédio a tresansar a chichi por causa da velhinha que vive com dezasseis gatos, que atire a primeira pedra.
Saúde pública, caramba.
O que gostava de saber é como é que se vai controlar a aplicabilidade da lei. Vão andar fiscais a bater às portas a fazer inventário à bicharada? Ou vai ser mais no registo vizinhança queixinhas?



segunda-feira, outubro 28, 2013

A sair da casca

Migalha Mais Velha viveu até agora indiferente ao sexo oposto, ao contrário da irmã, que desde os três anos que colecciona paixonetas (primeiro o António, depois o Gonçalo e a seguir o Zé). Por todos os olhos brilhavam, a todos chamou namorados, ainda que dois deles nem sequer o soubessem.
Mas Migalha Mais Velha nada, completamente alheada aos encantos e à beleza dos meninos.
Até agora.
Pela primeira vez, vejo risinhos tontos e cúmplices com a irmã.
Mas não pensem que foi algum colega da escola que arrebatou o coração da minha Migalha. Nada disso! Migalha, está toda derretida por um dos adolescentes cantores da Violetta, e a cara de parva que ela faz cada vez que o moço aparece, faz-me lembrar a paixão assolapada que tive pelo Tom Cruise por alturas do Top Gun, e que metia posters da revista Bravo nas paredes do quarto e cadernos forrados com fotografias.



domingo, outubro 27, 2013

A ti que estás sempre em dieta

Um dia fui magra e depois fiquei gorda.
Gosto de dizer que foram as três gravidezes. Mas fui eu, que só vivia consoladinha de pança cheia vinte e quatro horas por dia, até me ter transformado numa espécie de leão marinho de sofá, redonda e opada.
Um dia fui gorda e depois fiquei magra.
Mudei os meus hábitos alimentares e comecei a mexer-me. Depois deixei de me mexer, mas mantive hábitos alimentares saudáveis. Perdi quinze ou dezasseis quilos, e assim me mantenho há cerca de ano e meio.
O que te queria dizer, a ti que estás sempre em dieta, é que já passei muita fominha ao longo da vida. Passei dias a comer maçãs, dias a comer só sopa, substituí refeições por batidos horrorosos. De todas as vezes voltei a engordar, porque toda a fome que passava era apenas suportável com a certeza que mal deixasse de parecer esférica ia voltar a comer alegremente toda a porcaria deste mundo.
Há dias em que me apetece um doce. E como. Há dias em que me apetece batatas fritas. E como. Há dias em que me apetece beber gin e vinho. E bebo.
O que não há, nunca houve, e nunca haverá, é um dia instituído como o "dia da asneira".
E digo-vos, que enquanto comerem espinafres e salmão grelhado animadas apenas pela ideia do dia em que voltarão a enfardar descontroladamente toda a gordura e todo o açucar do Pingo Doce da esquina, esqueçam, que nunca deixarão de ser gordas.

sábado, outubro 26, 2013

Querida Celia

Eu sei que a minha casa é complicada, mas de vez em quando convém ver o que se passa no cesto das batatas e das cebolas. Combinado?




sexta-feira, outubro 25, 2013

Ao cuidado do meu endocrinologista

Dr. Francisco, disse-me que uma da soluções de medicação é o iodo radioactivo. Se percebi bem, parece que se toma um comprimido daquilo, e durante uma semana, temos de estar numa espécie de isolamento, protegendo sobretudo, as crianças.
Ora pois, vi que fez um ar preocupado, ah e com três filhos pequenos talvez tenhamos que optar por outra solução de medicação, uma semana sem estar com eles e tal, deve ser complicado.
Querido doutor Francisco, que o senhor é tão bom médico que se vê a léguas...Nunca me tinham proposto um tratamento que fosse tão parecido com férias. Faça o que for melhor para a minha miserável tiroide, combinado?

Ressuscitei

Uma pessoa sabe que tem a tiroide toda fodida.
Uma pessoa sabe, que tem tantos nódulos, que parece o pinheiro de Natal do Colombo.
O médico diz-nos, que de seis em seis meses temos de vigiar, fazer ecografias, ver se nenhum dos nódulos se arma em doido e desata para ali a transformar-se em coisas sérias.
Ora toda a gente sabe que o tempo passa num instante, ah e tal já estamos no Natal,vê lá que parece que foi ontem, sabem como é. Passaram seis meses, depois um ano, depois mais uns meses e finalmente, a ecografia. A médica ecografista faz cara de poucos amigos ao que vê. Diz que temos ali uma "coisa" nova, que não estava nos outros exames. Diz que vamos precisar de biópsia, enquanto nos aperta o gasganete com o ecógrafo até ficarmos roxas. A médica só falta dizer que estamos tão fodidas como a puta da tiroide.
Uma pessoa sai dali desorientada. Arrependida. Porque não fomos ao fim de seis meses?  Porquê? Porquê. Porquê? No dia seguinte faz análises e à tarde recebe o resultado por mail. Não estão boas. É o fim.
Já falei algures da minha hipocondria. Que me mete doente mesmo sem o mínimo sinal. Então imaginem com alguém a torcer o nariz num exame clínico. Imaginei tudo, menos coisas boas.
Hoje fui à consulta com o meu médico. Não achou nenhum dos nódulos, com ar suspeito. Aliás, achou que até cresceram muito pouco. As análises requerem alguma atenção, um exame adicional, e eventualmente medicação. Confidenciou que a médica que fez o exame teve ela própria um grave problema de tiroide acabando por ser altamente sugestionada e alarmista (talvez esta senhora se pudesse dedicar mais a outras miudezas e menos à tiroide, não?)
Só vos posso dizer uma coisa: hoje, renasci dos mortos.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Uma espécie de carta

Nunca fomos de conversar. Sempre fomos mais de não debater, não esmiuçar, não espremer os assuntos. Sempre achámos, penso que os dois, que não vale a pena o desgaste de estar sempre a discutir todo e qualquer acontecimento, até porque a maior parte deles, nem sequer eram assunto, e acabam por desaparecer.
Mas temos medo. Eu tenho medo. Insegurança. Vejo moinhos no alto de Santa Catarina. E tu também. Sabes que sim.
E talvez não tenha mal ter medo. E talvez não faça mal, falarmos sobre os nossos medos. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, estás a ver? Não é preciso fazer uma dissertação teórica sobre cada passo que damos, mas talvez haja momentos em que mais vale dizer o que estamos a sentir, especialmente se isso nos estiver a provocar um sofrimento desnecessário, acessório e que nos desgasta mais do que nos poderia desgastar uma conversa ou uma discussão de vinte minutos.
Eu fico muitas vezes à rasca. Borrada. E nessas alturas fico na concha, disfarço o medo, atenta a cada movimento. Escolho o silêncio. Habituámo-nos a escolher o silêncio.
Mas alguém diz que o silêncio é um texto fácil de se ler errado, e não poderia ser mais verdade. O silêncio que muitas vezes escolho para tentar mostrar que tenho medo, não diz o que quero, e pior, diz coisas que não quero.
Parece-me que além de estarmos juntos na família, no amor, na vida, também estamos juntos no medo.
Tu podes aplacar os meus medos. Eu posso aplacar os teus medos.

Um controlo descontrolado

Uma mãe.
Uma filha de dezassete anos.
Pensos higiénicos. Aliás, dois,e apenas dois, pensos higiénicos disponíveis. Cada vez que o período aparece à filha, tem que pedir à mãe que reabasteça a casa de banho.
Porquê?
Diz a mãe, que se num mês a filha não solicitar o reaprovisionamento dos pensos higiénicos, é porque não tem o período. Se não lhe apareceu o período, o mais certo é ter engravidado. Se engravidou, há que tratar do assunto depressa.
Acham que esta mãe tem um problema de controlo ou está completamente descontrolada?


quarta-feira, outubro 23, 2013

Quando o pai pode trabalhar de calças de ganga...

O filho vê um homem de gravata na televisão e diz:
- Ola ali um lencho!

Ainda a roupa de Migalhas

Enquanto falava aqui de como Migalha do Meio é uma menina fora de moda, lembrava-me de como odeio a hora de escolher a roupa delas. Opto sempre por fazê-lo antes de as deitar, para de manhã não sentir ainda mais a pressão das horas (uma pessoa não vai para nova).
As minhas criaturas pequenas, mesmo que não andem com as últimas têndencias de moda infantil, também não andam de qualquer maneira. Não sou daquelas mães que agarram nas primeiras calças e na primeira camisola, lhes junta uns ténis, e já está, ainda que o conjunto das peças fique pavoroso. À vontade, não à vontadinha.
E então vou para os armários, e olho, e escolho, depois vou espreitar a metereologia, volto a meter tudo dentro do armário, começo de novo. Depois vejo pilhas e pilhas de roupa, mas já sei que mais de metade daquilo só serve à Migalha Mais Velha, e portanto a escolha para a minha Migalhinha do Meio é ainda mais complicada, até porque há roupa que lhe serve mas que a faz parecer ainda mais gordinha. Todos os dias me arrependo de não comprar a roupa em "kits" (ten points para esta frase), tudo certinho a condizer, iria facilitar-me e muito esta tarefa.
E por causa da escolha da roupa, cada vez adoro mais os dias em que há ginástica na escola e têm de ir vestidos já com os fatos de treino, não há nada mais simples, não há quase nada para pensar, essa sim, a roupa desportiva, foi estrategicamente escolhida, todas as calças ficam bem com todas sweat shirts, e tudo fica maravilhosamente com os ténis.
E assim, ao contrário do comum dos mortais, o meu dia favorito da semana é a segunda feira, único dia em que todos, todos os três, vão de fato de treino para a escola.
E isto faz-me ganhar mais meia hora de sofá no serão de domingo. Não é bom?

terça-feira, outubro 22, 2013

Negócio

Também gostava de ter um negócio daqueles de fazer colares, ou cupcakes, ou sabonetes coloridos. A sério. Ter as ideias, ir comprar os materiais, depois tirar muitas fotografias, alimentar a página do Facebook onde ia albergar o estaminé...
Mas infelizmente estou demasiado ocupada a ter um emprego a sério.

Migalha fora de moda

Bem sei que as meninas pequenas se querem de gola à Camões, de laço gigante na cabeça.
Ainda que não lesse blogues (bolas, e se os blogues falam disso), basta andar na rua, ir ao infantário, para perceber que é mesmo mesmo, o que está a dar.
Minha Migalha do Meio, grande que só ela, redondinha e anafada, veste roupa para dez anos. E digo-vos que, ou eu vou às lojas erradas, ou é muito difícil encontrar camisas e camisolas de gola à Camões para dez anos (não me mandem para Campo de Ourique, tudo menos isso).
Migalha não se rala, Migalha gosta de andar à vontade, gosta de roupa larga, não quer cá apetrechos pendurados no cabelo que não a deixam rebolar-se, nem coisas à volta do pescoço, e como percebe muito pouco de moda, é feliz assim. Ela sabe é que gosta de cores alegres e refila quando vê peças de roupa pretas ou castanhas.
No meu tempo, quando eu era assim miúda, também se usavam umas golas todas catitas, redondinhas e bordadas. Ainda hoje quando falo com amigas sobre a forma como nos vestíamos, lá vem a conversa da loja da Cenoura e das golas. Temo que daqui a vinte anos, quando amigas de Migalha estiverem a recordar as golas à Camões e os laçarotes de três quilómetros de tecido, ela não saiba bem do que estão a falar.
Mas quando ela falar das rodas e pinos no meio da rua, das correrias com os irmãos, temo que sejam elas a não saber do que está a falar.
Hoje o fotógrafo vai à escola. Lá lhe consegui enfiar um laçarote na cabeça, de ladecos, como se quer (tamanho considerável, ainda assim consegue manter a cabeça sem inclinação), mas tive de pedir à educadora, que por favor, por favor, garantisse que ela conservava o laço só até à hora da fotografia.
Afinal são as fotografias com motivos natalícios (uma pirosada  lindas, cheias de árvores e sinos e estrelas e laços de presentes) e pelo menos ali, que não esteja toda esgrouviada.
Se bem que a minha Migalha, mesmo com um fio de cabelo para cada lado, tem uma cara de anjo rechonchudo que é de se comer.
E a verdade é que gosto de saber que na hora de brincar, não há preocupações com a indumentária. Têm a vida toda para isso.



A minha casa é uma bagunça

Mas uma bagunça das grandes. Ainda a Célia (nossa querida indespensável empregada, vale cada euro que lhe pago) não entrou no elevador, e já há almofadas no chão, brinquedos espalhados por todo o lado, migalhas (daquelas do pão e bolachas) nos tapetes, gavetas entreabertas , portas de armários mal fechadas, tal como se há um par de dias que não houvesse arrumação.
Já nos habituámos a isto. Às coisas que não têm sítio. Às que nunca estão no sítio. Já percebi que existem demasiadas roupas e demasiados brinquedos para os armários que temos. Já me resignei a não ter paredes limpas pelo menos durante mais cinco anos, já sei que os estofos das cadeiras (felizmente amovíveis e laváveis) irão ter sempre nódoas do tamanho do Continente Europeu. Há uma bicicleta daquelas de ginástica estacionada no meu hall há anos. No hall, senhores, uma bicicleta de ginástica.
Eu faço o melhor que consigo. Apanho, arrumo em cestos e gavetas, dobro e penduro, ando com um saco a recolher papéis com desenhos (tanta obra de arte desperdiçada), arrebanho cuecas e meias e camisolas, tapo o tubo da pasta de dentes, fecho o tampo da sanita, mas a verdade é que é um trabalho extremanente ingrato, ainda os lençois da cama não se habituaram à condição de esticados e já lá está uma Migalha, ou duas, ou três, a rebolar-se.
Os meus pais sempre tiveram a mania das arrumações, da organização e das limpezas. Passei uma boa parte da minha infância e adolescência concentrada em não por os pés em cima dos sofás, desligar o gira-discos, limpar a retrete com o piaçaba, colocar a loiça na máquina. O meu pai parecia um fiscal, sempre atrás de nós, a dar avisos e alertas. 
Talvez eu agora caia no extremo oposto. Talvez seja demais deixar Migalhas comerem bolachas nos sofás, não as obrigar a limpar a pasta de morango que fica agarrada ao lavatório, deixá-las fazer o pino contra a parede de sapatos calçados. 
Quero muito que os meus filhos recordem sempre a minha casa como um lugar confortável onde podem estar à vontade, onde o bem estar deles é mais importante que os bens materiais, que cortinados e estofos e paredes alvas, mas deve existir aqui um meio termo que não estou a conseguir encontrar.
E depois há muita coisa que se estraga, há lâmpadas fundidas, há portas de armários que não fecham, há puxadores arrancados, há buracos nas paredes. A verdade é que Dito-Cujo, pouco dado à bricolage, não se agonia com o estado a que as coisas chegam. As que eu consigo resolver, de quando a quando, meto mãos à obra e lá trato, mas há outras, que simplesmente não consigo. 
Tenho a certeza que quando o meu pai entra em minha casa, até as entranhas se lhe revoltam. 
E é isto. Vivemos um bocado em modo acampamento.
Já vos tinha dito que queria um cão?

segunda-feira, outubro 21, 2013

Catequese

Aqui atrasado (trabalho com gente do Norte, pá) tinha falado de como lamentava ter abandonado a catequese quase antes de começar, de como desejava fazer a Primeira Comunhão, de como senti sempre que me faltava alguma coisa nesta minha relação com Deus.
Já tinha falado com o Prior aqui da paróquia, por altura do Baptismo de Migalha Pequeno, mas a coisa não se deu, e fui sempre adiando.
Pois é com orgulho, satisfação, alegria e o que mais quiserem, que anuncio aqui neste recanto da blogosfera, que chegou a hora.
E o melhor de tudo, é que não vou só. Vou com as minhas duas Migalhas, as minhas meninas (obséquio do Sr. Prior que deixou Migalha do Meio começar um ano antes para que pudesse fazer esta caminhada comigo e com a irmã). É um modelo de catequese familiar, vamos juntas, mas enquanto elas ficam com os outros meninos, os pais vão aprender sobre o que precisam de falar em casa, num modelo "mãe-catequista" muito giro.
No outro Domingo, foram com a "professora" e com os outros meninos para a missa. Eu, que sempre me comovi com multidões unidas em torno de qualquer coisa, ao vê-las ali, a cantar no coro da crianças, tão compenetradas do seu papel, emocionou-me até às lágrimas.
Acredito que nada aconteça por acaso. E que este era o momento exacto para mim. É como a realização de um sonho, a concretização de um desejo antigo, mas tão antigo que se tornou intenso.
Sei que nem sempre vai ser fácil, sei que vão aparecer espinhos no meio das rosas. Especialmente com Migalha Mais Velha.
Mas não vou desistir. Não enquanto os argumentos contra dela forem o levantar cedo, o não ver televisão, ou a eterna vergonha de conhecer pessoas novas.
Quem me dera que a minha mãe não tivesse desistido tão facilmente.



Alguém falou de dias cinzentos?

Não tenho nenhum problema com as segundas feiras. No meu trabalho, que não é de segunda a sexta nem das nove às cinco, a segunda tanto pode ser o primeiro dia de trabalho, como o último.
Mas tenho algo contra esta segunda feira. Contra este tempo cinzento. Contra a minha vontade de ficar entrolhada no sofá. Contra a falta de energia e de alegria. Contra o trabalho que devia fazer e não consigo.
Hoje saí de casa para ir trabalhar, e fui todo o caminho, mas mesmo todinho, a pensar voltar para trás. Ligar a dizer que precisava de meter um dia de férias. Vi em cada esquina uma oportunidade para encostar o carro, mas não o fiz. A cada cruzamento a vontade de apanhar um caminho para qualquer outro lugar que não aquele. Ir ver o mar. Encontrar um canto sossegado para ficar.
Mas passei todas as esquinas e todos os cruzamentos até entrar no parque de estacionamento, parar, sair do carro e ir trabalhar.
A produtividade é nula. Ainda que esteja a escrever este post na hora de almoço, e no conforto do lar. Vim almoçar a casa, não me apetece barafunda nem conversa de circunstância.
Há dias assim, longos, em que só quero que chegue finalmente a hora de ir para a cama rezar para que o dia de amanhã, seja pelo menos diferente.
E aqui estamos.
De volta ao registo lamechas.
That´s me.

Facebook

Desactivei a minha conta no Facebook.
Afinal já não estava a ser divertido. Demasiada informação pode ser cansativa. Especialmente a que não queremos nem pedimos.
É muita coisa a entrar-me pelos olhos dentro.
Mas está lá e a qualquer momento é só fazer login e escrever a password... Et voilá.
Também estou farta de logins e passwords. Passo o dia, inteirinho, a preencher passwords.
Que tempos os que vivemos...O que tanto tentamos proteger?


domingo, outubro 20, 2013

Uma espécie de poesia

Em corredores escuros
E de portas fechadas
Só passa o silencio
Em frestas alumiadas

As palavras que se calam
E na madeira se perdem
Murros e gritos que falam
O silêncio que não pedem

Quem se atreve a bater,
Quem quer tentar entrar?
Qual o barulho que acorda,
O que o silêncio quer calar?

O que escondem as portas,
Que segredos querem guardar?
Vai haver palavra,
Capaz de as derrubar...?

Mas de dentro uma voz
Fala baixo e em segredo
"As portas são pedaços de nós
 E escondem o nosso medo"














segunda-feira, outubro 14, 2013

Seu Jorge

Malta de Portimão e Guimarães, espero que tenham tido mais sorte.
Aqui, foi um looooongo bocejo.

sexta-feira, outubro 11, 2013

Reunião de Pais

Hoje foi a primeira reunião de pais com o novo professor de Migalha Mais Velha.
Eu tenho uma imensa tendência para me abstrair e distrair nestas coisas.
Começo a reparar na roupa, ou mala, ou cabelo de uma mãe, depois salto para o pai com ar super-totó, depois observo uma mãe mão-na-anca sempre a reclamar, apesar de ouvir muito mal o que diz. Ai que é a comida do refeitório, ai que as auxiliares são poucas, ai que as casas de banho estão sujas, ai, ai, ai.
De quando a quando faço um esforço para me concentrar, especialmente quando uma daquelas pessoas resolve fazer uma alongada exposição sobre tudo o que leu nos livros e que sabia, ah se sabia, que ainda um dia lhe iria servir para qualquer coisa.
O professor queixou-se. Que os meninos falam muito. Que falam uns por cima dos outros. Que se distraem com o afia-lápis. Que não sabem ouvir. E pediu a ajuda dos pais.
Ora bem, esta parte eu ouvi, e discordei em silêncio, (talvez tenha feito uma careta e tenha revirado os olhos).
Das duas uma: ou o problema é do grupo todo, e cabe ao professor impor regras, respeito, e saber controlar a turma (afinal, têm 7 anos, não irão estar sempre calados); ou o problema está concentrado em meia dúzia de meninos mal comportados, e nesse caso, fala individualmente com cada um dos paizinhos desses meninos e não vem fazer "apelos" numa reunião de pais.
E por essa razão, a menos que me diga que a minha Migalha é um elemento destabilizador, eu não a vou tratar como se fosse (até porque sei que Migalha-Super-Perfeita se porta bem).
Depois falou de um quadro com umas bolas verdes, amarelas e vermelhas, tipo semáforo, sendo que os alunos que se portam bem, fazem os trabalhos, chegam a horas, não falam alto, etc, etc, etc terão um monte de bolas verdes, e os insubordinados, um monte de bolas vermelhas. E frisou, que o objectivo não é "marcar" os piores, mas obrigá-los a esforçarem-se para colocarem bolas verdes.
E eu lembrei-me, que há trinta anos, a minha professora da primária tinha uns lacinhos feitos de fita de cetim, também vermelhos, amarelos e verdes, que se prendiam às camisolas com um pequeno alfinete d'ama. E lembro-me que eu, exibia de Outubro a Junho um lacinho verde, e havia meninos que exibiam no mesmo intervalo de tempo, um lacinho vermelho.
Os burros. Os preguiçosos. Os calões. Os das reguadas dia sim dia não.
O objectivo era o mesmo. Os meninos do lacinho vermelho deveriam esforçar-se para alcançar o amarelo ou o verde. Mas a verdade é que nem sempre as capacidades individuais de cada um ajudavam. E nem todos possuíam a competência de se auto-motivar, especialmente com um laço vermelho ao peito.
E pergunto-me, se este sistema de bolas é muito diferente, e se não irão existir crianças que nunca conseguirão melhorar mesmo que se esforcem.
E pergunto, se verem a linha em frente do seu nome a encher-se de bolas vermelhas, as vai ajudar em alguma coisa.
Mas isso sou eu, que não percebo absolutamente nada de pedagogia.
Sou apenas mãe.


Mantenham-se jovens

Sendo que para isso não precisam de usar os calções das vossas filhas de dezasseis anos.

quarta-feira, outubro 09, 2013

Esta miúda vai ser a minha desgraça...

Migalha do Meio:
- Mãe, o Cristiano Rónaldo (ler com forte acentuação no primeiro o) é bom?
-É muito bom filha, farta-se de marcar golos.
- Não...! Não é isso...  Se é giro. Quer dizer, se tu achas ele giro.
Só tem cinco anos...
Como se trava isto?  Alguém? Algures? Mães de meninas...Digam-me que é normal.
Please.

Snooze

A minha palavra preferida das 7h00 às 7h30.

terça-feira, outubro 08, 2013

Migalha-Chica-Esperta

 Migalha Mais Velha acordou bem disposta.
Bebeu o leite, comeu a torrada, como todos os dias. Viu televisão enquanto se vestia, e quando a deixei na escola, desapareceu tão depressa para ir para a brincadeira que quando olhei para o lado para lhe dar um beijinho, já nem a vi.
Estava eu a trabalhar há menos de duas horas toca o telefone. Era o número da sogra. Atendi, e do outro lado oiço um "olá mãe". Tive que fazer um exercício de três perguntas para perceber com qual Migalha estava a falar, absolutamente convencida que só poderia ser a do Meio, que acometida de doença súbita, tivesse sido deixada na avó por Dito-Cujo.
- O que se passa?
- Estou com muitas dores de barriga e a avó foi buscar-me à escola
- Como é que a avó soube?
- O professor ligou-lhe.
"Professor", foi a palavra chave que me permitiu saber que estava a falar com a Migalha que eu mesma entregara na escola duas horas antes.
Resumindo, madame Migalha diz (sim, diz) que ficou com dores de barriga, e que em vez de deixar o professor ligar para mim ou para o pai (números que constam na lista das pessoas a quem ligar em caso de necessidade), resolveu dar o número da avó, porque sabia que eu ou o pai iríamos dizer que uma dor de barriga, não era motivo para se vir embora da escola.
Ora pois, parece que passou o dia muito bem disposta, as insuportáveis dores de barriga desapareceram como que por milagre mal colocou o pézinho fora da escola, andou no laréu com a avó, que no mínimo, mas no mínimo, em vez de a levar a passear, a deveria ter obrigado a ficar todo o dia deitada no sofá e só a deixar levantar para comer canja e comer pão torrado seco.

Blackmail

 Ou greve, se preferirem.

O problema de se chamar Matilde

Uma colega do trabalho, daquelas que incluo no restrito grupo das cinco pessoas de quem até gosto, está grávida de uma menina, e anunciou ontem, via Facebook, que a bebé se vai chamar Matilde.
Ora eu gosto do nome Matilde, porque gosto, é bonito sem ser pretensioso.
Eu, e mais quinhentas mil mães deste Portugal.
O problema de se chamar Matilde, é que nunca será "a" Matilde. Vai ser sempre a Matilde Costa, a Matilde Barros, a Matilde Magalhães. Pelo menos durante os dezoito anos em que andar na escola. E se porventura, alguém se referir a ela como apenas e só "Matilde", é certinho que a pergunta que se segue é "qual Matilde".
A vantagem, é que não é preciso mandar bordar fraldas de pano, babetes ou lençois de banho.
Com o nome "Matilde" há tudo ao magote, pronto a levar. E parece que à dúzia é mais barato.

domingo, outubro 06, 2013

A culpa é da revogalidade das decisões irrevogáveis


Hoje cheguei a casa cansada. Estive a trabalhar e a coisa não me correu de feição.
E enquanto me atirava ao desafio que é tentar ter pelo menos uma divisão da casa habitável, pensava como a vida é feita de escolhas.
Algumas nem parecem quase uma escolha (o que compro para o jantar?), outras que podem mudar uma vida (mando o meu chefe... ou não?).
A cada opção, consequências. Algumas quase insignificantes ( não gosto de peixe cozido, não vou comer), outras, na devida proporção (ui, que carta é esta mesmo?)
A verdade, é que nem sempre estamos preparados para lidar com o resultado das nossas decisões, tantas vezes diferente do que antecipámos. A nossa fragilidade leva-nos a não decidir, ou escolher o caminho mais fácil, o previsível, o que não vai fazer mossa, o que adia todas as consequências.
Mas esta reflexão, para vos contar que hoje fiz uma escolha importante. Muito importante, para a manutenção da minha sanidade mental.
Hoje, decidi não entrar no quarto das Migalhas meninas.
E mesmo parecendo que encaixa nas escolhas de pequena monta, tal não é verdade. Esta escolha, feita em consciência  e no pleno uso das minhas capacidades intelectuais, permitiu-me ter uma total despreocupação com o que lá se passava. Acho que por breves momentos, quase me esqueci que aquele sítio existia, feliz e alegre na minha abençoada escolha.
Até à hora do beijinho de boa noite.
Com este volte face que comprometeu o objectivo inicial, não-ver-quarto-delas-sanidade-mental, aprendi uma lição que me pode ser valiosa para os tempos vindouros: devemos assumir as nossas escolhas como a opção correcta e levá-las até ao limite, sem olhar para trás.






sábado, outubro 05, 2013

A minha mãe está a Prozac...

A minha mãe está a anti-depressivos. E de baixa.
Poucas coisas seriam mais estranhas do que a minha mãe com uma depressão. Não que não tivesse dado sinais, que tinha. A irritação constante, as reacções exarcebadas a qualquer acontecimento, a choraminguice desadequada, as dores no pescoço, os dias em que não se conseguia levantar da cama (tonturas dizia ela, é coluna). A forma como reagiu à morte da própria mãe...
Estes estados, não são novidade na família. A partir de certa altura da vida, a minha avó oscilou entre o estado depressivo e o princípio de esgotamento, para voltar ao estado depressivo. Dizia-se triste, e assumiu a sua a tristeza como um estado permanente e irremediavel. Uma maneira de estar na vida.
Pouco fez para o mudar.
Ou talvez tenha feito vagas tentativas... Uma temporada num psiquiatra, uns calmantes que geria de forma inconsciente.
Sempre ouvi falar de angústias e ansiedades, e quando eu própria tive o meu momento, o psicólogo achou que seriam influências da minha avó.
Mesmo nos dias de grande alegria, numa noite de Natal, no meu casamento, no nascimento dos meus filhos, a minha avó ficava triste, como se a felicidade lhe estivesse vedada, como se não o merecesse.
A minha mãe nunca a compreendeu. No fundo, sempre achou que aquilo era um bocado de mania, uma escolha. Que não se animava porque não queria. Como se aquela depressão que se colou à própria mãe por alturas da menopausa, não fosse mais que um capricho.
Ela, graças a Deus, não tinha cá essas "maluqueiras".
Eu sim, eu é que tinha saído mesmo à minha avó. Mania das doenças, ansiedades, insónias, tristezas súbitas e inesperadas, vontade de chorar inexplicável, nada disso a atingia. À noite, deitava a cabecinha na almofada, e dormia o sono dos justos, cá preocupações, cá vontade de vomitar com os nervos. "Maluqueiras"!
Por isso é tão estranho fazer-me um telefonema para informar que o médico lhe receitou anti-depressivos. Para me dizer que não aguenta mais a pressão do trabalho, que aquilo já não é para ela (a minha mãe tem sessenta anos e é viciada no trabalho, no atingimento dos objectivos, nos prémios). Que está de baixa.
Caraças...A minha mãe de baixa...A anti-depressivos.
Com a "maluqueira".
Preciso de me habituar à ideia.


Must read

Sabemos que isto dos blogs ganhou alguma importância na nossa vida, quando entramos na H&M, vemos um expositor com um cartaz a dizer "MUST-HAVE-19.99€" e só nos conseguimos lembrar desta senhora!

quinta-feira, outubro 03, 2013

MM no seu melhor

Sogra:
-Xaxia, desculpa estar a chatear-te, mas estou a ligar para fazer queixas da Migalha do Meio. Hoje, vínhamos no carro, ela estava a escangalhar os sapatos, e eu e a tia T. a dizer para parar quieta, e ela que não, que podia estragar porque a mãe e o pai eram muito ricos, tinham muitos dólares que saiam nas raspadinhas.
Eu:
-Dólares? Mas como é que ela sabe o que são dólares? Deixe estar, vou falar com ela.
Ligo para casa:
- Migalha? É a mãe. Que história é essa de estragares os sapatos porque somos ricos?
- Ahhh, eu explico!
- Não há explicações, nós não so....
- Mãe, estou a ouvir muito mal! Não estou a perceber nada. Espera, parece que tenho que ir comer a sopa. Olha, tenho mesmo que ir, a Célia está a chamar para comer a sopa! Até logo mãe!
- Migalha!
- Pi pi pi pi pi pi

segunda-feira, setembro 30, 2013

Momento pedagógico (mais um)

Migalha Mais Velha está a ver uma série no canal Disney, muito mais apropriada aos pré-adolescentes do que a meninas de sete anos. É só cantoria e dança, importada da Argentina ou da Venezuela, toda dobrada em português. Com excepção do musicol.
Olho de relance e vejo a protagonista. Sai-me:
- Essa Violeta é cá uma sonsa!
-O que é sonsa, mãe ?
-Toda certinha e direitinha, penteadinha, com os livros debaixo do braço! Não se aguenta.
Glup.
Talvez não fosse exactamente isso que eu queria dizer.

domingo, setembro 29, 2013

Senhores da CNE... Cu-cu

Será que a CNE está de olho na Blogolândia? Será que tem o seu olho omnipresente a ver quem ousa desrespeitar a lei?
É que estou mesmo com vontade de me espraiar a falar dos candidatos a Lisboa.
Logo hoje que estou com formigueiro na língua!

sábado, setembro 28, 2013

Apontamentos de Sábado

Migalha do Meio: A Arruda ainda é Portugal?

Fiz a actualização do IOS 7. Preciso de óculos de sol até me habituar.

A previsão do meu signo para a semana: quando lhe apetecer comer doces beba copos de água. (já vou em três litros).


quarta-feira, setembro 25, 2013

Fashion-consultoria

E agora eu comprava umas calças ou uma saia.
Assim, sem pensar. Um impulso.
Até nem eram de nenhuma marca cara. Podiam ser da Zara, da Primark, da loja do Chinês aqui da rua.
E chego a casa, perdidamente apaixonada pelas calças, saia, e descubro que aquilo não dá com nada do que tenho no closet, ou então sou eu, pouco dada a essas coisas fashion, que não vejo jeitos de fazer um look com trambelho onde enfie as calças, a saia, ou o que mais lhes aprouver imaginar.
E então avalio as minhas opções.
A primeira e imediata, mandar aquela merda para o fundo da gaveta, afinal não foi grande investimento, e estou bastante certa que passado dois dias não me lembro que existe.
A segunda, equacionar dar as calças, saia, que a esta altura já me começaram a estorvar,  a uma daquelas pessoas que não precisam mas que aproveitam tudo o que lhes é dado, na máxima, "a cavalo dado não se olha o dente".
A terceira, escrever para uma fashion-blogger,  equacionar gastar dez vezes o preço da peça que a esta altura me parece já um mono, para que consiga conjugá-la num de três ou quatro outfits. 
Na puta da loucura, quem sabe comprar tooooooodas as blusas, casacos, sapatos e carteiras, colares e anéis que a adviser me aconselhar, de forma a garantir que consigo usar "a coisa" pelo menos em três ou quatro ocasiões diferentes sem parecer que estou com a farda da Mango.
No desespero de não conseguir envergar o objecto de desejo condignamente, posso mesmo equacionar PAGAR a uma dessas moças,  pelas suas preciosas dicas, e toda a gente sabe que os serviços de consultoria não são baratos.
Estamos a falar de know-how, e a sabedoria, mesmo que venha etiquetada "made in Bangladesh", não tem preço.

Ainda o Outono

Olá pessoas que só falam do frio e da chuva, dos dias curtos e dos fins de semana enfiados em casa.
Tenho algumas palavras-chave que me animam, e como boa samaritana que sou, vou partilhá-las.

Romãs
Castanhas
Diospiros
Mantas
Sofás
Cozido à portuguesa
Campeonato de futebol
Lareira
Ruas iluminadas

Depois, antecedidas da palavra novos/as:
Roupas
Botas
Temporadas de séries
Filmes decentes

Não agradeçam e não respondam com tudo o que é mau. Acham que não sei?