O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

sexta-feira, julho 22, 2016

Como é descomplicado o mundo masculino

Hoje levei três rapazes pequenos à praia.
Jogaram à bola.
Deram mergulhos porque suavam e ficavam cheios de areia de jogar à bola.
Assaltaram a geleira porque a bola e a banhoca abrem o apetite que se farta.
Repetiram por esta ordem, uma montanha de vezes.

quarta-feira, julho 20, 2016

Outra história sobre viagens de carro

A caminho do Algarve. Migalha Crescida dorme profundamente com a cabeça encostada ao vidro. Vamos na auto-estrada, a uma velocidade capaz de me tirar pontos daqueles da carta de condução. O Sancho debruça-se de mansinho e abre-lhe o vidro.
Eu queria ralhar e não conseguia, de tanta vontade de rir.

terça-feira, julho 19, 2016

De como a vida doméstica e familiar pode influenciar a percepção que as crianças têm da Natureza

O Sancho a olhar pela janela do carro à vinda do Algarve.
- Mãe, a chegonha não está no ninho.
- Se calhar foi buscar comida...
- Mas quem é que tá a tomai conta do ninho? Se calhai é o pai. Não, peia, o pai deve tar a domi a sesta.

domingo, julho 17, 2016

Da semana passada

Entalada entre as enormes alegrias e profundas tristezas vindas de França, Bruxelas, onde  os ministros das finanças da UE se juntaram para decidir se nos dão três reguadas em cada mão, ou se nos colocam virados para a parede com as respectivas orelhas de burro na cabeça.
Em Portugal, a mana Mortágua mais atrevida, aproveitou para falar de referendar a nossa permanência na UE. Eu nem sou de aderir a grandes movimentos, mas gostava de sugerir que alguém se chegasse à frente numa de organizar uma vaquinha para comprar um bilhete de avião a esta menina. Acho que está a precisar de umas férias em Caracas. Estou em crer que o Nico lhe ofereceria um fato de treino xuxu com as cores da bandeira da Venezuela, para a nossa menina ir comprar dois litros de leite à Colômbia.
Nesta coisa das internetes, descobriu-se que uma senhora loira não tão velhinha assim, alimentava uma página de FB com posts e fotos descaradamente roubadas em diversos blogs. Aqui surripiou uns quatro ou cinco, o que tendo em conta a fraquíssima produção, nos leva para uma taxa de incidência generosa. 
Aquilo era assim uma espécie da best of da blogolandia, pelo que a única coisa que pode justificar a fraquíssima assiduidade de comentadores deleitados e gostos descontrolados, é a insistência da senhora em postar a sua imagem em diferentes poses, lugares, ocasiões, dez vezes ao dia.
Feliz domingo pessoas.

sábado, julho 16, 2016

Temo que nos aumentem os impostos

Para comprar medalhas para as condecorações.
(Campeoes, campeões, nós somos (outra vez) campeões).

segunda-feira, julho 11, 2016

Queridos franceses

Estive todo o dia à espera de uma porra de uns míseros dez minutos para escrever o que me ia na alma.
Para falar da imensa alegria, do enorme orgulho, para dizer que em 120 minutos roguei a santos, lembrei vivos e mortos, disse palavrões, talvez vos tenha chamado filhos de uma égua umas trinta vezes, amei os meus e odiei-vos com a mesma intensidade.
Quando finalmente me sentei, e já me doía o dedo de tanto fazer gostos no Facebook, eis que dou com a notícia de que há uma petição a pedir a repetição da final do Euro...
Meus queridos, queridos, queridos franceses...
Hoje já chorei, já ri, já me arrepiei até à medula. Como eu milhões, milhões de portugueses em todos os Continentes, ouviram bem? Todos os Continentes!
Acham mesmo que queremos saber da vossa merda de petição, esteja ela assinada por um francês, ou por cem mil?
Acham que a vossa opinião de merda nos interessa? Sabem o que desejo neste momento?
Que enfiem essa dor de cotovelo gigante no mesmo sítio que a vossa torre pateticamente iluminada com as vossas cores na noite em que NÓS fomos campeões da Europa.
Exactamente nesse sítio,  onde o sol não brilha. Há falta de luz natural...fica a ideia.

Ridículos, sois ridículos.



sábado, julho 02, 2016

Migalha do Meio

Estamos na praia, eu que depois de uma semana de intenso stress consigo descomprimir, estou na areia, a sentir o sol e o sal no corpo, a ouvir o mar, embalada pelas vozes, longínquas, uma sonolência crescente, e nisto, mesmo junto ao meu ouvido:
- Mãe, as pulgas da areia comem o quê?