O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

quinta-feira, março 31, 2016

Sabem o que é que era mesmo bom?

Alguém que explicasse ao mundo em geral, e a pessoas que discursam em particular, a diferença entre adesão e aderência.
É que eu não tenho tempo.

quinta-feira, março 24, 2016

Jantar fora

Na mesa ao lado da nossa, uma mulher pediu um homem em namoro. E ele disse que não. Delicadamente disse que não. Talvez outro dia. Que teriam de conversar.  E ela chorou. E insistiu. E voltou a insistir. E disse que não queria chorar. E chorou. E insistiu mais um bocadinho.
E ninguém explicou à mulher que quando se está apaixonado não se precisa ver outro dia, nem conversar nada.
Tive pena do rapaz.

quarta-feira, março 16, 2016

Post do Dia da Mulher (como já foi há que tempos??)

Durante muito tempo,  pensei que todos os problemas das mulheres (exceptuando talvez a TPM, vá), começavam e terminavam nos homens.
Mas depois veio o Facebook e o Dia da Mulher. E aquele monte de bonecos que postamos orgulhosas, e que invariavelmente mostram super mulheres ao centro, rodeadas por um computador (somos super profissionais), crianças, de preferencia a fazerem uma birra agarradas às nossas pernas  (somos super mães), um aspirador/vassoura/lava-loiças (somos fadas do lar- se estivermos a aspirar ou varrer ou lavar a loica com uma das crianças birrentas ao colo, melhor), batons ou um par de sapatos salto agulha (além de tudo somos suuper giras e sexys e temos a cútis viçosa e o rabo rijo). Basicamente, depois da mulher de carreira, mãezorra e fada do lar se sentar finalmente no sofá, baixa em nós a super amante.
E somos nós que postamos, e fazemos muitos likes umas nas outras,  convencidérrimas que os homens vão ver aquilo e vão ficar siderados com as nossas imensas capacidades, vão fazer vénias à nossa passagem, vão olhar-nos com ainda mais respeito e admiração, eles que coitadinhos só conseguem fazer uma coisa de cada vez, excepção apenas para quando estão a ouvir o relato na rádio e a ver o jogo na televisão. Ao mesmo tempo!!
E concluo, que o problema das mulheres não são os homens. O problema das mulheres, são as próprias mulheres, orgulhosas por serem como as impressoras: multifunções.
E enquanto as sogras olharem as noras de lado porque não serviram o marido (coitadinho), enquanto as mães continuarem a pedir mais favores domésticos às filhas do que aos filhos, enquanto alimentarmos esta ideia que somos super mulheres com muito gosto, e colocarmos merdinhas destas no Facebook, vamos continuar a ser o nosso próprio problema.
Os homens agradecem.

sexta-feira, março 11, 2016

Está aí alguém?

Olá pessoas, olá, cá vou andando, com a Graça de Deus, a ver o tempo a passar, cabrão do tempo que não pára, para a semana já é Primavera outra vez, daqui a quinze dias horário de Verão, tudo coisas óptimas não fosse dar-se o caso de ainda ontem ter entrado o Inverno, ou pelo menos parece que foi ontem, bem diziam que o tempo passava cada vez mais depressa com a idade, mas eu não acreditava. Ainda há dois dias estava a torcer-me toda para Migalha Crescida nascer, e já me fez dez anos. E páro, e pergunto-me, como raio é que já tenho uma filha de dez anos, eu sou só uma gaiata, nem sei tomar conta de mim quanto mais dos outros, e da casa, da roupa, da comida, da empregada, do trabalho, quem é que no seu juízo perfeito dá taaaanta responsabilidade a alguém tão irresponsável.
E Migalhas crescem, e crescem, e aprendem, e fazem testes. Migalha Crescida já sabe que de Espanha nem bom vento nem bom casamento, sempre que uma portuguesa se encantou por espanhois, deu merda, já sabe o que foi a ditadura, e o 25 de Abril. Também sabe o que se festeja a 1 de Dezembro. E o que aconteceu em 1143, e em 1385. Já sabe o que é o mínimo denominador comum, mas raramente o usa, faz tudo de cabeça, esta miúda tem uma cabeça que não sei se vos diga se vos conto. Lê todos os dias, antes de adormecer. Bonita e inteligente, auguro-lhe um futuro risonho, assim Deus Nosso Senhor permita que tenha juízo e sorte, e eu a enorme capacidade para lhe ir dizendo que não. Migalha do Meio quer ser cantora. Apesar de continuar a sofrer de apetite agudo, já não quer ser cozinheira, a última coisa com trambelho que a minha avó disse depois do AVC e antes de morrer foi que a Migalhinha queria ser cozinheira. Tem uma enorme dificuldade em focar-se. É capaz de não conseguir decorar os sinais de trânsito, mas descrever pormenorizadamente como se faz uma múmia, e só ouviu a professora a explicar uma vez. Pena que não faça parte da matéria. Com ela tenho que trabalhar mais, ajudá-la a concentrar-se, explicar-lhe quando está a fazer legendas de figuras, em matemática, e reconhece uma régua e uma balança, o outro desenho jamais poderia ser um bolo (era um peso). Tem um coração de ouro, cabe toda a gente deste mundo, e em caso de invasão extra-terrestre, cabem também os dos outros mundos. Vou começar a juntar dinheiro para a mandar estudar em Londres. Se tem jeito para as artes, se quer ser cantora, e bailarinha, e atriz, então que seja das boas. O Sancho continua de se comer, talvez porque a terapia da fala não esteja a surtir um grande efeito, talvez porque continua meigo, alegre e feliz como só ele. Um bocado preguiçoso para trabalhar, o que já se percebe pela pressa que imprime a qualquer desenho ou tarefa da escola, mas vamos ter esperança, afinal sabe o nome dos jogadores todos do campeonato nacional, incluindo os do Arouca. É doido por futebol. E pelo Sporting, se bem que ou ganham o campeonato ou não sei, afinal ele gosta muito do Sporting mas gosta mesmo muito mais é dos que ganham.
Tenho lido blogues, alguns, se bem que tenho pouco tempo para acompanhar enredos, e pouca  vontade para escrever. Mas voltei a ler, já vou no sexto livro deste ano, o que é tanto como li nos últimos nove.
Nem sei que mais vos diga, que vos interesse, claro. Bloquearam-me o carro, Amiga de Sempre foi novamente mãe, já uso óculos para ver ao perto, o carrocel não pára e não dá para sair em andamento.
Ou dá. Mas não queremos.