Nunca fui menina de grandes resoluções de ano novo, muito menos fazer listas, mas eis o que me vai na cabeça:
- Beber mais água
- Sobreviver à viagem de avião que vou fazer para ir de ferias para o Brasil (tentar que o avião não caia e tentar não ter uma apoplexia com medo que caia)
- Escrever todos os dias no blogue
- Evitar arranjar um nome de animal para chamar aos que me visitam por aqui (tipo pequenos pintainhos ou coelhinhos ou.. ou...sei lá, póneis por exemplo)
- Tentar não recuperar em 2 meses o peso que perdi num ano
- Organizar-me. Saber quando é a missa da escola, a festa da ginastica, sem ser no próprio dia de manhã quando os deixamos.
- Usar agenda para além da primeira semana de Janeiro, para não descobrir que devia estar numa reunião quando o meu chefe telefona e pergunta: "Vens?"
-Poupar todos os dias e não quando a conta se aproxima do zero
- Mimar dito cujo
-Ser boa mãe, melhor mãe. Tolerante. Compreensiva. Paciente.
Feliz ano novo...meus pequenos...hum...visitantes.
O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?
segunda-feira, dezembro 31, 2012
Tempo precioso
Estava no Jumbo que estava a rebentar pelas costuras às cinco da tarde. Todas as caixas têm filas intermináveis, excepto as caixas ECO, que são aquelas em que cada saco custa 2 cêntimos, invés das outras onde são gratuitos. Aproveitei e despachei-me em 30 segundos.
Mas faz-me confusão...O meu tempo é precioso e nunca chega para tudo o que preciso fazer. Vale a pena esperar numa fila, no dia 31 de Dezembro, para poupar 6 ou 8 ou 10 cêntimos?
Bem sei que estamos em crise, que grão a grão enche a galinha o papo...Mas quanto não vale o tempo que se perde?
A mim, o tempo que ganhei custou-me 6 cêntimos e pareceu-me um belo negocio!
Mas faz-me confusão...O meu tempo é precioso e nunca chega para tudo o que preciso fazer. Vale a pena esperar numa fila, no dia 31 de Dezembro, para poupar 6 ou 8 ou 10 cêntimos?
Bem sei que estamos em crise, que grão a grão enche a galinha o papo...Mas quanto não vale o tempo que se perde?
A mim, o tempo que ganhei custou-me 6 cêntimos e pareceu-me um belo negocio!
2012
Este não foi um bom ano. Podia ter sido pior? Podia. As migalhas estão bem, e só isso já faz com que algumas coisas menos boas percam importância. Eu estou bem, o dito cujo também.
Mas este foi o ano em que a minha avó partiu. A minha querida avó de quem morro de saudades a toda a hora. 2012 nunca poderia ser um bom ano, nem que me tivesse saído o Euromilhões, nem que tivesse sido promovida a Directora Geral aqui da barraca, este nunca poderia ter sido um bom ano.
Teve coisas boas, mas também teve momentos muito difíceis.
Tenho 37 anos e é a primeira vez em que o balanço que faço de um ano que passou não é o melhor.
Tenho sido uma felizarda. Quantas pessoas chegam a esta idade sem razões de queixa da vidinha que têm? Poucas, penso eu.
Venha de lá um ano tranquilo com saúdinha da boa lá por casa.
Mas este foi o ano em que a minha avó partiu. A minha querida avó de quem morro de saudades a toda a hora. 2012 nunca poderia ser um bom ano, nem que me tivesse saído o Euromilhões, nem que tivesse sido promovida a Directora Geral aqui da barraca, este nunca poderia ter sido um bom ano.
Teve coisas boas, mas também teve momentos muito difíceis.
Tenho 37 anos e é a primeira vez em que o balanço que faço de um ano que passou não é o melhor.
Tenho sido uma felizarda. Quantas pessoas chegam a esta idade sem razões de queixa da vidinha que têm? Poucas, penso eu.
Venha de lá um ano tranquilo com saúdinha da boa lá por casa.
sábado, dezembro 29, 2012
O papá papa a papaia 2
Fazer os trabalhos com a migalha mais velha é basicamente semelhante a ler e mandá-lá ler como se tivéssemos uma forte demência.
No meio de frases tão surreais como:
- A Tita ata a lata ao leitão
Eis que aparece:
- O pato é o papá do patito.
Ao que a migalha exclama:
-Boa! Esta até faz sentido.
Pelo menos mantém a noção da realidade.
No meio de frases tão surreais como:
- A Tita ata a lata ao leitão
Eis que aparece:
- O pato é o papá do patito.
Ao que a migalha exclama:
-Boa! Esta até faz sentido.
Pelo menos mantém a noção da realidade.
sexta-feira, dezembro 28, 2012
Mau feitio, a serio?
Anda tudo a deitar foguetes por causa do estudo alemão que diz que quem tem mau feitio vive mais um par de anos.
Caríssimas pessoas queridas, com ar amoroso, bonacheirões em geral, ter mau feitio não é acordar com os pés de fora uma vez por mês. Ter mau feitio não é dizer bolas quando nos fecham a porta do elevador na cara, nem dizer à sogra que o pudim está um bocado enjoativo.
E não se ponham com ar de maus assim de um dia para o outro a ver se ganham dois anitos extra.
Ter mau feitio é inato, vem do âmago e não dá para disfarçar, não é do pé para a mão que se tem um feitio suficientemente mau para aumentar a longevidade.
Mantenham-se assim queridos e deixem lá que dizem que as pessoas bem dispostas têm menos rugas.
Caríssimas pessoas queridas, com ar amoroso, bonacheirões em geral, ter mau feitio não é acordar com os pés de fora uma vez por mês. Ter mau feitio não é dizer bolas quando nos fecham a porta do elevador na cara, nem dizer à sogra que o pudim está um bocado enjoativo.
E não se ponham com ar de maus assim de um dia para o outro a ver se ganham dois anitos extra.
Ter mau feitio é inato, vem do âmago e não dá para disfarçar, não é do pé para a mão que se tem um feitio suficientemente mau para aumentar a longevidade.
Mantenham-se assim queridos e deixem lá que dizem que as pessoas bem dispostas têm menos rugas.
Crise, onde?
Não percebo esta crise. Não percebo como é que preciso de trocar uma coisa na Zara e desisto com o tamanho da fila, não percebo como é que a Kidzania está de tal forma à pinha que me aconselharam a não entrar, as zonas de restauração dos centros comerciais têm montes de tabuleiros para levantar e dezenas de pessoas capazes de matar por uma mesa.
Vai lá vai.
Consegui ir ver o Hotel Transilvania com as migalhas quase à hora de jantar.
Vai lá vai.
Consegui ir ver o Hotel Transilvania com as migalhas quase à hora de jantar.
quarta-feira, dezembro 26, 2012
Não gosto de ti
Na véspera de Natal, depois de uma muito ligeira reprimenda por mexer onde não deve, migalha do meio diz:
- Não gosto de ti.
Eu aguento o és feia, o és má, mas o não gosto de ti faz-me sempre pensar que não ando a fazer o meu papel.
-Não? Gostas sim, sei que gostas.
- Não gosto não. Já há muito tempo que não gosto de ti.
-Só estás a dizer isso porque ralhei. Mas sei que gostas.
-Não. Não gosto. E é há muito tempo que não gosto.
- (Glup) E do pai?
- Do pai gosto.
Socorro! Mandem abrir as portas do Toys'r'us. Preciso comprar brinquedos para subornar filha zangada.
Depois desta muito pouco agradável conversa, já se reconciliou comigo, mas pelo sim pelo não tenho evitado ralhar e pergunto-lhe de cinco em cinco minutos:
-Gostas da mãe não gostas?
- Não gosto de ti.
Eu aguento o és feia, o és má, mas o não gosto de ti faz-me sempre pensar que não ando a fazer o meu papel.
-Não? Gostas sim, sei que gostas.
- Não gosto não. Já há muito tempo que não gosto de ti.
-Só estás a dizer isso porque ralhei. Mas sei que gostas.
-Não. Não gosto. E é há muito tempo que não gosto.
- (Glup) E do pai?
- Do pai gosto.
Socorro! Mandem abrir as portas do Toys'r'us. Preciso comprar brinquedos para subornar filha zangada.
Depois desta muito pouco agradável conversa, já se reconciliou comigo, mas pelo sim pelo não tenho evitado ralhar e pergunto-lhe de cinco em cinco minutos:
-Gostas da mãe não gostas?
E então foi assim
Muita, muita comida. Devia haver uma lei que proíbisse enfardar mais que meio kilo de comida a cada refeição.
Alguns presentes para mim, mas o grosso da coisa para as migalhas. Quem inventou a treta do "só para as crianças" hein? Acusa-te de uma vez criatura, eu também acreditava no Pai Natal.
A migalha mais velha à meia noite e meia, afogada em presentes dizia:
- É só isto? O bebé tem mais prendas que eu! Não recebi a Nancy.
Como era noite de Natal abstive-me.
A outra chorava porque queria tirar tudo das caixas.
O migalha bebé enfia o capacete na cabeça, monta-se na bicicleta, e não a quer largar para ir para a cama.
Tirando estes pequenos pormenores, foi uma bela noite.
Alguns presentes para mim, mas o grosso da coisa para as migalhas. Quem inventou a treta do "só para as crianças" hein? Acusa-te de uma vez criatura, eu também acreditava no Pai Natal.
A migalha mais velha à meia noite e meia, afogada em presentes dizia:
- É só isto? O bebé tem mais prendas que eu! Não recebi a Nancy.
Como era noite de Natal abstive-me.
A outra chorava porque queria tirar tudo das caixas.
O migalha bebé enfia o capacete na cabeça, monta-se na bicicleta, e não a quer largar para ir para a cama.
Tirando estes pequenos pormenores, foi uma bela noite.
terça-feira, dezembro 25, 2012
Dia de Natal
Migalhas têm lindos vestidos de Natal.
Migalhas têm lindas bicicletas novas.
De alguma forma, as duas coisas não combinam.
Migalhas têm lindas bicicletas novas.
De alguma forma, as duas coisas não combinam.
segunda-feira, dezembro 24, 2012
E a medalha de idiota vai para...
Hoje o dia ia correr bem. Acordei cedo e com vitalidade suficiente para fazer tudo o que tinha para fazer e despachar-me por volta da hora de almoço. Vou para embrulhar um presente que precisava de ir entregar e correu bem. Tinha papel, fita-cola, laço e até uma linda etiqueta para por o nome. Depois saí contente, para ir a casa das amigas levar presentes.
Estou a estacionar na porta da primeira amiga, vejo um lugar, paro, inicio a marcha atrás...Pás! Um senhor com obvia pressa tentou passar e bateu-me enquanto estacionava.
Claro que a versão do senhor foi diferente. Ele ia a andar muito normalmente e eu atravessei-me no meio da estrada. Com visões tão diferentes da mesma situação o senhor não viu nada melhor que chamar a polícia. Grrrrr.
Aqui a Xaxia, que precisava de espaço para transportar os presentes, tinha saído disparada com grande carro do dito cujo e documentos nem vê-los.
Primeira provação do dia: ligar dito cujo a informar danos na sua viatura.
Segunda provação: dizer policia que não tinha documentos mas que dito cujo estava a chegar com eles.
Êh pá...Não foi à toa que escolhi dito cujo para marido. Perguntou se eu estava bem, disse que não fazia mal, nem por um segundo falou de dinheiro ou prejuízos. Espectacular.
Policia foi um amoroso e disse que não ia passar uma multa por falta de documentos no dia 24.
Condutor do outro veiculo grande parvalhão que me chamou mentirosa e ainda ficou furioso de policia ter perdoado multa.
Feliz Natal para ti também.
Estou a estacionar na porta da primeira amiga, vejo um lugar, paro, inicio a marcha atrás...Pás! Um senhor com obvia pressa tentou passar e bateu-me enquanto estacionava.
Claro que a versão do senhor foi diferente. Ele ia a andar muito normalmente e eu atravessei-me no meio da estrada. Com visões tão diferentes da mesma situação o senhor não viu nada melhor que chamar a polícia. Grrrrr.
Aqui a Xaxia, que precisava de espaço para transportar os presentes, tinha saído disparada com grande carro do dito cujo e documentos nem vê-los.
Primeira provação do dia: ligar dito cujo a informar danos na sua viatura.
Segunda provação: dizer policia que não tinha documentos mas que dito cujo estava a chegar com eles.
Êh pá...Não foi à toa que escolhi dito cujo para marido. Perguntou se eu estava bem, disse que não fazia mal, nem por um segundo falou de dinheiro ou prejuízos. Espectacular.
Policia foi um amoroso e disse que não ia passar uma multa por falta de documentos no dia 24.
Condutor do outro veiculo grande parvalhão que me chamou mentirosa e ainda ficou furioso de policia ter perdoado multa.
Feliz Natal para ti também.
O que irá acontecer hoje por esse Portugal fora
- Dezenas de donas de casa vão gritar "ai valha-me Deus que não tenho canela"
- Dezenas de maridos vão descalçar as pantufas e vão à mercearia do bairro comprar canela
- Outras dezenas vão tentar comprar uma caixa de Ferrero Rocher para a tia que não era para vir mas afinal veio
- As lojas do Chinês vão vender o papel de embrulho muito feio, tão feio que ficou até dia 24
- Centenas de pessoas vão embrulhar presentes à ultima hora
- Outras centenas vão tirar os carros da garagem e conduzir a 90 na faixa da esquerda da auto estrada
- Milhares vão comer até a gordura das rabanadas lhes sair pela pele e o estômago gritar basta
- Outros milhares vão receber SMS de pessoas que não sabem quem são mas que vão desejar saúdinha da boa
- As crianças vão inventar mil coisas para o tempo passar mais depressa
- As palavras Feliz Natal vão ser repetidas milhões de vezes
Feliz Natal da Xaxia
- Dezenas de maridos vão descalçar as pantufas e vão à mercearia do bairro comprar canela
- Outras dezenas vão tentar comprar uma caixa de Ferrero Rocher para a tia que não era para vir mas afinal veio
- As lojas do Chinês vão vender o papel de embrulho muito feio, tão feio que ficou até dia 24
- Centenas de pessoas vão embrulhar presentes à ultima hora
- Outras centenas vão tirar os carros da garagem e conduzir a 90 na faixa da esquerda da auto estrada
- Milhares vão comer até a gordura das rabanadas lhes sair pela pele e o estômago gritar basta
- Outros milhares vão receber SMS de pessoas que não sabem quem são mas que vão desejar saúdinha da boa
- As crianças vão inventar mil coisas para o tempo passar mais depressa
- As palavras Feliz Natal vão ser repetidas milhões de vezes
Feliz Natal da Xaxia
domingo, dezembro 23, 2012
Prioridades
Fila do hipermercado. À minha frente, um rapaz com garrafas de whisky, Pisang Ambon (blharc), Gold Strike (blharc blharc), umas calças de criança, uma camisola de criança um rolo de papel de embrulho. Disse à rapariga da caixa:
- Só tenho 100 euros, vá registando por essa ordem e quando chegar a 100 euros pare.
Ficou a camisola e o papel.
É bom ver que ainda há quem tenha as prioridades bem definidas.
- Só tenho 100 euros, vá registando por essa ordem e quando chegar a 100 euros pare.
Ficou a camisola e o papel.
É bom ver que ainda há quem tenha as prioridades bem definidas.
sábado, dezembro 22, 2012
Isto é que foi o fim do Mundo? Pffff...
Bom dia! Bom dia!
Hoje estou muito feliz, ainda que um bocadinho desiludida.
Estou muito feliz, porque tenho a minha família toda comigo e todos, sim, ouviram bem, todos, sobrevivemos ao fim do mundo, completamente ilesos e nem precisámos de andar a trepar para cumes de montanhas.
Estou um bocado desiludida, porque o fim do mundo é o evento de uma vida! Melhor que o Cirque do Soleil, melhor que o fogo de artifício da EXPO 98, melhor que a onda gigante que me ia varrendo da praia da Falésia aquando esse outro fenómeno da natureza que foi o tsunami algarvio. E sinceramente, esperava mais. Mais estardalhaço, mais agitação, alguma coisa que se visse. Ficou muito aquém das expectativas.
Aliás, para dizer a verdade, não sei a opinião das pessoas em geral, porque ainda nem vi notícias, mas o fim do Mundo como evento, cá para mim, foi um fiasco completo.
Hoje estou muito feliz, ainda que um bocadinho desiludida.
Estou muito feliz, porque tenho a minha família toda comigo e todos, sim, ouviram bem, todos, sobrevivemos ao fim do mundo, completamente ilesos e nem precisámos de andar a trepar para cumes de montanhas.
Estou um bocado desiludida, porque o fim do mundo é o evento de uma vida! Melhor que o Cirque do Soleil, melhor que o fogo de artifício da EXPO 98, melhor que a onda gigante que me ia varrendo da praia da Falésia aquando esse outro fenómeno da natureza que foi o tsunami algarvio. E sinceramente, esperava mais. Mais estardalhaço, mais agitação, alguma coisa que se visse. Ficou muito aquém das expectativas.
Aliás, para dizer a verdade, não sei a opinião das pessoas em geral, porque ainda nem vi notícias, mas o fim do Mundo como evento, cá para mim, foi um fiasco completo.
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Vai-te embora Martin!
Pensava que este menino tinha percebido que a nossa relação, apesar de boa, era do tipo "one night stand" e hoje pela manhã já não estaria por cá. Afinal ficou .
Vai-te embora Martin!
Vai-te embora Martin!
quinta-feira, dezembro 20, 2012
Dia em cheio
Hoje foi um dia em cheio, pelo menos cheio de correrias e afazeres.
Logo pela manha, festa de Natal da migalha
Depois, fazer as malas dela e da migalha bebé para se juntarem à irmã em casa da avó.
Consulta de urologia a ver se dão conta do bicho.
De seguida, mais umas compras de Natal. Mas desta vez em chique, no Rl Corte Inglés.
Ir buscar migalhas à escola e fazer meia hora de caminho até casa da sogra.
Correr para casa para preparar jantar para amigos que vieram de longe para passar o Natal.
Agora, que é quase meia noite, depois de um maravilhoso jantar onde ri até às lágrimas, tenho o Freddy Mercury dentro da cabeça a cantar:
"Too much wine will kill you". Ou qualquer coisa parecida...
Logo pela manha, festa de Natal da migalha
Depois, fazer as malas dela e da migalha bebé para se juntarem à irmã em casa da avó.
Consulta de urologia a ver se dão conta do bicho.
De seguida, mais umas compras de Natal. Mas desta vez em chique, no Rl Corte Inglés.
Ir buscar migalhas à escola e fazer meia hora de caminho até casa da sogra.
Correr para casa para preparar jantar para amigos que vieram de longe para passar o Natal.
Agora, que é quase meia noite, depois de um maravilhoso jantar onde ri até às lágrimas, tenho o Freddy Mercury dentro da cabeça a cantar:
"Too much wine will kill you". Ou qualquer coisa parecida...
Sweet Bimby
Só hoje descobri que a Bimby descasca alhos.
Vou dizer-vos uma coisa, esta menina sabe como manter a chama acesa.
Vou dizer-vos uma coisa, esta menina sabe como manter a chama acesa.
Conselho do bom!
Ah e tal, estás óptima assim, mas não emagreças mais senão ficas magra demais.
Caríssimos! Vou ensinar-vos uma coisa, e aproveitem que não duro para sempre. Aliás, a malta brinca brinca mas não sabemos o que nos espera o dia de amanhã (parece que é chuva).
Guardem estas palavras sábias:
1. Nunca se é magro demais
2. Nunca se é rico demais
Infelizmente só me consegui meter no trilho da primeira.
Caríssimos! Vou ensinar-vos uma coisa, e aproveitem que não duro para sempre. Aliás, a malta brinca brinca mas não sabemos o que nos espera o dia de amanhã (parece que é chuva).
Guardem estas palavras sábias:
1. Nunca se é magro demais
2. Nunca se é rico demais
Infelizmente só me consegui meter no trilho da primeira.
O Mundo acaba um bocadinho todos os dias
Quem me manda a mim! Mas quem me manda a mim espreitar o Correio da Manhã... Nunca consigo passar os olhos por esse jornal sem perder mais um bocadinho de fé pela espécie humana e sem ficar um bocado mal disposta.
A policia anda atrás de uma mulher que matou os dois filhos. Pequenos pequeninos.
Hoje não fiquei um bocado mal disposta. Hoje as entranhas embrulharam-se-me todas.
E de repente só me apetece correr a abraçar os meus filhos com toda a força que tenho.
A policia anda atrás de uma mulher que matou os dois filhos. Pequenos pequeninos.
Hoje não fiquei um bocado mal disposta. Hoje as entranhas embrulharam-se-me todas.
E de repente só me apetece correr a abraçar os meus filhos com toda a força que tenho.
Brilha brilha...socorro!
Ora bem, com a festa de Natal de hoje de manhã, acabaram-se as festas das escolas, pelo menos cá por casa.
Foi uma festa bonita, as crianças portaram- se bem, apenas uma chorou agarrada às pernas da mãe (apenas uma tem noção do ridículo), e quase nos safávamos à canção da Estrelinha.
As crianças cantaram quatro canções. Quatro lindas canções com pinheirinhos e sininhos e Jesus a rodos. Perfeito, nem sombras da Estrelinha.
Chega a altura de cada família entregar o presente que fez para oferecer a Jesus. Centros de Natal, àrvores com rolos de papel higiénico, presépios (o mai lindo executado por moi), poemas escritos em cartolinas. Uma maravilha.
Até que chega uma família. E que traz essa família para oferecer ao Jesus? Ah pois é. A canção da Estrelinha.
Socoooooorro!
Foi uma festa bonita, as crianças portaram- se bem, apenas uma chorou agarrada às pernas da mãe (apenas uma tem noção do ridículo), e quase nos safávamos à canção da Estrelinha.
As crianças cantaram quatro canções. Quatro lindas canções com pinheirinhos e sininhos e Jesus a rodos. Perfeito, nem sombras da Estrelinha.
Chega a altura de cada família entregar o presente que fez para oferecer a Jesus. Centros de Natal, àrvores com rolos de papel higiénico, presépios (o mai lindo executado por moi), poemas escritos em cartolinas. Uma maravilha.
Até que chega uma família. E que traz essa família para oferecer ao Jesus? Ah pois é. A canção da Estrelinha.
Socoooooorro!
quarta-feira, dezembro 19, 2012
Os paizinhos dos outros meninos
Tenho um problema com os pais dos outros miúdos das escolas das migalhas.
A maioria deve ter a mesma idade que eu, mais ano menos ano, mas a mim, parecem-me todos velhos. Muuuuito mais velhos. Parecem-me todos muito mais responsáveis, com a educação dos filhos planeada, interessados no plano pedagógico que é todos os anos fastidiosamente apresentado (à terceira já não se aguenta), andam com horários dos filhos na mala com todas as actividades cuidadosamente assinaladas, quando recebem um convite para uma festa de anos sacam da agenda para ver se não coincide com o lanche em casa do amigo ou com a catequese. Enfim, um mimo de organização.
Cá por casa...
Cá por casa há um horário na porta do frigorífico para saber a que dias é para vestir fato de treino.
Não admira que quando fale com estes primorosos pais, os trate com uma deferência semelhante à que trato as pessoas da idade dos meus próprios pais e me levante para lhes dar lugar nas reuniões de pais (esta é a brincar).
A maioria deve ter a mesma idade que eu, mais ano menos ano, mas a mim, parecem-me todos velhos. Muuuuito mais velhos. Parecem-me todos muito mais responsáveis, com a educação dos filhos planeada, interessados no plano pedagógico que é todos os anos fastidiosamente apresentado (à terceira já não se aguenta), andam com horários dos filhos na mala com todas as actividades cuidadosamente assinaladas, quando recebem um convite para uma festa de anos sacam da agenda para ver se não coincide com o lanche em casa do amigo ou com a catequese. Enfim, um mimo de organização.
Cá por casa...
Cá por casa há um horário na porta do frigorífico para saber a que dias é para vestir fato de treino.
Não admira que quando fale com estes primorosos pais, os trate com uma deferência semelhante à que trato as pessoas da idade dos meus próprios pais e me levante para lhes dar lugar nas reuniões de pais (esta é a brincar).
Sobre a inveja
Parece-me que existe alguma histeria em torno da utilização da palavra inveja, como se fosse a pior coisinha que se pudesse dizer em relação a alguém ou alguma coisa.
Por isso, gente do Mundo em geral e visitantes aqui da paróquia em particular, ficam a saber que:
-Quando passam umas botas giras, "as" botas, nos pés de alguém, e "as" botas custam 300€ e eu digo, olha ali as botas da gaja, que inveja, não quer dizer que deseje que a moça se estatele no chão, parta o salto da bota e já agora um tornozelo.
-Quando oiço dizer, que o jackpot do euromilhões saiu a um casal de gordos ingleses, e digo, que inveja, não quer dizer que vá fazer dois bonecos rechonchudos de pano e espetar-lhes agulhas na esperança que os ingleses não se fiquem a rir de nós, pobres criaturas, não tão bafejadas pela sorte
- Quando vejo a Giselle Budchen, linda e maravilhosa, e digo, que inveja, não quer dizer que deseje com todas as minhas forças que a rapariga seja acometida de um ataque de acne daqueles que deixam marcas para toda a vida.
Por isso, quando digo "que inveja" e me respondem com ar sacrossanto "ai, inveja não, não tenho inveja de ninguém", enervam-me até não aguentar mais.
Pois eu tenho, inveja de muitas coisas, mas de uma forma boa, (até porque a minha vidinha é abençoada), de uma forma de "quem me dera, que sorte" e não de uma forma tomara-que-sejas-aspirada-quando-passares-no-triangulo-das-Bermudas.
Tenho dito.
Por isso, gente do Mundo em geral e visitantes aqui da paróquia em particular, ficam a saber que:
-Quando passam umas botas giras, "as" botas, nos pés de alguém, e "as" botas custam 300€ e eu digo, olha ali as botas da gaja, que inveja, não quer dizer que deseje que a moça se estatele no chão, parta o salto da bota e já agora um tornozelo.
-Quando oiço dizer, que o jackpot do euromilhões saiu a um casal de gordos ingleses, e digo, que inveja, não quer dizer que vá fazer dois bonecos rechonchudos de pano e espetar-lhes agulhas na esperança que os ingleses não se fiquem a rir de nós, pobres criaturas, não tão bafejadas pela sorte
- Quando vejo a Giselle Budchen, linda e maravilhosa, e digo, que inveja, não quer dizer que deseje com todas as minhas forças que a rapariga seja acometida de um ataque de acne daqueles que deixam marcas para toda a vida.
Por isso, quando digo "que inveja" e me respondem com ar sacrossanto "ai, inveja não, não tenho inveja de ninguém", enervam-me até não aguentar mais.
Pois eu tenho, inveja de muitas coisas, mas de uma forma boa, (até porque a minha vidinha é abençoada), de uma forma de "quem me dera, que sorte" e não de uma forma tomara-que-sejas-aspirada-quando-passares-no-triangulo-das-Bermudas.
Tenho dito.
terça-feira, dezembro 18, 2012
Querido e amado marido
Se durante o 17º jantar de Natal 2012 onde estás, por acaso vieres espreitar este blog que finges que não sabes que existe, e se por acaso leres este post, ficas a saber que:
- os putos estão esparramados a dormir no teu lado da cama
- tens almoço para amanhã
- tenho que me pirar cedo
Da tua adorada esposa.
Xaxia
- os putos estão esparramados a dormir no teu lado da cama
- tens almoço para amanhã
- tenho que me pirar cedo
Da tua adorada esposa.
Xaxia
A culpa não foi minha!
Hoje, enquanto eu me torcia pelas casas de banho do hospital, decorria a festa de Natal do migalha bebé.
Parece que perdi uma meia hora de arromba, em que os meninos de gorro de pai natal enfiado na cabeça, cantaram não faço ideia o quê, mas suponho que seja brilha brilha lá no céu a estrelinha que nasceu, canção de que tenho muitas saudades porque não oiço desde sexta feira, aquando da festa da migalha mais velha, quando fomos presenteados não só com a versão portuguesa, mas também com o "twinkle twinkle little star" (yupi yupi), só para garantir que todos estavamos cientes que se tratava de uma festa de Natal. E mal posso esperar por quinta, altura em que as probabilidades de voltar a levar com a linda melodia na festa da migalha do meio, são muito elevadas.
De qualquer forma, tal como já vos tinha dito, o bebé da casa não articula duas sílabas juntas, portanto, cantar não me parece uma das competencias que me apetecesse apreciar em público, razão pela qual, me vou guardar para a festa de Natal de 2013, altura em que já deve conseguir dizer "bilha bilha no xéu a estelinha que naceu".
Detesto a infecção urinária, mas se tinha que aparecer, porque não hoje às 4 da tarde?
Xaxia, és uma mamã muito má, muito, muito má.
Parece que perdi uma meia hora de arromba, em que os meninos de gorro de pai natal enfiado na cabeça, cantaram não faço ideia o quê, mas suponho que seja brilha brilha lá no céu a estrelinha que nasceu, canção de que tenho muitas saudades porque não oiço desde sexta feira, aquando da festa da migalha mais velha, quando fomos presenteados não só com a versão portuguesa, mas também com o "twinkle twinkle little star" (yupi yupi), só para garantir que todos estavamos cientes que se tratava de uma festa de Natal. E mal posso esperar por quinta, altura em que as probabilidades de voltar a levar com a linda melodia na festa da migalha do meio, são muito elevadas.
De qualquer forma, tal como já vos tinha dito, o bebé da casa não articula duas sílabas juntas, portanto, cantar não me parece uma das competencias que me apetecesse apreciar em público, razão pela qual, me vou guardar para a festa de Natal de 2013, altura em que já deve conseguir dizer "bilha bilha no xéu a estelinha que naceu".
Detesto a infecção urinária, mas se tinha que aparecer, porque não hoje às 4 da tarde?
Xaxia, és uma mamã muito má, muito, muito má.
The party is here!
Para que conste, metade da cidade de Lisboa está aqui comigo. Aqui mesmo, na sala de espera das urgências do Hospital da Luz. Vou trocar a minha infecção urinária por uma gripe ou uma entorse, aqui com um dos convivas.
Se se despacharem ainda apanham qualquer coisa.
Se se despacharem ainda apanham qualquer coisa.
Cá estou eu... Outra vez!
Será que aqui no hospital da luz fazem desconto para clientes habituais? O segurança da entrada já deve ter a minha matricula referenciada...hoje não são migalhas, sou mesmo eu.
segunda-feira, dezembro 17, 2012
Tudo a postos para o dia 21!
Cá em casa está tudo a postos para a fim do Mundo. Afinal dia 21 é já sexta feira, e quem vai para o mar avia-se em terra.
E o que preparámos? - perguntarão vocês a ver se aprendem qualquer coisa.
Os sapatos.
- Os sapatos? -perguntarão vocês cada vez mais curiosos.
Oui...
Passo a explicar.
Quando houve aquele mini mini tremor de terra em Lisboa, há 2 ou 3 anos, eu estava a dormir muito bem, e acordo com o dito-cujo meu marido aos gritos, a andar feito barata tonta e a gritar:
- Os sapatos? Onde estão os sapatos? Toda a gente sabe que tem que ter os sapatos sempre à mão. Numa situação destas o pior que pode acontecer é ir para a rua descalço!
Pensava que numa situação destas o pior que podia acontecer era levar com os tijolos do tecto mais a família do 8º andar na tola, mas não. O pior é isso tudo acontecer e eu estar descalça.
E portanto, preparada para o que aí vem. Pode abanar, pode explodir, pode haver chamas e derrocadas, que eu vou ter mesmo ali à mão de semear os meus sapatos, mais os sapatos do dito cujo e das migalhas. Felizmente é Inverno e não vamos andar de havaianas que se podem perder no meio da confusão que se adivinha que vai ser, mas sim de botas.
Ah pois é. Depois não digam que não fui uma ajuda preciosa para ficarem cá depois do Mundo ir para o caraças.
Só tenho é uma pequenina dúvida. Na eventualidade do fim do Mundo significar que vamos mesmo desta para melhor, tenho que me preparar para a longa subida que preciso fazer até lá acima ao paraíso. E tenho algum receio que o peso dos sapatos nos pés me atrapalhe.
Não sei que faça. Com sapatos ou sem sapatos?
E o que preparámos? - perguntarão vocês a ver se aprendem qualquer coisa.
Os sapatos.
- Os sapatos? -perguntarão vocês cada vez mais curiosos.
Oui...
Passo a explicar.
Quando houve aquele mini mini tremor de terra em Lisboa, há 2 ou 3 anos, eu estava a dormir muito bem, e acordo com o dito-cujo meu marido aos gritos, a andar feito barata tonta e a gritar:
- Os sapatos? Onde estão os sapatos? Toda a gente sabe que tem que ter os sapatos sempre à mão. Numa situação destas o pior que pode acontecer é ir para a rua descalço!
Pensava que numa situação destas o pior que podia acontecer era levar com os tijolos do tecto mais a família do 8º andar na tola, mas não. O pior é isso tudo acontecer e eu estar descalça.
E portanto, preparada para o que aí vem. Pode abanar, pode explodir, pode haver chamas e derrocadas, que eu vou ter mesmo ali à mão de semear os meus sapatos, mais os sapatos do dito cujo e das migalhas. Felizmente é Inverno e não vamos andar de havaianas que se podem perder no meio da confusão que se adivinha que vai ser, mas sim de botas.
Ah pois é. Depois não digam que não fui uma ajuda preciosa para ficarem cá depois do Mundo ir para o caraças.
Só tenho é uma pequenina dúvida. Na eventualidade do fim do Mundo significar que vamos mesmo desta para melhor, tenho que me preparar para a longa subida que preciso fazer até lá acima ao paraíso. E tenho algum receio que o peso dos sapatos nos pés me atrapalhe.
Não sei que faça. Com sapatos ou sem sapatos?
Loira à vista?
A partir de quantos jantares de Natal é suposto começarmos a achar que há uma loira roliça em vez das gordas do emprego do dito-cujo? Hum?
Sobre o massacre dos EUA
Relativamente ao tarado que matou um monte de crianças nos EUA, não tenho nada a acrescentar que não tenha já sido dito por todo o lado incluindo a blogosfera. Cruel, macabro, injusto, chocante, atroz.
Só que quando estas coisas acontecem, penso em quem matou. Filho de alguém. E dou por mim a olhar para os meus filhos, ainda tão pequenos, ainda tão inocentes, mas que um dia vão crescer, vão ser adolescentes, homens e mulheres, e sei, que por muita volta que dê, por muito que sonde ou que ronde, por muito que converse e olhe nos olhos, nunca irei saber o que vai dentro das cabeças deles, como não sei o que vai na cabeça de ninguém.
Inventam tudo, mas ainda não inventaram uma maquina que permita aos pais ler os pensamentos dos filhos, e talvez assim prever quando um deles se está a passar da marmita e vai fazer algo inesperado contra si ou contra alguém.
Assustador.
Só que quando estas coisas acontecem, penso em quem matou. Filho de alguém. E dou por mim a olhar para os meus filhos, ainda tão pequenos, ainda tão inocentes, mas que um dia vão crescer, vão ser adolescentes, homens e mulheres, e sei, que por muita volta que dê, por muito que sonde ou que ronde, por muito que converse e olhe nos olhos, nunca irei saber o que vai dentro das cabeças deles, como não sei o que vai na cabeça de ninguém.
Inventam tudo, mas ainda não inventaram uma maquina que permita aos pais ler os pensamentos dos filhos, e talvez assim prever quando um deles se está a passar da marmita e vai fazer algo inesperado contra si ou contra alguém.
Assustador.
domingo, dezembro 16, 2012
Secret Story 3
Sou só eu que acho que o Jean Mark se faz de palerma com a história do português, e que fico com a sensação que ele percebe muitas coisas mas topou que acham graça àquela suposta confusão com a língua?
Se bem que para quem tem dificuldades com o português e quer aprender qualquer coisa, deve haver poucos sítios piores para se estar do que aquela casa.
Talvez o Burkina Faso seja pior.
Se bem que para quem tem dificuldades com o português e quer aprender qualquer coisa, deve haver poucos sítios piores para se estar do que aquela casa.
Talvez o Burkina Faso seja pior.
Nós somos os Caricas
Quando mais cedo disse que por hoje chegava de aglomerados de gente, tinha-me esquecido completamente, que na sexta feira à noite, já meio ébria pelo sono, tinha ido à ticketline comprar bilhetes para levar a migalha do meio ao musical do Panda e Caricas.
A migalha mais velha, do alto dos seus 6 anos, disse que passava. Hoje fomos levá-la a casa da sua avó minha sogra, onde vai ficar de férias, à espera que os irmãos se lhe juntem lá mais para meio da semana, depois das respectivas festas de Natal da escolinha (yeah! mais duas).
O migalha bebé até era menino para achar graça ao Panda aos pulos, mas olhos que não vêem coração que não sente, e ir com os dois atrás, com esta bodega de tempo, não era para a filha da minha mãe.
Além disso, a migalha do meio, entalada entre uma mana a precisar de mil atenções fruto da sua entrada para o primeiro ano, e um mano bebé que tem graça em tudo o que faz, estava mesmo, mas mesmo, a precisar de um programinho a solo. Na última semana, todos os dias chorou com a cantilena do "ninguém gosta de mim", o que deve ser um alerta até para a mãe mais distraída.
E então, fiz-lhe uma surpresa. Ela só percebeu que ia ver o Panda e os Caricas já sentadinha na sua cadeira dentro do Campo Pequeno (a levar com umas valentes correntes de ar) e quando os próprios apareceram.
Disse-lhe que ia às compras ao Centro Comercial, perguntei-lhe se queria ir comigo para lancharmos uma lambarice das boas. Ora, se há coisa a que esta menina nunca diz que não, é a uma lambarice, e então lá foi, debaixo de chuva, a sonhar com um cupcake ou um brownie. Já no bengaleiro, está um cartaz enorme e todo o merchandising do espectáculo, e ela na sua inocência a dizer que o espectáculo devia ser ali perto.
Esta minha filha é uma ternura. Um pote de mel, tão doce como os chocolates e as gomas que a enchem de desejos. Mesmo pensando que era ali perto e que não ia, não fez birras, nem sequer pedinchou para a levar.
Quanto ao espectáculo...Médio. Para não dizer médio menos. Vá, para aí um dez. De zero a vinte.
Há umas duas músicas mais ou menos engraçadas, mas as letras são muito pobrezinhas.
Mas a migalha gostou, dançou, cantou e pulou.
E o propósito não era eu ter um momento, era ELA ter um momento.
Panda e os Caricas, dêem cá mais cinco!
A migalha mais velha, do alto dos seus 6 anos, disse que passava. Hoje fomos levá-la a casa da sua avó minha sogra, onde vai ficar de férias, à espera que os irmãos se lhe juntem lá mais para meio da semana, depois das respectivas festas de Natal da escolinha (yeah! mais duas).
O migalha bebé até era menino para achar graça ao Panda aos pulos, mas olhos que não vêem coração que não sente, e ir com os dois atrás, com esta bodega de tempo, não era para a filha da minha mãe.
Além disso, a migalha do meio, entalada entre uma mana a precisar de mil atenções fruto da sua entrada para o primeiro ano, e um mano bebé que tem graça em tudo o que faz, estava mesmo, mas mesmo, a precisar de um programinho a solo. Na última semana, todos os dias chorou com a cantilena do "ninguém gosta de mim", o que deve ser um alerta até para a mãe mais distraída.
E então, fiz-lhe uma surpresa. Ela só percebeu que ia ver o Panda e os Caricas já sentadinha na sua cadeira dentro do Campo Pequeno (a levar com umas valentes correntes de ar) e quando os próprios apareceram.
Disse-lhe que ia às compras ao Centro Comercial, perguntei-lhe se queria ir comigo para lancharmos uma lambarice das boas. Ora, se há coisa a que esta menina nunca diz que não, é a uma lambarice, e então lá foi, debaixo de chuva, a sonhar com um cupcake ou um brownie. Já no bengaleiro, está um cartaz enorme e todo o merchandising do espectáculo, e ela na sua inocência a dizer que o espectáculo devia ser ali perto.
Esta minha filha é uma ternura. Um pote de mel, tão doce como os chocolates e as gomas que a enchem de desejos. Mesmo pensando que era ali perto e que não ia, não fez birras, nem sequer pedinchou para a levar.
Quanto ao espectáculo...Médio. Para não dizer médio menos. Vá, para aí um dez. De zero a vinte.
Há umas duas músicas mais ou menos engraçadas, mas as letras são muito pobrezinhas.
Mas a migalha gostou, dançou, cantou e pulou.
E o propósito não era eu ter um momento, era ELA ter um momento.
Panda e os Caricas, dêem cá mais cinco!
Compras de Natal
Finalmente comecei as compras de Natal, bem cedinho, no Colombo. Desta manhã retirei 3 conclusões:
- Não deveria ser permitido entrar na Disney Store com cartões de credito ou debito. À porta perguntavam quanto pensamos gastar e nem mais um cêntimo podíamos levar nos bolsos. Perco-me...
- Era pessoa para me conseguir calçar sempre na Zara Kids (botins e ténis de morrer)
- Se ainda tivesse tempo para fazer a selecção adequada de fotos , despachava um monte de presentes com as velas da CandleIn. Lindas e personalizáveis.
Segue-se o El Corte Inglés, mas não hoje.
Demasiada gente para um dia só.
- Não deveria ser permitido entrar na Disney Store com cartões de credito ou debito. À porta perguntavam quanto pensamos gastar e nem mais um cêntimo podíamos levar nos bolsos. Perco-me...
- Era pessoa para me conseguir calçar sempre na Zara Kids (botins e ténis de morrer)
- Se ainda tivesse tempo para fazer a selecção adequada de fotos , despachava um monte de presentes com as velas da CandleIn. Lindas e personalizáveis.
Segue-se o El Corte Inglés, mas não hoje.
Demasiada gente para um dia só.
sábado, dezembro 15, 2012
Eu e os leões do circo
Em primeiro lugar, que fique bem claro que não sou nenhuma activista dos direitos dos animais e este não é de certeza um post irado contra os circos ou contra os toureiros ou contra o foie gras (nham nham).
Gosto dos animais, não lhes faço mal, não gosto de lhes ver fazer mal, mas é de uma forma um bocado egoísta, para não dizer pior. Como posso dizer isto sem parecer muito mal...não sou capaz de ver matar um porco, mas sou capaz de estar lá passado uma hora para afiar o dente numas febras. Adoro uns belos bifes do lombo em sangue, e não acho que os aficionados sejam assassinos. Não gosto de corridas de toiros, como não gosto de ópera, e não, não gosto que comparem os animais às pessoas e até fervo, quando alguém compara os meus filhos aos cãezinhos.
- Podem por o cão na rua que está a encher isto de pelos?
- Olha olha, os seus filhos também dormem na rua ?- Grrrrrrr!
Mas voltando ao circo. Como disse, gostei do circo Cardinali, acho o patrão um charme (não é hereditário, também já vos digo), mas fiquei incomodada com o número dos leões, que por acaso é o do próprio.
Ver aquele animal, supostamente imponente, supostamente o Rei da Selva, humilhado com aquele olhar murcho, a subir e descer escadas, ficar nas patas de trás, saltar arcos com fogo, corrompido por uns quadradinhos de carne que lhe cabem na cova de um dente, tão longe das peças de carne que o seu instinto manda caçar.
E o domador, esse sim imponente, esse sim o rei da jaula, chicote sempre no ar, umas varas enormes para os picar, e eles lá, prostrados, com pouca ou nenhuma reacção, olhos semicerrados, ferocidade zero, nem um rugido.
Uns gatos grandes, cansados de viver em jaulas, cansados de palmas e luzes e música, que se distraem a olhar os espectadores com o olhar baixo e envergonhado.
Não sei se os animais do circo são maltratados, não faço ideia se estes leões deste circo são maltratados (mas suponho que treinar qualquer animal envolva sempre castigo). E não sei se há alguma medicação que os deixa assim, tão molengões e mansos.
O que sei é que para mim, os minutos em que dura esta parte do espectáculo são longos e o meu coração fica um bocadinho mais apertado que o normal.
Leões mansinhos e a miar...só os do Sporting.
Gosto dos animais, não lhes faço mal, não gosto de lhes ver fazer mal, mas é de uma forma um bocado egoísta, para não dizer pior. Como posso dizer isto sem parecer muito mal...não sou capaz de ver matar um porco, mas sou capaz de estar lá passado uma hora para afiar o dente numas febras. Adoro uns belos bifes do lombo em sangue, e não acho que os aficionados sejam assassinos. Não gosto de corridas de toiros, como não gosto de ópera, e não, não gosto que comparem os animais às pessoas e até fervo, quando alguém compara os meus filhos aos cãezinhos.
- Podem por o cão na rua que está a encher isto de pelos?
- Olha olha, os seus filhos também dormem na rua ?- Grrrrrrr!
Mas voltando ao circo. Como disse, gostei do circo Cardinali, acho o patrão um charme (não é hereditário, também já vos digo), mas fiquei incomodada com o número dos leões, que por acaso é o do próprio.
Ver aquele animal, supostamente imponente, supostamente o Rei da Selva, humilhado com aquele olhar murcho, a subir e descer escadas, ficar nas patas de trás, saltar arcos com fogo, corrompido por uns quadradinhos de carne que lhe cabem na cova de um dente, tão longe das peças de carne que o seu instinto manda caçar.
E o domador, esse sim imponente, esse sim o rei da jaula, chicote sempre no ar, umas varas enormes para os picar, e eles lá, prostrados, com pouca ou nenhuma reacção, olhos semicerrados, ferocidade zero, nem um rugido.
Uns gatos grandes, cansados de viver em jaulas, cansados de palmas e luzes e música, que se distraem a olhar os espectadores com o olhar baixo e envergonhado.
Não sei se os animais do circo são maltratados, não faço ideia se estes leões deste circo são maltratados (mas suponho que treinar qualquer animal envolva sempre castigo). E não sei se há alguma medicação que os deixa assim, tão molengões e mansos.
O que sei é que para mim, os minutos em que dura esta parte do espectáculo são longos e o meu coração fica um bocadinho mais apertado que o normal.
Leões mansinhos e a miar...só os do Sporting.
Dia de circo
Hoje foi dia de circo. Nunca foi espectáculo que me fascinasse. Mesmo em miúda, sempre achei tudo o que envolvia o circo um bocado degradante. Animais languidos a arrastarem-se na arena, mulheres de corpos pouco cuidados com roupas minúsculas e brilhantes, partenaires de postiço na cabeça a rebolarem-se enquanto acompanham o número do seu macho...
Mas este circo é diferente. Começa logo pelo ar aristocrático do dono, Vitor Hugo Cardinali. Com aquele aspecto, tanto podia ser dono de um circo como de um banco. E depois tudo é melhor, a qualidade das vestimentas, o conforto dentro da tenda, a classe do apresentador. Os artistas não serão os melhores do Mundo, mas chegam para o que se pretende. Só os animais mantém aquele ar infeliz, mas sobre isso estou a pensar escrever outro post.
Se tivesse que comprar os bilhetes, muito provavelmente escolheria outro espectáculo para levar as migalhas, mas a verdade é que há 3 anos que vamos e estou quase convencida.
Mas este circo é diferente. Começa logo pelo ar aristocrático do dono, Vitor Hugo Cardinali. Com aquele aspecto, tanto podia ser dono de um circo como de um banco. E depois tudo é melhor, a qualidade das vestimentas, o conforto dentro da tenda, a classe do apresentador. Os artistas não serão os melhores do Mundo, mas chegam para o que se pretende. Só os animais mantém aquele ar infeliz, mas sobre isso estou a pensar escrever outro post.
Se tivesse que comprar os bilhetes, muito provavelmente escolheria outro espectáculo para levar as migalhas, mas a verdade é que há 3 anos que vamos e estou quase convencida.
sexta-feira, dezembro 14, 2012
Isto promete
A migalha mais velha sobre os amiguinhos da escola, todos com 6 anos:
- A Constança M. namora com o João S.
- Ai namora?
- Sim, ela acabou com o namorado que tinha desde os 4 e ele acabou também com a namorada e ele hoje pediu-lhe (assim, sem tirar nem por)
- Ãh, ãh. Então e tu?
- Eu não namoro.
- Porquê, nenhum menino gosta de ti?
- Sei lá, eu é que não gosto de ninguém. Mas o Martim já deu beijinhos na boca. Uma vez nesta escola e outra ainda no infantário à Teresa C. Eles só começaram com essas coisas dos namorados aos 6, mas eu e as minhas amigas já falamos dessas coisas desde os 4 (onde é que eu estava?)
Nada a acrescentar. Apenas que com esta seriedade toda, a terminar namoros antes de começarem novos, dão bailinho a muito crescido que não consegue fazer o mesmo.
- A Constança M. namora com o João S.
- Ai namora?
- Sim, ela acabou com o namorado que tinha desde os 4 e ele acabou também com a namorada e ele hoje pediu-lhe (assim, sem tirar nem por)
- Ãh, ãh. Então e tu?
- Eu não namoro.
- Porquê, nenhum menino gosta de ti?
- Sei lá, eu é que não gosto de ninguém. Mas o Martim já deu beijinhos na boca. Uma vez nesta escola e outra ainda no infantário à Teresa C. Eles só começaram com essas coisas dos namorados aos 6, mas eu e as minhas amigas já falamos dessas coisas desde os 4 (onde é que eu estava?)
Nada a acrescentar. Apenas que com esta seriedade toda, a terminar namoros antes de começarem novos, dão bailinho a muito crescido que não consegue fazer o mesmo.
Outra vez?
Se o cancro fosse uma pessoa, seria daquelas mesquinhas e egoístas. Daquelas pessoas poucochinhas, com duas caras, com sorrisinhos cínicos, olhares esquivos. Daquelas matreiras e velhacas, que o que dizem nunca é o que querem dizer, de olhar turvo, cobardes e pequeninas, insensíveis e implacáveis em torno de um objectivo nunca muito nobre.
Se o cancro fosse uma pessoa, seria uma visita daquelas que aparece sem ser convidada, que vem para ficar uma noite e vai ficando 1 mês.
Se o cancro fosse uma pessoa, podíamos explicar-lhe a diferença entre os bons e os maus, formá-lo, educá-lo, ou em último caso, prendê-lo ou matá-lo.
Se o cancro fosse uma pessoa, empreenderíamos uma batalha universal contra ele, todos, ricos e pobres, religiosos e ateus, novos e velhos, porque só assim se combate quem escolhe de forma tão aleatória como imprevisível em qualquer canto do mundo, qualquer pessoa, para atingir.
O cancro voltou para alguém próximo da minha família, alguém que já o tinha vencido uma vez, alguém que se atreveu a respirar de alívio.
Se o cancro fosse uma pessoa era um mete-nojo.
Se o cancro fosse uma pessoa, seria uma visita daquelas que aparece sem ser convidada, que vem para ficar uma noite e vai ficando 1 mês.
Se o cancro fosse uma pessoa, podíamos explicar-lhe a diferença entre os bons e os maus, formá-lo, educá-lo, ou em último caso, prendê-lo ou matá-lo.
Se o cancro fosse uma pessoa, empreenderíamos uma batalha universal contra ele, todos, ricos e pobres, religiosos e ateus, novos e velhos, porque só assim se combate quem escolhe de forma tão aleatória como imprevisível em qualquer canto do mundo, qualquer pessoa, para atingir.
O cancro voltou para alguém próximo da minha família, alguém que já o tinha vencido uma vez, alguém que se atreveu a respirar de alívio.
Se o cancro fosse uma pessoa era um mete-nojo.
Poor Justin
Um tarado qualquer tinha tudo planeado para assassinar o Justin Bieber.
Sei que o puto é irritante, mas pelo amor da Santa....he is just a child!
Sei que o puto é irritante, mas pelo amor da Santa....he is just a child!
quinta-feira, dezembro 13, 2012
Novidade Imbatível
Há um blogue novo na blogosfera, tem apenas meses, é quase um recém nascido. Cheguei até ele através do Cocó na Fralda, e a certa altura, li que depois da SMS ter falado sobre ele no seu próprio blogue, atingiu as 17000 visitas num dia.
Olho para as estatísticas do meu e em como fiquei contente quando comecei a ultrapassar as 100 visitas num dia, e...buááááááá.
É o paisdequatro.clix.pt e já estou a imaginar o livro nas bancas.
Olho para as estatísticas do meu e em como fiquei contente quando comecei a ultrapassar as 100 visitas num dia, e...buááááááá.
É o paisdequatro.clix.pt e já estou a imaginar o livro nas bancas.
Jantar em paz
Hoje tinha planeado um belo peixe cozido com batatas e brócolos e ovos para as migalhas. Quando estava a meter uma dúzia de ovos no carrinho pensei, nas 3 horas que ia passar à mesa, começando no come tudo até acabar no come-só-o-ovinho, fui ao corredor dos enlatados e zás de salsichas.
É quase Natal, eu mereço!
É quase Natal, eu mereço!
Pobre Kate
Está na hora de falar sobre a Kate, sob o risco de pensarem que não sou uma pessoa informada e que só se preocupa com coisas mundanas.
Coitada da Kate! Não lhe bastava já esse enorme fardo que é pertencer à família real britânica, ter que usar aquelas roupas e sapatos horriveis, viver num casarão (o trabalho que deve dar limpar aquilo), fazer todas aquelas viagens...(meu Deus, ninguém aguenta tanto jet lag)
E agora que finalmente uma coisa boa lhe acontece, carregar na barriga a pessoa que um dia vai andar com a coroa na cabeça, estes enjoos horríveis, com direito a internamento e tudo. Se fosse uma plebeia aposto que resolviam o problema com uma caixa de Nausefe e não havia mais conversa.
E até dormia melhor.
Coitada da Kate! Não lhe bastava já esse enorme fardo que é pertencer à família real britânica, ter que usar aquelas roupas e sapatos horriveis, viver num casarão (o trabalho que deve dar limpar aquilo), fazer todas aquelas viagens...(meu Deus, ninguém aguenta tanto jet lag)
E agora que finalmente uma coisa boa lhe acontece, carregar na barriga a pessoa que um dia vai andar com a coroa na cabeça, estes enjoos horríveis, com direito a internamento e tudo. Se fosse uma plebeia aposto que resolviam o problema com uma caixa de Nausefe e não havia mais conversa.
E até dormia melhor.
Hello Zara kids e companhia!
Alguém pode dizer aos senhores das lojas que em cada 10 festas de Natal das escolas, em 9 os putos têm de ir de camisola encarnada? Porque não há camisolas encarnadas aos montes nas lojas e passei a minha horinha de almoço a tentar desencantar uma?
E amanhã, tudo outra vez, porque vim de mãos a abanar...
E amanhã, tudo outra vez, porque vim de mãos a abanar...
quarta-feira, dezembro 12, 2012
28 meses de migalha baby
O migalha bebé faz hoje 28 meses. Gosto de dizer em meses para lhe continuar a chamar bebé. Quando as irmãs tinham esta idade, nasceu o seguinte, e deixaram de ser bebés para passarem a ser, um bocadinho à força, meninas crescidas.
Ora, não sei bem se foi por força das circunstancias ( quando crescerem podem sempre contar a história da desgraçadinha que cresceu cedo demais), se é porque é evidente e está provado que as mulheres são muito mais desenvoltas que os homens (estudo de Harvard, ou então o blogue meu e digo o que quero), a verdade é que com dois anos e tal, falavam pelos cotovelos e não havia nem fraldas nem cocós e chichis por todo o lado.
Já ele... Bom, ele emite uns sons, que em alguns casos se assemelham a alguma das sílabas da palavra que quer dizer, faz-se acompanhar de umas caretas e gestos maravilhosos que fazem com que toda a gente o entenda (eu entendo tá?) e não passa disso.
Quanto a cocós fora do sítio certo...sério, não sei como não me saiu o Euromilhões.
Ora, não sei bem se foi por força das circunstancias ( quando crescerem podem sempre contar a história da desgraçadinha que cresceu cedo demais), se é porque é evidente e está provado que as mulheres são muito mais desenvoltas que os homens (estudo de Harvard, ou então o blogue meu e digo o que quero), a verdade é que com dois anos e tal, falavam pelos cotovelos e não havia nem fraldas nem cocós e chichis por todo o lado.
Já ele... Bom, ele emite uns sons, que em alguns casos se assemelham a alguma das sílabas da palavra que quer dizer, faz-se acompanhar de umas caretas e gestos maravilhosos que fazem com que toda a gente o entenda (eu entendo tá?) e não passa disso.
Quanto a cocós fora do sítio certo...sério, não sei como não me saiu o Euromilhões.
Ups!
A senhora minha sogra, entra numa pastelaria cheinha de gente para pedir uma palhinha para uma das migalhas. Chega perto do balcão e diz alto e em bom som:
- Quero uma pilinha para a minha neta por favor.
Ahahahah.
- Quero uma pilinha para a minha neta por favor.
Ahahahah.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Namorar um betinho
Bem, para começar, não tenho a certeza que ainda se diga betinho. Há 20 anos sim, era assim que se chamavam. E eu namorei com um.
Deixem-me dizer desde já em defesa do meu betinho, que não podia ser um betinho muito mau, porque a determinada altura decidiu namorar com uma moça dos subúrbios, o que o torna logo mais simpático.
Mas não se caia na tentação de pensar que não era um betinho a sério ou um betinho de segunda. Nada disso. Jogador de rugby, bebedor de cerveja, mandava uns sopapos em gajos só porque sim, tinha quinta dos avós, ia a corridas de toiros, adepto do Sporting, tudo como deve ser.
Começar a namorar com um betinho não era fácil naqueles tempos. Ficava de cara pendurada quando cumprimentava as amigas, demorava 3 horas a arranjar-me para tentar ter um ar de beta minimamente decente, mandei a minha mãe comprar-me muitos fios de prata e argolas gigantes. Demorei a perceber que não eram todos primos. Ingénua, não tinha percebido que chamavam tios e tias a toda a gente que tivesse idade para ser seu progenitor. E quando ouviam alguém chamar D. Qualquer Coisa, arrepiavam-se todas. Aparentemente, donas eram as mulheres-a-dias e a senhora da mercearia.
No primeiro Inverno do nosso namoro, arrastou-me para umas férias na neve, dolorosas aulas de ski com dolorosas botas, em manhãs que começam sempre muito cedo e são sempre muito geladas, acompanhada de betinhas que deslizavam suaves encosta abaixo enquanto eu metia os skis em cunha até chegar cá abaixo, despenteada, ruborizada de esforço, a merecer para cima de 10 chávenas de chocolate quente.
Namorar com um betinho não era fácil, porque por muito que uma moça dos subúrbios se esforçasse, não ter a morada certa, não ter o nome certo, não era coisa fácil de compor.
Para apresentar, em vez dos amigos dos colégios, tinha os amigos do liceu. E o betinho tinha alguns amigos betinhos porreiros, mas tinha outros que não se aguentavam de tanta betice, tanta missa, tanta voz nasalada, tanta causa monárquica.
À medida que o namoro avançava, começavam a levantar-se questões pertinentes como por exemplo, do-que-vão-falar-os-meus-pais-quando-conhecerem-as-alminhas-que-o-deram-à-luz. Sem viagens a Nova Iorque e sem terem passado 3 semanas na Índia.
E namorei com o betinho muito tempo, ele foi ficando um bocadinho menos betinho, em fui ficando um bocadinho mais. A determinada altura percebi que por muito que me esforçasse, não iria conseguir desencantar apalaçadas casas de família na provincía, não iria deslizar pela montanha abaixo como quem começa a fazer ski com 5 anos, não iria conseguir falar de passeios a cavalo que não fiz, nem do colégio onde não andei.
Borrifei-me nas pessoas para as quais não havia paciência e fui conhecendo melhor as simpáticas.
E a coisa correu bem, o betinho meu namorado tornou-se no betinho meu marido e juntos criamos três migalhas maravilhosas.
Deixem-me dizer desde já em defesa do meu betinho, que não podia ser um betinho muito mau, porque a determinada altura decidiu namorar com uma moça dos subúrbios, o que o torna logo mais simpático.
Mas não se caia na tentação de pensar que não era um betinho a sério ou um betinho de segunda. Nada disso. Jogador de rugby, bebedor de cerveja, mandava uns sopapos em gajos só porque sim, tinha quinta dos avós, ia a corridas de toiros, adepto do Sporting, tudo como deve ser.
Começar a namorar com um betinho não era fácil naqueles tempos. Ficava de cara pendurada quando cumprimentava as amigas, demorava 3 horas a arranjar-me para tentar ter um ar de beta minimamente decente, mandei a minha mãe comprar-me muitos fios de prata e argolas gigantes. Demorei a perceber que não eram todos primos. Ingénua, não tinha percebido que chamavam tios e tias a toda a gente que tivesse idade para ser seu progenitor. E quando ouviam alguém chamar D. Qualquer Coisa, arrepiavam-se todas. Aparentemente, donas eram as mulheres-a-dias e a senhora da mercearia.
No primeiro Inverno do nosso namoro, arrastou-me para umas férias na neve, dolorosas aulas de ski com dolorosas botas, em manhãs que começam sempre muito cedo e são sempre muito geladas, acompanhada de betinhas que deslizavam suaves encosta abaixo enquanto eu metia os skis em cunha até chegar cá abaixo, despenteada, ruborizada de esforço, a merecer para cima de 10 chávenas de chocolate quente.
Namorar com um betinho não era fácil, porque por muito que uma moça dos subúrbios se esforçasse, não ter a morada certa, não ter o nome certo, não era coisa fácil de compor.
Para apresentar, em vez dos amigos dos colégios, tinha os amigos do liceu. E o betinho tinha alguns amigos betinhos porreiros, mas tinha outros que não se aguentavam de tanta betice, tanta missa, tanta voz nasalada, tanta causa monárquica.
À medida que o namoro avançava, começavam a levantar-se questões pertinentes como por exemplo, do-que-vão-falar-os-meus-pais-quando-conhecerem-as-alminhas-que-o-deram-à-luz. Sem viagens a Nova Iorque e sem terem passado 3 semanas na Índia.
E namorei com o betinho muito tempo, ele foi ficando um bocadinho menos betinho, em fui ficando um bocadinho mais. A determinada altura percebi que por muito que me esforçasse, não iria conseguir desencantar apalaçadas casas de família na provincía, não iria deslizar pela montanha abaixo como quem começa a fazer ski com 5 anos, não iria conseguir falar de passeios a cavalo que não fiz, nem do colégio onde não andei.
Borrifei-me nas pessoas para as quais não havia paciência e fui conhecendo melhor as simpáticas.
E a coisa correu bem, o betinho meu namorado tornou-se no betinho meu marido e juntos criamos três migalhas maravilhosas.
Fiscais da EMEL
Em todas as profissões, os profissionais mais apreciados são os mais dedicados, rigorosos, atentos ao pormenor, competentes.
Se entramos numa loja gostamos de um atendimento simpático e atencioso. Num restaurante, de um empregado atento que não nos deixe ficar a fazer a digestão para cima do prato. Em casa, uma empregada doméstica que limpe os cantos, atrás dos móveis, que não lhe escape nada. Nos serviços, bancos, finanças, pessoas disponíveis, com vontade de nos ajudar a resolver os problemas, que não nos despachem de qualquer maneira enquanto metem a carteira debaixo do braço para irem à pastelaria da esquina beber o 7º café do dia. Os médicos nem se fala! Gostamos dos minuciosos.
Ora pois bem, há uma profissão em que é precisamente ao contrário. Há uma profissão em que gostamos mesmo é dos baldas, que quando está frio e chuva desaparecem como se o chão os tivesse engolido, que olham apenas de relance para o pára-brisas do carro, não estão lá a ver a data do ticket nem se a hora já passou há 5 minutos. Gostamos daqueles que mesmo quanto topam que o ticket tem uma semana continuam a subir a rua e a assobiar para o lado. Porque são porreiros e a vida deles não é lixar a vida do próximo.
Os mais odiados são os melhores profissionais. Os que depois de já terem iniciado o processo de autuação não voltam atrás, mesmo que nos vejam chegar com 3 crianças penduradas e 23 sacos de supermercado. Os que chamam logo o reboque e nos colocam os bloqueadores no carro. Os mete nojo, que nos levam a dizer coisas como "ganhas à comissão", ou " deves ter prémios por objectivos" ou outros mimos piores que não vou obviamente reproduzir. Os empenhados em garantir que o estacionamento em Lisboa é ordenado.
Peço muita desculpa aos senhores e senhoras que abraçaram esta odiosa profissão. Sério. Acredito que na "vida real" sejam boas pessoas, mas quando vestem a fardinha e colocam o boné, nessa altura, são assim uma espécie de super-heróis ao contrário.
E quando me fazem desatar a correr esbaforida, para tentar chegar ao carro primeiro que vocês...bom, nessa altura chego a desejar que caiam, partam uma perna, sejam atropelados por uma bicicleta, qualquer coisa que não vos deixe ver que coloquei 40 centimos no parquímetro e demorei 2 horas.
Se entramos numa loja gostamos de um atendimento simpático e atencioso. Num restaurante, de um empregado atento que não nos deixe ficar a fazer a digestão para cima do prato. Em casa, uma empregada doméstica que limpe os cantos, atrás dos móveis, que não lhe escape nada. Nos serviços, bancos, finanças, pessoas disponíveis, com vontade de nos ajudar a resolver os problemas, que não nos despachem de qualquer maneira enquanto metem a carteira debaixo do braço para irem à pastelaria da esquina beber o 7º café do dia. Os médicos nem se fala! Gostamos dos minuciosos.
Ora pois bem, há uma profissão em que é precisamente ao contrário. Há uma profissão em que gostamos mesmo é dos baldas, que quando está frio e chuva desaparecem como se o chão os tivesse engolido, que olham apenas de relance para o pára-brisas do carro, não estão lá a ver a data do ticket nem se a hora já passou há 5 minutos. Gostamos daqueles que mesmo quanto topam que o ticket tem uma semana continuam a subir a rua e a assobiar para o lado. Porque são porreiros e a vida deles não é lixar a vida do próximo.
Os mais odiados são os melhores profissionais. Os que depois de já terem iniciado o processo de autuação não voltam atrás, mesmo que nos vejam chegar com 3 crianças penduradas e 23 sacos de supermercado. Os que chamam logo o reboque e nos colocam os bloqueadores no carro. Os mete nojo, que nos levam a dizer coisas como "ganhas à comissão", ou " deves ter prémios por objectivos" ou outros mimos piores que não vou obviamente reproduzir. Os empenhados em garantir que o estacionamento em Lisboa é ordenado.
Peço muita desculpa aos senhores e senhoras que abraçaram esta odiosa profissão. Sério. Acredito que na "vida real" sejam boas pessoas, mas quando vestem a fardinha e colocam o boné, nessa altura, são assim uma espécie de super-heróis ao contrário.
E quando me fazem desatar a correr esbaforida, para tentar chegar ao carro primeiro que vocês...bom, nessa altura chego a desejar que caiam, partam uma perna, sejam atropelados por uma bicicleta, qualquer coisa que não vos deixe ver que coloquei 40 centimos no parquímetro e demorei 2 horas.
Pensar alto
Eu para dito cujo:
- Ou mais um bebé ou um cão
- Esquece. Nem uma coisa nem outra
- Tens que escolher. Outro bebé ou um cão
- Tás mas é maluca
O que se deveria seguir:
- Mais um bebé, um cão ou eu!
O que se seguiu:
- Está bem, pronto.
- Ou mais um bebé ou um cão
- Esquece. Nem uma coisa nem outra
- Tens que escolher. Outro bebé ou um cão
- Tás mas é maluca
O que se deveria seguir:
- Mais um bebé, um cão ou eu!
O que se seguiu:
- Está bem, pronto.
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Socorro! As festas de Natal das escolas das migalhas estão a chegar, e só preciso de:
- Fazer um presente (caseiro óbvio) para o Jesus (não podia ser para a Matilde ou para o Santiago, tinha logo que ser para Jesus)- migalha do meio
- Comprar camisola vermelha - migalha mais velha
- Comprar barrete pai Natal - migalha bebé
- Decidir a iguaria que estou a pensar confeccionar para o lanche de Natal da mais velha e informar representante dos pais da turma, o que não se coaduna com bolo da Pastelaria da esquina à última da hora
- Comprar 350 presentes para auxiliares e educadoras ( ainda estou a considerar passar este)
Alguém reparou como a palavra comprar não quer saber da crise?
- Fazer um presente (caseiro óbvio) para o Jesus (não podia ser para a Matilde ou para o Santiago, tinha logo que ser para Jesus)- migalha do meio
- Comprar camisola vermelha - migalha mais velha
- Comprar barrete pai Natal - migalha bebé
- Decidir a iguaria que estou a pensar confeccionar para o lanche de Natal da mais velha e informar representante dos pais da turma, o que não se coaduna com bolo da Pastelaria da esquina à última da hora
- Comprar 350 presentes para auxiliares e educadoras ( ainda estou a considerar passar este)
Alguém reparou como a palavra comprar não quer saber da crise?
Yes, i can!
Como já tinha dito algures aqui para trás, ao longo deste ano perdi uns bons quilos. Quilos que tinha ganho gravidez atrás de gravidez, sempre a somar. Porque sempre que via alguma coisa daqueles mesmo hipercalóricas, comia. Porque pensava 10 segundos e concluía sempre que merecia.
Até que um dia tomei a decisão de começar a tentar reaver o meu corpo do antes dos filhos.
E consegui. Sem metas ambiciosas, o resultado foi melhor do que alguma vez me tinha atrevido a pensar.
Primeiro queria baixar dos 70 (perder 5 quilos), depois fui mantendo a alimentação e as caminhadas e corridas, e o peso a ir embora, mais depressa do que me atrevera a desejar.
O problema é que desde essa altura, que todos os dias, mas é mesmo todos os dias, alguém me pergunta o que fiz eu para emagrecer. Já para não falar do qualquer-dia-desapareces, cada-vez-estás-mais-magra, etc.
Lá no emprego há mesmo um grupo que aposta na lipoaspiração. Ah, ah. Feita a prestações, só se for.
E então o que fiz. Cortei com os fritos e com as molhangas. Pão branco desapareceu da minha alimentação, integral, sementes, cereais, qualquer um menos aquele pão branquinho e mal cozido. Reduzi as quantidades de batatas, massa e arroz ao almoço e eliminei todos os hidratos de carbono a partir do meio da tarde. Jantar é peixe ou carne com legumes, saladas e frutas. Posso cozinhar a carne com molho, mas depois não o transporto para o meu prato.
Como queijos frescos. Fruta sem restrição, mas evito as bananas à noite. O que mais me custa...doces só mesmo de vez em quando e não até estar enjoada, coisa que fazia com alguma frequência.
Ah, e ao pequeno almoço acabei com o leite e fico-me pelo chá.
As quantidades também não são até rebolar. Obviamente.
Não fui a nenhum nutricionista, não faço ideia se é desiquilibrado ou não. Acho que não, nunca comi tanta salada, fruta e legumes na vida. Nem peixe. Nem carne de aves.
Perdi peso, sinto-me bem. Nunca andei a pesar quantidades de comida, não fiquei a babar para cima de figos ou mangas sem os comer.
E quando vou sair, jantar fora ou alguma festa, como tudo e bebo tudo. Só não como mais porque de facto já não consigo. O meu adorado estomâgo tornou-se um mariquinhas que não suporta mais do que 300gr de cada vez. Colaborante, tão querido.
Por isso, suas lontras gulosas, querem perder peso?
Zip it!!
Até que um dia tomei a decisão de começar a tentar reaver o meu corpo do antes dos filhos.
E consegui. Sem metas ambiciosas, o resultado foi melhor do que alguma vez me tinha atrevido a pensar.
Primeiro queria baixar dos 70 (perder 5 quilos), depois fui mantendo a alimentação e as caminhadas e corridas, e o peso a ir embora, mais depressa do que me atrevera a desejar.
O problema é que desde essa altura, que todos os dias, mas é mesmo todos os dias, alguém me pergunta o que fiz eu para emagrecer. Já para não falar do qualquer-dia-desapareces, cada-vez-estás-mais-magra, etc.
Lá no emprego há mesmo um grupo que aposta na lipoaspiração. Ah, ah. Feita a prestações, só se for.
E então o que fiz. Cortei com os fritos e com as molhangas. Pão branco desapareceu da minha alimentação, integral, sementes, cereais, qualquer um menos aquele pão branquinho e mal cozido. Reduzi as quantidades de batatas, massa e arroz ao almoço e eliminei todos os hidratos de carbono a partir do meio da tarde. Jantar é peixe ou carne com legumes, saladas e frutas. Posso cozinhar a carne com molho, mas depois não o transporto para o meu prato.
Como queijos frescos. Fruta sem restrição, mas evito as bananas à noite. O que mais me custa...doces só mesmo de vez em quando e não até estar enjoada, coisa que fazia com alguma frequência.
Ah, e ao pequeno almoço acabei com o leite e fico-me pelo chá.
As quantidades também não são até rebolar. Obviamente.
Não fui a nenhum nutricionista, não faço ideia se é desiquilibrado ou não. Acho que não, nunca comi tanta salada, fruta e legumes na vida. Nem peixe. Nem carne de aves.
Perdi peso, sinto-me bem. Nunca andei a pesar quantidades de comida, não fiquei a babar para cima de figos ou mangas sem os comer.
E quando vou sair, jantar fora ou alguma festa, como tudo e bebo tudo. Só não como mais porque de facto já não consigo. O meu adorado estomâgo tornou-se um mariquinhas que não suporta mais do que 300gr de cada vez. Colaborante, tão querido.
Por isso, suas lontras gulosas, querem perder peso?
Zip it!!
A otite que veio do frio
Ontem por volta da meia noite o migalha pequenino acordou e começou a chorar desalmadamente e já não se calou mais. Chorava com dores. Mas dores de quê, perguntávamos...Barriga? Dentes? Onde é o dói-dói, filho, diz à mãe.
E ele coitado lá gritava, perdido de sono, a passar pelas brasas durante segundos e depois voltava a chorar.
Lá conseguiu explicar que era o ouvido. Duas da manhã, vesti-me, mais morta que viva, vesti-o, e lá vamos nós, hospital com ele, para mostrar a mais que certa otite, e trazer a mais que certa receita de antibiótico.
Chegámos, nem tive tempo de aterrar na sala de espera, não estava ninguém. Fomos direitinhos para a triagem, e da triagem direitinhos para o médico, e no médico a coisa não durou nem cinco minutos. Era otite, receita, blá blá, dá cá 79€.
E pronto, fazendo as contas a 79€ cada 10 minutos, dá a módica quantia de 500€ à hora. Bem sei que estas contas não se fazem assim, mas apeteceu-me.
Eh pá, sei que é estúpido, sei que ainda bem que nos despachámos tão rápido, e passado menos de uma hora estávamos de novo em casa, na cama, já com o antibiótico no bucho, mas caramba, gostava de ter sentido que aqueles 79€ davam direito a mais qualquer coisinha. Não sei bem o quê. Mas percebem a sensação, não?
Com isto tudo, não vi a expulsão da maluquinha da Petra da Casa dos Segredos.
É quase como estar num casamento e não ficar para o baile. Bolas.
E ele coitado lá gritava, perdido de sono, a passar pelas brasas durante segundos e depois voltava a chorar.
Lá conseguiu explicar que era o ouvido. Duas da manhã, vesti-me, mais morta que viva, vesti-o, e lá vamos nós, hospital com ele, para mostrar a mais que certa otite, e trazer a mais que certa receita de antibiótico.
Chegámos, nem tive tempo de aterrar na sala de espera, não estava ninguém. Fomos direitinhos para a triagem, e da triagem direitinhos para o médico, e no médico a coisa não durou nem cinco minutos. Era otite, receita, blá blá, dá cá 79€.
E pronto, fazendo as contas a 79€ cada 10 minutos, dá a módica quantia de 500€ à hora. Bem sei que estas contas não se fazem assim, mas apeteceu-me.
Eh pá, sei que é estúpido, sei que ainda bem que nos despachámos tão rápido, e passado menos de uma hora estávamos de novo em casa, na cama, já com o antibiótico no bucho, mas caramba, gostava de ter sentido que aqueles 79€ davam direito a mais qualquer coisinha. Não sei bem o quê. Mas percebem a sensação, não?
Com isto tudo, não vi a expulsão da maluquinha da Petra da Casa dos Segredos.
É quase como estar num casamento e não ficar para o baile. Bolas.
domingo, dezembro 09, 2012
Tão farta
Estou farta da crise. Estou farta de ouvir toda a gente a queixar-se. Estou farta de ver pessoas desanimadas porque perderam o emprego, porque o marido, a irmã, a filha, ou alguém perdeu o emprego. Estou farta de ouvir quem ainda não perdeu nada a lamentar-se. Com medo do que pode vir. Do que aí vem.
Farta de toda a gente a dizer que para o ano ainda vai ser pior, que nem sabemos o quão difícil vai ser. Farta de ver como no emprego já ninguém diz o que pensa, já ninguém diz o que quer, porque há medo, medinho, quem é que quer perder o ordenado nos tempos que correm? E as organizações sabem disso.
Farta de ver gente a olhar para os meus filhos e a dizer que para eles ainda vai ser pior, que a geração deles é que vai sofrer na pele. Farta de ouvir dizer que o tempo das vacas gordas nunca mais vai voltar, que as casas nunca mais vão valer o mesmo, que o tempo em que se comprava casa acabou, que a classe média está a ficar irremediávelmente e irreversívelmente pobre.
Habituemo-nos a viver na penúria, quem nos mandou viver abastados e alarves durante 20 anos? Como pode o povo português atrever-se a viver tão bem durante tantos anos. Pensam que são o quê? Alemães, não?
Restaurantes, cinemas e espectáculos, passear de carro, colégios privados, tudo a voltar a tornar-se um exclusivo da classe alta, que pode finalmente voltar a contratar uma empregada doméstica portuguesa por tuta e meia, em vez das brasileiras e das moldavas, que agastavam as senhoras tão habituadas às criadas das casas de infância, de dentro de fora, cozinheiras e costureiras.
Parece que afinal a classe média consegue viver sem beber um actimel por dia, sem verniz de gel, sem dois telemóveis, sem almoçar nos centro comerciais aos fins de semana, as crianças sem Kidzania e sem Funcenter, sem festas com palhaços e meninas que fazem cães com balões.
Parece que devagarinho está tudo a voltar ao tempo da outra Senhora, só nos resta ir a Fátima rezar para que tudo melhore, para que fulano arranje emprego e sicrano consiga pagar a casa que ninguém lhe compra.
Estou fartinha!
Farta de toda a gente a dizer que para o ano ainda vai ser pior, que nem sabemos o quão difícil vai ser. Farta de ver como no emprego já ninguém diz o que pensa, já ninguém diz o que quer, porque há medo, medinho, quem é que quer perder o ordenado nos tempos que correm? E as organizações sabem disso.
Farta de ver gente a olhar para os meus filhos e a dizer que para eles ainda vai ser pior, que a geração deles é que vai sofrer na pele. Farta de ouvir dizer que o tempo das vacas gordas nunca mais vai voltar, que as casas nunca mais vão valer o mesmo, que o tempo em que se comprava casa acabou, que a classe média está a ficar irremediávelmente e irreversívelmente pobre.
Habituemo-nos a viver na penúria, quem nos mandou viver abastados e alarves durante 20 anos? Como pode o povo português atrever-se a viver tão bem durante tantos anos. Pensam que são o quê? Alemães, não?
Restaurantes, cinemas e espectáculos, passear de carro, colégios privados, tudo a voltar a tornar-se um exclusivo da classe alta, que pode finalmente voltar a contratar uma empregada doméstica portuguesa por tuta e meia, em vez das brasileiras e das moldavas, que agastavam as senhoras tão habituadas às criadas das casas de infância, de dentro de fora, cozinheiras e costureiras.
Parece que afinal a classe média consegue viver sem beber um actimel por dia, sem verniz de gel, sem dois telemóveis, sem almoçar nos centro comerciais aos fins de semana, as crianças sem Kidzania e sem Funcenter, sem festas com palhaços e meninas que fazem cães com balões.
Parece que devagarinho está tudo a voltar ao tempo da outra Senhora, só nos resta ir a Fátima rezar para que tudo melhore, para que fulano arranje emprego e sicrano consiga pagar a casa que ninguém lhe compra.
Estou fartinha!
Natal 2012
Hoje precisei comprar um presente de aniversario. Ainda nem comecei as compras de Natal, e resolvi dar uma vista de olhos pelas montras das lojas perto da livraria onde fui.
Só poupanças. Poupança nas decorações, nas luzes. Poupança nos presentes. Poupança na simpatia e no ânimo, na esperança.
Nem parece que estamos em Dezembro e o Natal está mesmo aí.
Só poupanças. Poupança nas decorações, nas luzes. Poupança nos presentes. Poupança na simpatia e no ânimo, na esperança.
Nem parece que estamos em Dezembro e o Natal está mesmo aí.
sábado, dezembro 08, 2012
Bom dia Sábado!
Hoje o Sábado começou da melhor maneira. Migalhas a dormir em casa da avó, sem despertador, sem leitinhos e cereais, sem Panda e sem Disney. Sem bacios e fraldas.
Hoje o Sábado começou com mimos ao marido (aproveitar que não temos 3 criaturazinhas amorosas no meio dos dois, e que conseguimos tocar um no outro sem ser com a ponta do dedo gordo dos pés), água ao lume para o chá, torradas de um pão de cereais maravilhoso.
Uma ida à arrecadação para ir buscar árvore de Natal e afins, porque hoje nesta casa, é a abertura oficial do Natal.
A seguir, correr para ir buscar aqueles que dão sentido a tudo. Ao nosso amor, à nossa família, à nossa casa, ao nosso Natal.
Bom dia Sábado!
Hoje o Sábado começou com mimos ao marido (aproveitar que não temos 3 criaturazinhas amorosas no meio dos dois, e que conseguimos tocar um no outro sem ser com a ponta do dedo gordo dos pés), água ao lume para o chá, torradas de um pão de cereais maravilhoso.
Uma ida à arrecadação para ir buscar árvore de Natal e afins, porque hoje nesta casa, é a abertura oficial do Natal.
A seguir, correr para ir buscar aqueles que dão sentido a tudo. Ao nosso amor, à nossa família, à nossa casa, ao nosso Natal.
Bom dia Sábado!
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Santa Claus is coming to town
Cantada pelo Obama tem todo outro encanto.
You better watch out
You better not cry
Better not pout
I'm telling you why
Santa Claus is coming to town
He's making a list
And checking it twice;
Gonna find out Who's naughty and nice
Santa Claus is coming to town
He sees you when you're sleeping
He knows when you're awake
He knows if you've been bad or good
So be good for goodness sake!
O! You better watch out!
You better not cry
Better not pout
I'm telling you why
Santa Claus is coming to town
Santa Claus is coming to town
You better watch out
You better not cry
Better not pout
I'm telling you why
Santa Claus is coming to town
He's making a list
And checking it twice;
Gonna find out Who's naughty and nice
Santa Claus is coming to town
He sees you when you're sleeping
He knows when you're awake
He knows if you've been bad or good
So be good for goodness sake!
O! You better watch out!
You better not cry
Better not pout
I'm telling you why
Santa Claus is coming to town
Santa Claus is coming to town
O fim do Mundo
A Nasa viu-se na obrigação de vir acalmar a população, temerosa com o anunciado fim do mundo. Afinal, havia já um número preocupante de pessoas a pensar em suícidio.
Não percebo. Porquê morrer já? Se querem morrer e acreditam no fim do mundo, do dia 21 não passam, é só esperar pelo BUM!
Há gente mesmo marada.
Não percebo. Porquê morrer já? Se querem morrer e acreditam no fim do mundo, do dia 21 não passam, é só esperar pelo BUM!
Há gente mesmo marada.
E eu?
Resolvi fazer um exercicio de auto avaliação a propósito das piadas aos meninos da PT. Passo todo o tempo que estou no trabalho em efectiva produção de trabalho? Não. A questão é: alguém passa? Uns optam pelo facebook, outros lêem o jornal, online ou em papel, outros vão para a máquina do café, outros vão para a rua fumar tal e qual os meninos da PT, outros navegam nos seus smartphones, e outros simplesmente conversam pelos corredores. Eu prefiro escrever uns posts a ver se este blogue se anima.
Isto significa que não se trabalha? Não. Significa que toda a gente precisa de fazer alguma coisa que lhe dê prazer acrescido, mesmo na hora do patrão, especialmente quando um dia de trabalho nunca tem menos de 10 horas. Nos dias bons, claro.
Outros há em que nem tempo temos para respirar, saltamos de reunião em reunião, estamos na data limite para qualquer coisa. Nesses dias, não há tempo para descontracções adicionais, é trabalhar, trabalhar. E que bom que é ter o meu trabalho. Mesmo esquecendo a crise.
Isto significa que não se trabalha? Não. Significa que toda a gente precisa de fazer alguma coisa que lhe dê prazer acrescido, mesmo na hora do patrão, especialmente quando um dia de trabalho nunca tem menos de 10 horas. Nos dias bons, claro.
Outros há em que nem tempo temos para respirar, saltamos de reunião em reunião, estamos na data limite para qualquer coisa. Nesses dias, não há tempo para descontracções adicionais, é trabalhar, trabalhar. E que bom que é ter o meu trabalho. Mesmo esquecendo a crise.
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Secret Story II
Há lá dinheiro que pague um espectáculo destes?
Os homens todos, sem excepção, foram soprados até ficarem inchados nos braços e nos peitorais. Trocam os vs pelos bs, mas fazem flexões apenas com o polegar. Uau.
As meninas foram adiantando o dinheiro que almejavam ganhar com o programa, e meteram grandes maminhas de silicone, compraram calções daqueles muito justos e fazem cenas de striptease como se toda a vida tivesse sido passada pendurada no varão.
E há lá dinheiro que pague, ver uma madeirense, histérica aos gritos, a ser agarrada pelos colegas, com as cuecas enfiadas pelo rabo dentro até ao pescoço, enquanto se descabela toda a ameaçar de pancada uma outra menina?
Ver o Secret Story é dos melhores exercícios que conheço para me sentir assim, um bocadinho, só um bocadinho, mais inteligente e culta que a generalidade das pessoas.
Bom, ou então são aquelas pessoas que são, um bocadinho menos inteligentes e cultas que a maioria das pessoas.
Hum...qual vai ser?
Os homens todos, sem excepção, foram soprados até ficarem inchados nos braços e nos peitorais. Trocam os vs pelos bs, mas fazem flexões apenas com o polegar. Uau.
As meninas foram adiantando o dinheiro que almejavam ganhar com o programa, e meteram grandes maminhas de silicone, compraram calções daqueles muito justos e fazem cenas de striptease como se toda a vida tivesse sido passada pendurada no varão.
E há lá dinheiro que pague, ver uma madeirense, histérica aos gritos, a ser agarrada pelos colegas, com as cuecas enfiadas pelo rabo dentro até ao pescoço, enquanto se descabela toda a ameaçar de pancada uma outra menina?
Ver o Secret Story é dos melhores exercícios que conheço para me sentir assim, um bocadinho, só um bocadinho, mais inteligente e culta que a generalidade das pessoas.
Bom, ou então são aquelas pessoas que são, um bocadinho menos inteligentes e cultas que a maioria das pessoas.
Hum...qual vai ser?
História de boa noite
E pronto. História na hora de ir para a cama.
Hoje foi "Um gnomo traquina" de Alexandre Honrado.
Conheci pessoalmente este escritor de contos infantis na escola da migalha mais velha, quando ele foi lá contar uma história, brincar com as crianças. Super divertido o senhor, pena que as crianças não percebam metade nem atinjam metade das graças. Muito bom.
Desconhecia completamente este escritor e fiquei absolutamente surpreendida por saber que tinha centenas de contos publicados e uma vida dedicada à literatura infantil.
Comprámos uns livrinhos e temos lido uma história todas as noites. Eles adoram.
Depois faço perguntas sobre a história. O migalha-bebé não percebe nada, mas as outras duas já percebem bem as histórias. O objectivo é preparar a mais velha para a interpretação de textos, um pedido da professora.
Coitada da professora, não sabe que chego a casa sempre às tantas, que ponho o jantar na mesa tarde e a más horas, e que sonho, literalmente sonho, com a hora de os enfiar na cama e vir um bocado para o sofá, visitar os meus blogues favoritos, mandar umas piadolas no facebook, ver se há algum mail importante, dar graças pela vida que tenho.
E de há uma semana a esta parte, escrevinhar aqui umas coisas, que provavelmente ninguém lê.
Hoje foi "Um gnomo traquina" de Alexandre Honrado.
Conheci pessoalmente este escritor de contos infantis na escola da migalha mais velha, quando ele foi lá contar uma história, brincar com as crianças. Super divertido o senhor, pena que as crianças não percebam metade nem atinjam metade das graças. Muito bom.
Desconhecia completamente este escritor e fiquei absolutamente surpreendida por saber que tinha centenas de contos publicados e uma vida dedicada à literatura infantil.
Comprámos uns livrinhos e temos lido uma história todas as noites. Eles adoram.
Depois faço perguntas sobre a história. O migalha-bebé não percebe nada, mas as outras duas já percebem bem as histórias. O objectivo é preparar a mais velha para a interpretação de textos, um pedido da professora.
Coitada da professora, não sabe que chego a casa sempre às tantas, que ponho o jantar na mesa tarde e a más horas, e que sonho, literalmente sonho, com a hora de os enfiar na cama e vir um bocado para o sofá, visitar os meus blogues favoritos, mandar umas piadolas no facebook, ver se há algum mail importante, dar graças pela vida que tenho.
E de há uma semana a esta parte, escrevinhar aqui umas coisas, que provavelmente ninguém lê.
O papá papa a papaia
A Lalá ata o totó
É o tapete e a pipa
É o pai e o tio
A tia tapa o pote
Ter uma filha no primeiro ano não é fácil.
Especialmente quando, segundo ela, é muito boa a matemática, nos ditados, a separar sílabas, a escrever frases, mas depois vamos ver e tem uma letra para lá de feia, esquece-se do tracinho do t, do ponto do i, de todos os acentos e pontos finais, apaga até romper as folhas, faz desenhos a despachar...
Talvez ser canhota não ajude...O excesso de confiança também não.
Já tenho programa garantido para o fim de semana: fazer árvore de Natal e estudar com a migalha.
É o tapete e a pipa
É o pai e o tio
A tia tapa o pote
Ter uma filha no primeiro ano não é fácil.
Especialmente quando, segundo ela, é muito boa a matemática, nos ditados, a separar sílabas, a escrever frases, mas depois vamos ver e tem uma letra para lá de feia, esquece-se do tracinho do t, do ponto do i, de todos os acentos e pontos finais, apaga até romper as folhas, faz desenhos a despachar...
Talvez ser canhota não ajude...O excesso de confiança também não.
Já tenho programa garantido para o fim de semana: fazer árvore de Natal e estudar com a migalha.
A minha avó
A minha avó era bolo de iogurte
Era laca no cabelo e penteador nos ombros
Era lorenin e cêgripe
Era arroz de manteiga e bifes fritos com alhinhos
Era creme nivea
Era um fio de ouro com uma medalha de murano
Era sabonetes multicolores feitos de restos de sabonetes
Era sumo de laranja passado e morangos com molho
Era um chapéu de chuva porque podia chover
Era um casaco porque podia arrefecer
Era amor pela família
Era muito amor pelos meus filhos
Era um telefonema diário, só porque sim
A minha avó nunca dizia bem te avisei ou,
o que é que esperavas com esse feitio
A minha avó achava que eu era a melhor mãe do mundo
A minha avó, era colo, aconchego e conforto
A minha avó morreu este ano e não sei como vou passar o Natal sem ela
Era laca no cabelo e penteador nos ombros
Era lorenin e cêgripe
Era arroz de manteiga e bifes fritos com alhinhos
Era creme nivea
Era um fio de ouro com uma medalha de murano
Era sabonetes multicolores feitos de restos de sabonetes
Era sumo de laranja passado e morangos com molho
Era um chapéu de chuva porque podia chover
Era um casaco porque podia arrefecer
Era amor pela família
Era muito amor pelos meus filhos
Era um telefonema diário, só porque sim
A minha avó nunca dizia bem te avisei ou,
o que é que esperavas com esse feitio
A minha avó achava que eu era a melhor mãe do mundo
A minha avó, era colo, aconchego e conforto
A minha avó morreu este ano e não sei como vou passar o Natal sem ela
quarta-feira, dezembro 05, 2012
A musica que embala o meu amor
A música que tem embalado o meu amor nos últimos meses.
A vida é uma lotaria e é bom tirar a terminação... mas a Sorte Grande...é maravilhoso!
A vida é uma lotaria e é bom tirar a terminação... mas a Sorte Grande...é maravilhoso!
terça-feira, dezembro 04, 2012
Secret Story
Não sei como isto me foi acontecer...Mas sei o nome de todos os concorrentes da Casa dos Segredos.
Shame on me.
Vou ali penitenciar-me e já venho.
Shame on me.
Vou ali penitenciar-me e já venho.
Loja Azul
Se precisarem de ir a uma Bluestore, dêem mais uma voltinha, andem mais 2 km, mas não vão à Bluestore do Alegro de Alfragide.
Tem um empregado assim a atirar para o arrogante, que não resolve nem ajuda a resolver, e com cara de "desampara-me a loja que isto hoje está fraco e não tou com vontade de me maçar muito".
Bah!
Ganda Lata!
Estava eu ainda a recolher os despojos do meu queixo do chão, após a descoberta das Smartshops, e eis que me conseguem espantar outra vez.
Hipermercado, junto às frutas e legumes. Um casal aí na casa dos 70 anos, com excelente aspecto (não, não são os da reforma de 150€), com uma faquinha, que primorosamente trazem na mala, a cortar o talo aos brócolos. Cortadinho, bem rentinho, só para pagar o bifinho do lombo dos brócolos.
Bem sei que os gajos dos hipermercados são ricos, e que os talos dos brócolos para eles são peanuts, blá, blá. O que realmente me espanta é a lata, a real lata das pessoas. Já agora, vamos tirar a rama do anánas, as espinhas do peixe e se der, desossem aí essas perninhas de frango que eu só pago o que como.
Vá lá minha senhora, vá lá fazer isso à banca da praça que vem de lá com a faquinha espetada no meio da testa.
Hipermercado, junto às frutas e legumes. Um casal aí na casa dos 70 anos, com excelente aspecto (não, não são os da reforma de 150€), com uma faquinha, que primorosamente trazem na mala, a cortar o talo aos brócolos. Cortadinho, bem rentinho, só para pagar o bifinho do lombo dos brócolos.
Bem sei que os gajos dos hipermercados são ricos, e que os talos dos brócolos para eles são peanuts, blá, blá. O que realmente me espanta é a lata, a real lata das pessoas. Já agora, vamos tirar a rama do anánas, as espinhas do peixe e se der, desossem aí essas perninhas de frango que eu só pago o que como.
Vá lá minha senhora, vá lá fazer isso à banca da praça que vem de lá com a faquinha espetada no meio da testa.
Smartshops
Quando criei o nome do blogue devia estar à espera deste dia. Porque estou absolutamente pasmada com o que descobri que existe (provavelmente existe há muito tempo, mas devia estar a limpar algum rabo de criança e não reparei).
O que descobri? As Smartshpos. Lojas que vendem drogas legais. Fertilizantes, incensos, tudo para destrambelhar ainda mais a cabeça de putos já sem muito juízo. Um comprimido chamado After C - para ajudar o corpinho a recuperar depois da cocaína (toda a gente sabe que aquilo dá um desgaste do caraças. É assim como correr 10km).
E aparentemente os putos até fazem fila para comprar aquelas merdas. Um negócio e peras!
Ainda não consegui foi juntar o maxiliar inferior ao superior desde a minha descoberta ontem à noite.
Muito mau. Muito, muito mau.
Que mundo este em que vivemos.
O que descobri? As Smartshpos. Lojas que vendem drogas legais. Fertilizantes, incensos, tudo para destrambelhar ainda mais a cabeça de putos já sem muito juízo. Um comprimido chamado After C - para ajudar o corpinho a recuperar depois da cocaína (toda a gente sabe que aquilo dá um desgaste do caraças. É assim como correr 10km).
E aparentemente os putos até fazem fila para comprar aquelas merdas. Um negócio e peras!
Ainda não consegui foi juntar o maxiliar inferior ao superior desde a minha descoberta ontem à noite.
Muito mau. Muito, muito mau.
Que mundo este em que vivemos.
segunda-feira, dezembro 03, 2012
Desencontros
Hoje logo de manhã, estava a ver as capas das revistas, e lá me chamou a atenção a tentativa de reconciliação da Luciana Abreu e o seu Djaló.
Ler esta manchete, depois de ter estado no fim de semana com uma amiga divorciada ao telefone, que tenta a todo o custo retomar o seu casamento, deu-me que pensar.
O divórcio, para pais e filhos, deve ser ainda pior do que parece. Se duas pessoas se desentendem ao ponto de decidirem separar os trapos, é porque a vida em comum se tornou de alguma forma desagradável, insuportável, desgastante. Porque já não conseguem encontrar no outro aquilo que um dia os fez apaixonar-se.
A verdade é que as tentativas de reconciliação e até segundos casamentos entre pessoas que se separaram, são muito frequentes. São poucos os casos que conheço em que já depois de cada um ter ido para o seu lado, não há uns encontros, umas conversas, quase sempre sexo.
Talvez seja um bocado como quando alguém morre. Parece-nos sempre melhor do que aquilo que realmente era. Talvez a distância atenue os defeitos e as diferenças, e de repente consigamos reencontrar a pessoa que julgávamos desaparecida.
Só que aparentemente a paz e sossego não estão ali ao lado para quem se separa. Aparentemente a separação não resolve tudo, e não deixa ninguém mais feliz. Não estou obviamente a falar de casos dramáticos em que já se perdeu tudo, em que há violência ou insultos, e em que o divórcio é um alívio. Estou a falar dos casos em que o casal não se consegue encontrar. Dos casos em que a paixão e o amor foram dando lugar a cobranças, a desentendimentos, a inseguranças. Dos casos em que um dos dois quer tentar procurar fora do casamento aquilo que já não encontra no seu.
Estes pensamentos depois de uma valente discussão com o dito-cujo, dão-me um horrível frio na barriga.
Vai ser um longo dia...
Ler esta manchete, depois de ter estado no fim de semana com uma amiga divorciada ao telefone, que tenta a todo o custo retomar o seu casamento, deu-me que pensar.
O divórcio, para pais e filhos, deve ser ainda pior do que parece. Se duas pessoas se desentendem ao ponto de decidirem separar os trapos, é porque a vida em comum se tornou de alguma forma desagradável, insuportável, desgastante. Porque já não conseguem encontrar no outro aquilo que um dia os fez apaixonar-se.
A verdade é que as tentativas de reconciliação e até segundos casamentos entre pessoas que se separaram, são muito frequentes. São poucos os casos que conheço em que já depois de cada um ter ido para o seu lado, não há uns encontros, umas conversas, quase sempre sexo.
Talvez seja um bocado como quando alguém morre. Parece-nos sempre melhor do que aquilo que realmente era. Talvez a distância atenue os defeitos e as diferenças, e de repente consigamos reencontrar a pessoa que julgávamos desaparecida.
Só que aparentemente a paz e sossego não estão ali ao lado para quem se separa. Aparentemente a separação não resolve tudo, e não deixa ninguém mais feliz. Não estou obviamente a falar de casos dramáticos em que já se perdeu tudo, em que há violência ou insultos, e em que o divórcio é um alívio. Estou a falar dos casos em que o casal não se consegue encontrar. Dos casos em que a paixão e o amor foram dando lugar a cobranças, a desentendimentos, a inseguranças. Dos casos em que um dos dois quer tentar procurar fora do casamento aquilo que já não encontra no seu.
Estes pensamentos depois de uma valente discussão com o dito-cujo, dão-me um horrível frio na barriga.
Vai ser um longo dia...
domingo, dezembro 02, 2012
Mercados e Supermercados
Ontem de manhã fui ao mercado. Desde que regressámos de férias, que incluí este ritual nas manhãs de Sábado. Com a famelga toda atrás ou sozinha, não falho.
Não sei porquê, mas parece-me tudo mais fresco e mais barato. As alfaces são mais verdes e brilhantes, a fruta não está verde nem fria de ter acabado de sair do frigorífico, as peixeiras chamam-me menina, amori e querida, e quando já estou cheia de sacos pesados mandam os filhos ou os empregados ir ajudar a levar as compras ao carro. É verdade que nunca aceito, mas a ideia de que alguém se preocupa, é muito boa.
Depois gosto da forma como dizem "essas laranjas não são para si" ou " vou ali buscar outro peixe espada dentro". Fazem-me sentir importante, é o que fazem.
Bem sei (se sei) que as grandes empresas de distribução gastam rios de dinheiro em horas de formação de atendimento, de serviço ao cliente, e tudo o que possam fazer para reproduzir aquela familiariedade dentro das suas lojas, mas falta o mais importante, não imitável e não reproduzível.
É que nas bancas do mercado, estão donos do negócio, patrões e patroas que estimam o cliente como estimam o dinheiro que precisam de ganhar.
Nos balcões dos supermercados, estão empregados que tanto podiam vender peixe no Pingo Doce como no Jumbo ou no Continente. Salvo raras excepções de quem veste mesmo a camisola, a grande maioria não se sente implicada no serviço que presta ao cliente.
O ordenado ao fim do mês está garantido e é sempre igual.
Não sei porquê, mas parece-me tudo mais fresco e mais barato. As alfaces são mais verdes e brilhantes, a fruta não está verde nem fria de ter acabado de sair do frigorífico, as peixeiras chamam-me menina, amori e querida, e quando já estou cheia de sacos pesados mandam os filhos ou os empregados ir ajudar a levar as compras ao carro. É verdade que nunca aceito, mas a ideia de que alguém se preocupa, é muito boa.
Depois gosto da forma como dizem "essas laranjas não são para si" ou " vou ali buscar outro peixe espada dentro". Fazem-me sentir importante, é o que fazem.
Bem sei (se sei) que as grandes empresas de distribução gastam rios de dinheiro em horas de formação de atendimento, de serviço ao cliente, e tudo o que possam fazer para reproduzir aquela familiariedade dentro das suas lojas, mas falta o mais importante, não imitável e não reproduzível.
É que nas bancas do mercado, estão donos do negócio, patrões e patroas que estimam o cliente como estimam o dinheiro que precisam de ganhar.
Nos balcões dos supermercados, estão empregados que tanto podiam vender peixe no Pingo Doce como no Jumbo ou no Continente. Salvo raras excepções de quem veste mesmo a camisola, a grande maioria não se sente implicada no serviço que presta ao cliente.
O ordenado ao fim do mês está garantido e é sempre igual.
sábado, dezembro 01, 2012
Mãe, o Pai Natal não existe
Com a entrada da migalha mais velha para a escola primária, perguntei ao dito-cujo, se não estaria na altura de começar a desfazer a fantasia do Pai Natal. Já imaginava que lá pela escola ela ia ouvir a verdade, assim sem mais nem menos a frio e sem anestesia, com um bocado de azar ainda ia ser gozada pelos outros. Uma fantasia alimentada durante anos, não é para qualquer um chegar ali e zumba. É coisa a requerer preparação, a ser dita com calma e cuidado. Afinal, são os sonhos de uma criança, caramba.
Por outro lado, quando não recebesse as 123 coisas que tem na carta ao Pai Natal, em vez de ir cobrar ao velhinho esquecido e senil, iria cobrar direitinho a mim e ao dito-cujo seu pai.
E assim estávamos. Em conversações. Achava eu.
Nas minhas costas, completamente à traição e mesmo mesmo tipo facada nas costas, não sei como nem porquê, lá resolvem entabular uma conversa qualquer sobre o Pai Natal. A miúda lá faz duas ou três perguntas de quem tem algumas dúvidas sobre a veracidade da história (cheia de pontas soltas, diga-se em abono da verdade), e o pai, zás, lá lhe diz que o Pai Natal não existe e que os verdadeiros responsáveis por ela não ter tido 10 Nancys no ano passado, somos mesmo nós.
Não houve lágrimas, nem grandes desilusões, mas a prova de que aguentávamos a história mais um aninho chegou logo a seguir.
- Mãe, sabes, o Pai Natal não existe.
-??? Não? Mas...
- Não. O Pai já me explicou que são vocês que dão os presentes.
- Ai foi?? (chispas pelos olhos)
- Sim. Agora só há outra coisa que não sei.
- O quê?
- E a Fada dos dentes, existe ou não?
Buááááá. Eu sabia que ainda a enganávamos mais um ano.
- A Fada dos dentes? Não sei, VAI PERGUNTAR AO TEU PAI.
Por outro lado, quando não recebesse as 123 coisas que tem na carta ao Pai Natal, em vez de ir cobrar ao velhinho esquecido e senil, iria cobrar direitinho a mim e ao dito-cujo seu pai.
E assim estávamos. Em conversações. Achava eu.
Nas minhas costas, completamente à traição e mesmo mesmo tipo facada nas costas, não sei como nem porquê, lá resolvem entabular uma conversa qualquer sobre o Pai Natal. A miúda lá faz duas ou três perguntas de quem tem algumas dúvidas sobre a veracidade da história (cheia de pontas soltas, diga-se em abono da verdade), e o pai, zás, lá lhe diz que o Pai Natal não existe e que os verdadeiros responsáveis por ela não ter tido 10 Nancys no ano passado, somos mesmo nós.
Não houve lágrimas, nem grandes desilusões, mas a prova de que aguentávamos a história mais um aninho chegou logo a seguir.
- Mãe, sabes, o Pai Natal não existe.
-??? Não? Mas...
- Não. O Pai já me explicou que são vocês que dão os presentes.
- Ai foi?? (chispas pelos olhos)
- Sim. Agora só há outra coisa que não sei.
- O quê?
- E a Fada dos dentes, existe ou não?
Buááááá. Eu sabia que ainda a enganávamos mais um ano.
- A Fada dos dentes? Não sei, VAI PERGUNTAR AO TEU PAI.
sexta-feira, novembro 30, 2012
Verniz térmico - isto usa-se?
Estava a descer umas escadas lá na empresa e ouvi de relance a conversa de duas meninas que estavam a descer atrás de mim. Falavam de unhas e manicure, e então pareceu-me ouvir qualquer coisa como "unhas térmicas" e "mudam de cor consoante a temperatura do corpo".
Nunca tinha ouvido falar, por isso agora que finalmente enfiei as migalhas na cama, resolvi ir ao Google pesquisar a coisa.
E achei. Um verniz de gel, térmico, que precisamente muda de cor de acordo com a temperatura. Do que li, não pensemos que pintamos as unhas de vermelho e ao chegar à rua estão 10ºC e aquilo vira azul.
Não. São mais variações do género entre o amarelo e o laranja, entre o azul escuro e o azul claro.
Ehhh...De uma forma ou de outra, parece-me que não vai ser moda a que vá aderir.
Isto é, se chegar a virar moda. A mim parece-me uma daquelas ideias que não tem perninhas para andar até muito longe...Mas isso sou eu.
Dizia o mesmo das unhas cheias de bonecada e brilhantes e piercings, e ó pra elas a passearem por aí.
Nunca tinha ouvido falar, por isso agora que finalmente enfiei as migalhas na cama, resolvi ir ao Google pesquisar a coisa.
E achei. Um verniz de gel, térmico, que precisamente muda de cor de acordo com a temperatura. Do que li, não pensemos que pintamos as unhas de vermelho e ao chegar à rua estão 10ºC e aquilo vira azul.
Não. São mais variações do género entre o amarelo e o laranja, entre o azul escuro e o azul claro.
Ehhh...De uma forma ou de outra, parece-me que não vai ser moda a que vá aderir.
Isto é, se chegar a virar moda. A mim parece-me uma daquelas ideias que não tem perninhas para andar até muito longe...Mas isso sou eu.
Dizia o mesmo das unhas cheias de bonecada e brilhantes e piercings, e ó pra elas a passearem por aí.
Home, sweet home
As minhas manhãs são coisa para se desejar, assim na melhor das hipóteses, ao pior inimigo.
Entre tratar de mim (há o mínimo, certo?), é todo um come-que-estás-atrasada, cócó-é-no-bacio-se-quiser-cocó-pede-não-faz-nas-cuecas-nem-no-chão, penteia-te filha, lava os dentes, veste-te, come-que-estás-atrasada, bébé-cócó-no-bacio-no-bacio-se-quiser-pede-à-mãe, essa-camisola-é-por-baixo, já-lavaste-os-dentes?, vou-chegar-atrasada-qualquer-dia-sou-despedida-e-nunca-mais-chego-atrasada, parem-quietas-à-mesa, essa-roupa-é-da-tua-irmã, bébé-a-mãe-disse-no-BACIO-porque-não-pediu-à-MÃE?!?!?!...
Bolas...por volta das 9 estou exausta e quando chego ao emprego, sento-me, ligo o computador e penso...there's no place like home!
Entre tratar de mim (há o mínimo, certo?), é todo um come-que-estás-atrasada, cócó-é-no-bacio-se-quiser-cocó-pede-não-faz-nas-cuecas-nem-no-chão, penteia-te filha, lava os dentes, veste-te, come-que-estás-atrasada, bébé-cócó-no-bacio-no-bacio-se-quiser-pede-à-mãe, essa-camisola-é-por-baixo, já-lavaste-os-dentes?, vou-chegar-atrasada-qualquer-dia-sou-despedida-e-nunca-mais-chego-atrasada, parem-quietas-à-mesa, essa-roupa-é-da-tua-irmã, bébé-a-mãe-disse-no-BACIO-porque-não-pediu-à-MÃE?!?!?!...
Bolas...por volta das 9 estou exausta e quando chego ao emprego, sento-me, ligo o computador e penso...there's no place like home!
quinta-feira, novembro 29, 2012
O big bang
Não sei se acontece com os outros detentores de blogues, mas eu, sinto assim uma necessidadezinha de explicar ao mundo o porquê de ter decidido escrevinhar algumas coisas, e o porquê dessas coisas não ficarem em papeis amontoados nas gavetas lá de casa (como fazia há 20 anos).
Sempre gostei de escrever. Passei a adolescencia a preencher folhas e folhas de diários com as minhas mágoas, desgostos amorosos e crises familiares. Diários daqueles com cadeado e chaves, que eu tratava de esconder nos sítios mais reconditos do meu quarto.Depois, tinha folhas e folhas com poemas. Cheguei mesmo a começar uma história. Tipo a sério, com uma personagem divertidíssima. Ainda mandei os primeiros capítulos para a minha Amiga-De-Sempre ler. E ela leu. E divertiu-se. Ou pelo menos disse que sim. Mas depois a coisa começou a empatar, não sabia que volta devia dar à história, e morreu por ali.
Durante anos não escrevi nada que se aproveitasse. Dou muitas vezes por mim, a escrever em pensamento, a construir frases e pedaços de histórias. Cheguei a pensar andar com um gravador para poder registar tais ideias, e depois quem sabe, passá-las para o papel, mas nunca aconteceu.
Sempre fui mais dada a letras do que a números. Mas, quis o destino que eu com 15 anos decidisse ir para a área de Saúde. O destino e o meu pai, que me ensadecia com a história das profissões com "saída" e sem "saída". Com saída? Médicos e engenheiros. Sem saída? Jornalistas, filósofos, psicólogos e todas essas pessoas com medo da matemática.
Eu não tinha medo da matemática, e mesmo com 15 anos, já percebia que entre ser uma médica a ganhar muitos "contos" ou uma jornalista a contar tostões, vá lá, preferia pegar o toiro pelos cornos.
Não sou médica. Mas acabei por frequentar 3 engenharias até me decidir por uma, que acabei por levar até ao fim.
A engenharia deu-me conhecimentos, mas deu-me sobretudo um tipo de raciocínio que me permite fazer o que faço hoje e que não tem nada a ver com o que estudei (mas mete muitos números)
Quanto mais números vejo enquanto trabalho, mais vontade tenho de me virar para as letras, ou fazer qualquer coisa verdadeiramente criativa.
Há aqui um cérebro que precisa urgentemente de ser estimulado para algo que não inclua € ou %.
E foi assim que chegou o Pasme-se Quem Puder.
E espero que alguém o resolva ler, senão, mais vale voltar aos papéis avulso nas gavetas lá de casa.
Sempre gostei de escrever. Passei a adolescencia a preencher folhas e folhas de diários com as minhas mágoas, desgostos amorosos e crises familiares. Diários daqueles com cadeado e chaves, que eu tratava de esconder nos sítios mais reconditos do meu quarto.Depois, tinha folhas e folhas com poemas. Cheguei mesmo a começar uma história. Tipo a sério, com uma personagem divertidíssima. Ainda mandei os primeiros capítulos para a minha Amiga-De-Sempre ler. E ela leu. E divertiu-se. Ou pelo menos disse que sim. Mas depois a coisa começou a empatar, não sabia que volta devia dar à história, e morreu por ali.
Durante anos não escrevi nada que se aproveitasse. Dou muitas vezes por mim, a escrever em pensamento, a construir frases e pedaços de histórias. Cheguei a pensar andar com um gravador para poder registar tais ideias, e depois quem sabe, passá-las para o papel, mas nunca aconteceu.
Sempre fui mais dada a letras do que a números. Mas, quis o destino que eu com 15 anos decidisse ir para a área de Saúde. O destino e o meu pai, que me ensadecia com a história das profissões com "saída" e sem "saída". Com saída? Médicos e engenheiros. Sem saída? Jornalistas, filósofos, psicólogos e todas essas pessoas com medo da matemática.
Eu não tinha medo da matemática, e mesmo com 15 anos, já percebia que entre ser uma médica a ganhar muitos "contos" ou uma jornalista a contar tostões, vá lá, preferia pegar o toiro pelos cornos.
Não sou médica. Mas acabei por frequentar 3 engenharias até me decidir por uma, que acabei por levar até ao fim.
A engenharia deu-me conhecimentos, mas deu-me sobretudo um tipo de raciocínio que me permite fazer o que faço hoje e que não tem nada a ver com o que estudei (mas mete muitos números)
Quanto mais números vejo enquanto trabalho, mais vontade tenho de me virar para as letras, ou fazer qualquer coisa verdadeiramente criativa.
Há aqui um cérebro que precisa urgentemente de ser estimulado para algo que não inclua € ou %.
E foi assim que chegou o Pasme-se Quem Puder.
E espero que alguém o resolva ler, senão, mais vale voltar aos papéis avulso nas gavetas lá de casa.
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