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segunda-feira, dezembro 03, 2012

Desencontros

Hoje logo de manhã, estava a ver as capas das revistas, e lá me chamou a atenção a tentativa de reconciliação da Luciana Abreu e o seu Djaló.
Ler esta manchete, depois de ter estado no fim de semana com uma amiga divorciada ao telefone, que tenta a todo o custo retomar o seu casamento, deu-me que pensar.
O divórcio, para pais e filhos, deve ser ainda pior do que parece. Se duas pessoas se desentendem ao ponto de decidirem separar os trapos, é porque a vida em comum se tornou de alguma forma desagradável, insuportável, desgastante. Porque já não conseguem encontrar no outro aquilo que um dia os fez apaixonar-se.
A verdade é que as tentativas de reconciliação e até segundos casamentos entre pessoas que se separaram, são muito frequentes. São poucos os casos que conheço em que já depois de cada um ter ido para o seu lado, não há uns encontros, umas conversas, quase sempre sexo.
Talvez seja um bocado como quando alguém morre. Parece-nos sempre melhor do que aquilo que realmente era. Talvez a distância atenue os defeitos e as diferenças, e de repente consigamos reencontrar a pessoa que julgávamos desaparecida.
Só que aparentemente a paz e sossego não estão ali ao lado para quem se separa.  Aparentemente a separação não resolve tudo, e não deixa ninguém mais feliz. Não estou obviamente a falar de casos dramáticos em que já se perdeu tudo, em que há violência ou insultos, e em que o divórcio é um alívio. Estou a falar dos casos em que o casal não se consegue encontrar. Dos casos em que a paixão e o amor foram dando lugar a cobranças, a desentendimentos, a inseguranças. Dos casos em que um dos dois quer tentar procurar fora do casamento aquilo que já não encontra no seu.
Estes pensamentos depois de uma valente discussão com o dito-cujo, dão-me um horrível frio na barriga.
Vai ser um longo dia...

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