Ontem de manhã fui ao mercado. Desde que regressámos de férias, que incluí este ritual nas manhãs de Sábado. Com a famelga toda atrás ou sozinha, não falho.
Não sei porquê, mas parece-me tudo mais fresco e mais barato. As alfaces são mais verdes e brilhantes, a fruta não está verde nem fria de ter acabado de sair do frigorífico, as peixeiras chamam-me menina, amori e querida, e quando já estou cheia de sacos pesados mandam os filhos ou os empregados ir ajudar a levar as compras ao carro. É verdade que nunca aceito, mas a ideia de que alguém se preocupa, é muito boa.
Depois gosto da forma como dizem "essas laranjas não são para si" ou " vou ali buscar outro peixe espada dentro". Fazem-me sentir importante, é o que fazem.
Bem sei (se sei) que as grandes empresas de distribução gastam rios de dinheiro em horas de formação de atendimento, de serviço ao cliente, e tudo o que possam fazer para reproduzir aquela familiariedade dentro das suas lojas, mas falta o mais importante, não imitável e não reproduzível.
É que nas bancas do mercado, estão donos do negócio, patrões e patroas que estimam o cliente como estimam o dinheiro que precisam de ganhar.
Nos balcões dos supermercados, estão empregados que tanto podiam vender peixe no Pingo Doce como no Jumbo ou no Continente. Salvo raras excepções de quem veste mesmo a camisola, a grande maioria não se sente implicada no serviço que presta ao cliente.
O ordenado ao fim do mês está garantido e é sempre igual.
Eu também adoro ir ao mercado e à feira!!
ResponderEliminar