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sexta-feira, dezembro 14, 2012

Outra vez?

Se o cancro fosse uma pessoa, seria daquelas mesquinhas e egoístas. Daquelas pessoas poucochinhas, com duas caras, com sorrisinhos cínicos, olhares esquivos. Daquelas matreiras e velhacas, que o que dizem nunca é o que querem dizer, de olhar turvo, cobardes e pequeninas, insensíveis e implacáveis em torno de um objectivo nunca muito nobre.
Se o cancro fosse uma pessoa, seria uma visita daquelas que aparece sem ser convidada, que vem para ficar uma noite e vai ficando 1 mês.
Se o cancro fosse uma pessoa, podíamos explicar-lhe a diferença entre os bons e os maus, formá-lo, educá-lo, ou em último caso, prendê-lo ou matá-lo.
Se o cancro fosse uma pessoa, empreenderíamos uma batalha universal contra ele, todos, ricos e pobres, religiosos e ateus, novos e velhos, porque só assim se combate quem escolhe de forma tão aleatória como imprevisível em qualquer canto do mundo, qualquer pessoa, para atingir.
O cancro voltou para alguém próximo da minha família, alguém que já o tinha vencido uma vez, alguém que se atreveu a respirar de alívio.
Se o cancro fosse uma pessoa era um mete-nojo.

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