Na minha luta contra a bicheza das vias urinárias, tenho palmilhado qualquer coisa em busca "do" médico que me vai resolver a questão.
A última tentativa, inclui um professor daqueles muito velhinhos, com um consultório daqueles do tempo em que os médicos eram MÉDICOS e em que se enchia a boca para dizer MÉDICO.
Uma secretária gigante de madeira. Não sei qual é a madeira, podia inventar e dizer que é mogno, ou cerejeira, mas não sei. Só sei que é uma coisa assim em bom. Depois, dois sofás em pele, colocados ao lado um do outro, como se do gabinete de um psiquiatra se tratasse. Ao centro, uma mesa com um cinzeiro (é mesmo de outros tempos). Nas paredes, serigrafias orginais. E diplomas. Nas costas da cadeira reservada aos pacientes, uma enorme estante com muito, mas muito livro de medicina, grossos compêndios, enciclopédias de muitos volumes, daqueles que nos fazem crer que se há solução para o nosso problema, ela está naquela estante. E fotografias, muitas fotografias. Do PROFESSOR, claro!
O professor, não mexe uma palha. Passa a vida a chamar a enfermeira, mais a assistente, para lhe fazerem a papinha toda. Até para estender o papel que cobre a marquesa ele chama a enfermeira.
Digo sinceramente...o professor é de tal forma parecido com um avô, que já lá fui duas vezes e ainda não consegui dizer que de vez em quando aparecem umas pintas vermelhas no pénis do dito-cujo.
Aliás, jamais conseguiria insinuar perante aquele professor que tenho uma vida sexual e que os meus filhos não são obra e graça do Espírito Santo, quanto mais dizer a palavra pénis.
Espero que os 100 anos de experiência o ajudem a perceber tudo o que não digo.
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