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quinta-feira, abril 17, 2014

E quando chega a hora de explicar a morte às crianças não há explicação que nos valha

Hoje aqui por casa enfrenta-se a morte. De um cão muito muito velhinho, que apesar de não ser nosso, fez sempre parte da vida de Migalhas.
Migalhas choram copiosamente, e não há conversa de Céu que as console. Estão verdadeiramente tristes, e eu estou verdadeiramente sem saber o que lhes hei-de dizer ou fazer.
E depois ora digo não chorem que a tia (dona do cão) ainda fica mais triste, ora digo que podem chorar à vontade, chorar não faz mal.
E não vale a pena estar com rodeios ou falinhas mansas,  não há forma de as poupar, a morte faz parte da vida e terão que lidar com ela, mas custa não saber o que dizer para se animarem.
Hoje não vai ser um dia fácil, e mesmo que lhes faça todas as vontades, que não obrigue Migalha aos trabalhos de casa, que as leve a comer ao restaurante favorito, nada evitará que  façam o seu próprio luto, aquele que vem de dentro e que ninguém consegue evitar.
Só espero que dure pouco.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Por aqui omitiu-se a morte do Robalo, um peixinho dourado que morreu com uma otite: "Mamã, acho que o Robalo está com dor de ouvido, está muito quietinho e com a cabeça de lado" - valeu-me uma ida ao shopping enquanto ela estava nas aulas e quando regressou o seu Robalo já estava "curado". Já a morte do Jubas, um gatinho amarelo que vivia em casa da avó (Mr. Mirone é alérgico ao pêlo dos gatos), foi incontornável. Chorou muito, disse que ia ter saudades para sempre e que se voltar a ter um gatinho se vai chamar Jubas porque Jubas é o nome do melhor gatinho de sempre. Como era pequenina, tinha acabado de fazer 4 anos, o luto foi rápido - 2 dias, mas ainda hoje me pergunta quando é que pode ter outro Jubas.

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  2. É triste e complicado, mas é a forma de aprenderem o quanto a vida é importante.

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  3. Quando o meu primeiro cão morreu, toda a minha família decidiu mentir-me descaradamente e dizer-me que ele tinha fugido, que tinha desaparecido de repente. Eu acreditei, ou fingi acreditar. Acho que não quis pensar muito naquilo, para não ter de encarar a verdade. Era mais fácil achar que ele andava a passear algures. Uns anos mais tarde uma amiga minha descaiu-se e disse-me "ah e tal, quando o teu cão morreu". Eu devia ter uns 12. Fiquei chocada: "O quê???? Vocês sabiam todos e ninguém me disse?" E pronto, fartei-me de chorar na mesma. Mas como crianças que são, acho que depressa vão ultrapassar. Nessas coisas são mais práticos que nós!

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