O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Carnaval

Por cá vai ser mais do mesmo, que Migalhas são dotadas de muita coisa, mas verdadeiro sentido de humor não é uma delas. 
PortantoS, teremos uma fada (Migalha do Meio), uma Sevilhana (das boas) e um pirata. 
Na escola de Migalha Crescida vai haver concurso de máscaras. Estou assim mandatada para me esforçar na produção da Sevilhana (no meu tempo era "espanhola", mas isso era porque certamente há trinta anos eramos todos uma cambada de parolos) mai linda de Lisboa.
Migalha Crescida está numa excitação que não se aguenta. Alguém que utiliza adjectivos como: "perfeita" "espectacular", "fantástica" e "maravilhosa" para se definir a si própria e a tudo o que faz, talvez não esteja preparada para não ser ser eleita uma das três melhores mascaradas da turma,  que lhe daria lugar na grande final de primeiro e segundo ano da escola.
A verdade é que sendo eu uma mãe consciente, sei bem que a minha filha é uma vaidosona do pior, e uma convencida de primeira (apesar de linda de morrer), e portanto fico aqui sem saber se torço para que seja eleita miss Carnaval 2014 da Escola Básica BSM, ou se torço para que simplesmente seja obrigada a lidar com uma derrota, que isto de aprender a gerir a frustração nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário, é para a vidinha toda.


quarta-feira, fevereiro 26, 2014

A fazer justiça ao nome do blogue

Os últimos dias têm sido estranhos.
A missa de domingo foi especial de corrida, havia crismas e veio o bispo. Ainda estava a primeira leitura a começar quando irrompe pela igreja (à pinha) uma rapariga de óculos escuros, que se dirige ao coro e anuncia que alguém deixou o carro a tapar a saída da garagem. E que alguém precisa sair, u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e. Pensou que talvez estivesse no parque de estacionamento do Colombo, que alguém iria dizer ao microfone "...pede-se ao proprietário do veículo com a seguinte matrícula...". E eu pensei que perante a urgência anunciada, talvez fosse mais católico faze-lo, e que o bispo,  o padre, Jesus e Deus, não se haveriam de importar.
Alguém chega ao pé de mim e pede a demissão anunciando que odeia o trabalho que faz há três anos e do qual nunca se tinha queixado.
Decido ir à escola do Sancho contar uma história aos meninos, e estou todo um serão a fazer uns queques de chocolate para levar, que no fim parecem a parte de baixo de um cupcake. Sim, só aquele bocadinho em baixo.
Resolvo instalar um jogo do angry birds no telefone e descubro que os porcos zangados  foram substítuidos por macacos furiosos, sou informada que o Fernando Tordo emigrou, que a Dora trabalha no Mac Donald's, leio umas três cartas abertas a S. Pedro, e acho que contei a milésima vez que o Camilo Lourenço utilizou a palavra carpideira.
E sim, cada um destes acontecimentos bem exploradinhos dava um post, e sempre fazia render o peixe, mas infelizmente não tenho tido tempo (o trabalho e os putos e coiso).


segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Noutra encarnação quero nascer homem

Vestir as minhas calças de ganga, calçar os meus ténis, e esperar que a minha mulher vista todos os dias saia preta travada e caminhe sobre saltos agulha.
Deixar a minha barba crescer três dias, enquanto desejo esquecer que no corpo delas nascem pelos.
Fazer muito pouco, mas acreditar que o pouco que faço é o verdadeiramente essencial.
Ter tempo para o ginásio, para os amigos, para o meu clube de futebol, e voltar a casa animado pela esperança de encontrar um sorriso vestido com negligé preto, completamente cumplice do meu cheiro a cerveja.
Ah, desculpem, mas se voltar a viver, eu quero mesmo muito ser homem.

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Uma mãe de família? Tss, tss...

Talvez eu tenho querido festejar o meu aniversário com o meu marido.
Embalada pela história do "sair da rotina", talvez tenha marcado "estadia" num motel (sim, não me enganei, um motel, daqueles com espelhos no tecto, e camas redondas, e empregados invisíveis).
Talvez tenha precisado de enviar um comprovativo da transferência bancária, por mail.
Talvez tenha precisado de ir aos "items enviados" da minha caixa de correio, a meio de uma apresentação, numa videoconferência, lá no trabalho.
Talvez eu seja a pessoa que mais rapidamente clica em botões de rato, de todo o Mundo.
Ou mesmo do Universo.

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Maldita lactose

Migalha Crescida tinha muitas dores de barriga. Tantas, e tantos dias, e tão persistentes, que um dia, em vez de a levar para a escola e de ir para o trabalho, resolvi levá-la até às urgências do Hospital da Luz.
Pois que RX para a direita, ecografia para a esquerda, microlax para cima, que Migalha tem uma distensão cólica (???) muito grande, tudo cheio de ar e de cocó, uma vergonha de intestino.
Migalha continuou a queixar-se, e fomos, na semana seguinte, à pediatra.
E que a barriga dela parece um tambor, tchiiii, tanto ar, como é possível, e inchada, e coitada, não admira que doa, ali à volta do umbigo, exactamente onde se queixa.
Pois que vamos experimentar tirar a lactose. Leite e iogurtes, tudo sem lactose. É bem capaz de ser intolerante.
Mas que se passa com as criancinhas?
Nós bebíamos litros de leite, quilos de pão com manteiga e queijo e iogurtes.
Estes miúdos não podem ter dois puns na barriga, que são logo declarados intolerantes à lactose.
Imagino o que seria se fossem criados a leite Vigor gordo com chocolate Milo e pão com tulicreme.
Morriam!

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Post que contém as palavras coração e vermelho mais que duas vezes cada uma

Para amanhã não espero nada menos que receber um urso de peluche, daqueles que me estende um coração vermelhusco com os seus braços super fofinhos, comer uma maçã do amor, ou uns morangos daqueles que vêm numa caixa em forma de coração (já viram nos supermercados? pá, tão queeerido...). Os morangos vão lindamente com um champanhe. Adoro Raposeira, vocês gostam?
Ai, morangos com champanhe, até fico nervosa, pá!
Depois vamos jantar, num restaurante daqueles que organiza mesmo as coisas para o Dia dos Namorados, com um menú especial de S. Valentim, e tudo e...tcharan... música ao vivo!
Uma banda muito jeitosa ali dos lados do Algueirão, que costumam tocar em casamentos e assim, vai dar um ambiente daqueles. Diz que tocam tudo, mal posso esperar. O menú é para o puxadote, cerca de vinte euros por pessoa, mas prontoS, só é Dia dos Namorados uma vez no ano, não acham?
Já sei que vai aparecer um daqueles senhores a venderem rosas dentro daqueles tubinhos de plástico, eu vou fazer olhos melosos, e Dito-Cujo vai perguntar-me se quero vermelho ou cor de rosa, eu vou dizer deixa estar, já me deste o ursinho, mas pronto, ele vai insistir, e vá, vermelho, como a nossa paixão...Óbvio!
No fim da noite, já um bocado tocados pelo vinho Porta da Ravessa (ganda pinta, por vinte euros, uma vinhaça destas, nada mau, hein?), vamos para a nossa casinha, onde ele vai poder finalmente ver o m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o conjunto vermelho de lingerie super sexy que comprei numa promoção.
Vinha numa lata em forma de coração...Tão querida a lata. A renda das cuecas arranha um bocado, e acho que o soutien me faz um cadinho de alergia, mas ora, é só uma noite, no dia seguinte volto às cuequinhas de algodão brancas.
Mal posso esperar!

Reli o post anterior

E descobri um erro ortográfico.
Quando, quando é que me tornei numa pessoa que dá erros ortográficos?!
Agora preciso de me fazer acompanhar de manuais escolares para escrever um mísero post?
Nunca, mas nunca mais este cantinho será o mesmo.

(Sei que deram por ele, mas como são pessoas simpáticas e bem educadas, nem o referiram. Já o corrigi, se não o encontraram escusam de procurar. Mas sei que sim, que deram por isso...Ó pá...Estou mesmo chateada).

terça-feira, fevereiro 11, 2014

Oficialmente a caminho dos quarenta

Hoje é o meu aniversário. Quer dizer, hoje foi, e será ainda por míseros cinquenta minutos, o meu aniversário.
Ora pois que senti-me assim a modos que na obrigação de escrever qualquer coisa de inteligente, mais que não fosse, desejos para este ano que se avizinha, e que será o último antes dos quarenta. E já andava há uns dias a pensar naquilo que realmente queria dizer mais a mim do que a vós, e nada.
Noite passada Migalha do Meio chorou de madrugada.  Agarrei na minha almofada e fui deitar-me com ela. Eu e Migalha e vinte e cinco mantas, fazíamos um calor para lá se insuportável. Até que no meio daquela caloraça,  estiquei os pés, e bem lá no fundo, senti um bocado de lençol fresco, que me soube...M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-m-e-n-t-e!
E às cinco da manhã, entre dois sonos, na quente cama de Migalha, percebi, que é tão fácil o que quero deste ano que hoje começa para a minha vida.
Quero poder esticar os pés e a cada momento, encontrar sempre um pedaço de lençol fresco.

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Stephanie II

Desculpem lá, mas desde o fim do mundo de 21 de Dezembro de 2012 que não me sentia tão defraudada.

domingo, fevereiro 09, 2014

Stephanie

Pensava que não havia coisa pior do que trabalhar ao domingo à noite. Até descobrir o domingo em que antes de sair para trabalhar, é anunciado na televisão como notícia de última hora, que vem aí uma tempestade com nome e tudo e alertas vermelhos e coiso. Até estar no trabalho que desde si já tinha tudo para ser mau, a receber no telemóvel mensagens que começaram com o cancelamento do jogo de futebol que o estádio estava a ameaçar esbardalhar-se todo com a ventosga, com o anuncio de rajadas de 140 km/h, passaram depois a anunciar trânsito condicionado na ponte, e depois a avisar que as ligações fluviais e ferroviárias estão suspensas. Não é que vá passar a ponte caramba, mas é um sinal que a coisa está bera. E portanto aqui estou, a pensar que obviamente na empresa as pessoas não ouviram os avisos da Protecção Civil que mandavam a malta ficar de pantufas no sofá, e só sair em casos mesmo necessários. E a pensar que vou ter que sair daqui, com chuva, com vento, com árvores pelos ares e histórias de carros que praticamente levantaram voo. A única notícia que me animou, foi a do senhor inglês que durante a tarde foi para a Boca do Inferno, mas não estando a coisa verdadeiramente perigosa e assustadora, (basicamente não foi engolido por nenhuma onda de nove metros) prometeu voltar à noite. Estás com medo de quê, Xaxia?

Para mim a oração é...

Na catequese perguntava-se o que era para nós a oração.
Entre longos textos de quem pede saúde para os filhos, e paz no mundo, e agradece tudo e tudo e tudo, estava o meu.
"Para mim a oração é... conversar com Deus". Assim, três palavras. Conversar. Com. Deus.
Mas fiquei a pensar nesta coisa, naquela frase pobre ao pé daqueles textos.  Até porque conversar pressupõe que duas pessoas se escutem mutuamente, e que uma responda à outra.
A verdade é que os cinco ou dez minutos que dura uma oração, sou eu que falo. Um dos lados fala. O outro só ouve. E isto não é uma conversa.
Depois pensei, que Deus me responde, não naqueles cinco ou dez minutos em que falo directamente para Ele, mas depois, ao longo do dia, dos acontecimentos, em  momentos, em pequenos apontamentos.
E a minha conversa com Deus torna-se contínua e interminável, porque Ele fala comigo, mesmo quando eu não estava a falar com Ele.
E talvez a oração seja isto, a fé constante, o ver Deus em todas as coisas, o ouvir o que nos quer dizer em cada recanto, em cada silêncio. O sentir as respostas d'Ele nos batimentos do coração.
E a oração torna-se assim muito mais do que os cinco ou dez minutos em que Lhe agradeço, ou peço.
A oração é todo o segundo da minha vida em que O tenho no pensamento.
E não sei se haverá no mundo uma conversa melhor.

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Também falo sobre o S. Valentim

Para vos contar sobre o dia, em que o catorze de Fevereiro foi também segunda-feira de Carnaval, e em que podendo escolher entre trocar mimos e peluches com o namorado de longa data, ou passar largas horas com as amigas, numa varanda, a atirar balões de água a quem passava, escolhi a segunda.
Pois que esta atitude, apelidada na altura de "infantil" e "imatura", me valeu uma longa interrupção no namoro e as minhas recordações do S. Valentim são do género "como foder uma relação no S. Valentim".
Mas as coisas são como são, já lá vão vinte anos, e não deve ter sido por acaso, que calhando o Carnaval e o Dia dos Namorados no mesmo dia, em vez de brincar aos namorados, escolhi brincar ao Carnaval.

(Se por acaso te lembras de apanhar com um balão na tola, ao passar por baixo de uma varanda, é bem provável que já nos tenhamos cruzado).

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Hoje chamaram-me um nome

Já não me lembrava da última vez que tinha ouvido alguém referir-se a outra pessoa como "besta".
Mas devo ser. Uma besta. Quadrada. Um verdadeiro quadrúpede, dos que zurram e tudo.
Só assim se justifica que alguma conversa comigo chegue até ao ponto em que a outra pessoa me chama besta.
Não foi parvalhona, nem estúpida, nem idiota. Foi besta. E pensando bem, talvez tenha sido a primeira vez na vida que me chamaram assim.
Besta.


Ah, as criancinhas...

A nossa geração de mães está em frangalhos.
A nossa geração de mães está em frangalhos e a culpa é das criancinhas. Corrijo. A culpa não é das criancinhas, a culpa é nossa.
Nós é que colocámos a criancinha no centro do mundo. Nós é que transformámos um monte de merdas fúteis em necessidades básicas das criancinhas. Nós é que deixámos de passar as manhãs de sábado no cabeleireiro para correr entre a natação e a ginástica. Nós é que parecemos o cão de Pavlov, que a cada rodopiadela, salivamos com aulas de ballet, a cada cantarolar, respondemos com aulas de música. Nós é que não nos permitimos passar o fim de semana de pijama na cama, porque há sempre um filme, uma peça de teatro, um museu para levar as criancinhas, porque se as criancinhas passarem o fim de semana em casa vão chegar a segunda feira e vão estar hipo-estimuladas, atrasadas em relação a todas as outras criancinhas que viram tantaaaaas coisas e fizeram taaaaantas merdas.
Nós, mães, mulheres, deixámos de ser escravas dos maridos e dos casamentos, para passarmos a ser escravas das criancinhas.
A culpa é toda nossa.
De cada vez que não vamos almoçar com os amigos para  levarmos as criancinhas a mais uma festa de aniversário, sempre que organizmos a nossa agenda em função da agenda das criancinhas, quando não temos tempo para ir às compras porque as criancinhas nos engoliram o dia como se fossem leões esfomeados.
E dinheiro? Minhas amigas, pode não haver dinheiro para as madeixas, para o alisamento japonês, para a depilação definitiva, para aquela mala porque suspiramos há meses, mas tem que haver dinheiro para o pacote de TV que tem o canal Disney, para o videojogo que saiu, para os ténis de rodinhas, para os cereais de chocolate (porra, quando é que os miúdos deixaram de comer carcaças, pá?), para ir à Kidzania, para pagar a praia da escola, para o psicólogo quando estão estão tristes, ou não comem, ou comem demais.
A pressão que colocamos em cima de nós próprias e em cima umas das outras nesta competição desenfreada pelo troféu de mãe do ano é tanta, que damos por nós todas esbodegadas, sem tempo para ir arranjar as putas das unhas que não param de crescer, sem tempo para dormir uma sesta, ler um livro ou ver um filme que não meta carros que falam ou princesas da Disney.
E o pior, o pior mesmo, é que as criancinhas que começaram por não nos pedir nada, em três tempos estão aí a exigir, e servi-las e cobrir todas as suas necessidades muito pouco básicas, é a nossa inegável obrigação. E mesmo mesmo pior que tudo, é que nada disto faz de nós boas mães, nem faz das criancinhas pessoas mais felizes. E mesmo ainda pior, é que isto já não pára, e é impossível ficar de fora desta montanha russa.
Raios nos partam, é só o que vos digo.  Raios nos partam!


terça-feira, fevereiro 04, 2014

Blogoperfeição

Hoje, estava por aqui a pensar nesta coisa da blogosfera, (o que nos dias que correm que nem tempo tenho para fazer xixi, é uma grande coisa), e pensei, que o problema  na grande Blogo, é que é tudo perfeito.
Consegue-se viver a parentalidade perfeita, educadores perfeitos, de criancinhas inteligentes, estimuladas e elegantemente vestidas. As mulheres são as mães ideais, que tiram fotografias às suas famílias perfeitas, nas suas casas perfeitas, onde cozinham refeições gourmet para receberem os melhores amigos do mundo. Percebem de roupa, encontram sempre a peça perfeita, para o momento perfeito, seja ele uma reunião de trabalho, um jantar amoroso, ou uma ida aos baloiços.
Os tempos livres destas vidas blogoperfeitas, são poucos, mas muito aproveitadinhos, porque conseguem no mesmo dia tomar o brunch perfeito, ir à praia, ver aquela peça de teatro, ler um livro numa esplanada, levar as crianças à Kidzania, fazer bolachinhas de manteiga e ainda ter tempo para escrever uns vinte posts que saírão às horas certas dos dias certos. Nos fins de semana, saltam para cima dos seus saltos altos, deixam as criancinhas com os avós mais queridos e disponíveis de todos, e vão comer o melhor sushi do mundo ao melhor restaurante. Vão deitar-se já de madrugada, mas a próxima manhã, será uma manhã perfeita, de mais um dia perfeito, cheio de alegrias, e panquecas e filmes Disney.
De vez em quando também partilham as suas maiores preocupações, não se pense que nas vidas blogoperfeitas não há problemas. Uma peça de roupa que esgotou. As filas das finanças. A criancinha que fez uma birra horrível no supermercado. O Benfica que empatou. A Claúdia Vieira que se separou. O Shumachaer que não sai do coma.
Nos seus blogues perfeitos, os seus seguidores perfeitos deixam os comentários mais positivos e animadores, a lembrá-los que têm uma vida perfeita e o mundo é lindo...
Pois por aqui também é tudo quase perfeito.
A ver: hoje acordei antes do despertador com uma filha a queixar-se de dores de barriga. Tomei um duche rápido, fiz um rabo de cavalo para disfarçar o cabelo oleoso, enfiei uns pacotes de bolachas Tuc nas lancheiras dos mais pequenos, passei seis horas nas urgências do hospital, para descobrir após dois Rx e uma ecografia, que a miúda faz pouco cocó. Fui trabalhar, alguém comenta que tenho uns restinhos de verniz nas unhas, tento arrancá-los com os dentes (com sucesso), agarrei-me às folhas de Excel toda à tarde e até às dez da noite, saí, passei na farmácia a comprar remédios para os fungos (ginecologista, lembram-se?), apanhei uma molha, cheguei a casa carregada de sacos, comi um resto de lasanha requentada e dois kiwis, e sentei-me no meu sofá, a pensar que estamos todos vivos, os miúdos dormem em paz na cama deles, e só por estes dez minutos, este também pode ser um blogue de uma vida blogoperfeita.



segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Consulta de Ginecologia

Numa escala de um a dez, quanto normal será o facto de os preparativos para uma consulta na minha ginecologista, se assemelharem aos preparativos para uma noite romantica com Dito-Cujo?

Caríssimas

Golpes curtos e rápidos.
Tenho a semana cheia de trabalho.
Agradecida.

Momento "dahh" do dia

-Penteia-te.
-Ai, já me "pintiei"
- Estás mal penteada, só escovam o cabelo de cima, porque não escovam o cabelo de baixo!?
- Será porque está debaixo dos outros?

(Migalha do Meio com a mania que é gente. Espero sinceramente que esta "astúcia" lhes venha a ser últil, espero, espero!)

domingo, fevereiro 02, 2014

Pensamentos de domingo

É difícil explicar o efeito que começar as manhãs de domingo na missa tem em mim. É difícil explicar que quando saio de lá venho mais calma, em paz, com uma vontade imensa de ser tolerante, e paciente, de relevar os problemas. Venho reforçada e renovada na minha férrea vontade de ser melhor com os outros, quase capaz de oferecer a outra face.
Que pena não dar esta puta de vontade também "ósoutros"

(Espero mesmo, mesmo, mesmo, que o padre do Confessionário não venha aqui dar logo hoje)

Almas gémeas

Eu e uma ilustre desconhecida lado a lado na fila do Mac Donald's.
Inserimos o cartão multibanco, marcamos os quatro digitos do código, as máquinas apresentam no visor o "retire o seu cartão", fazemos o gesto de pegar o cartão e de o guardar na carteira, tudo ao mesmo tempo, na mais perfeita sincronia.

(Não me digam que estavam à espera de outro post fofinho?!?!?!?!?)


sábado, fevereiro 01, 2014

Adenda ao post anterior

A ironia contida no post anterior, é da exclusiva responsabilidade de um cérebro cansado, não devendo por isso ser imputada qualquer responsabilidade à autora deste blogue.

(Pensaram que era mesmo um post fofinho????? Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah...)

Há lá melhor que isto?

Dia de trabalho intenso, a fechar uma semana alucinante. Esperam-me ainda algumas horas de trabalho no fim de semana, os prazos estão a acabar e ainda não vejo o fundo ao tacho.
Mas tudo vale a pena, porque quando entramos a porta, já depois da meia-noite, com olheiras pretas e cara de cão, temos um par de braços reconfortantes que nos esperam, e nos perguntam como foi o dia, e nos dão força e alento para os próximos dias. Há lá melhor do que a partilha do dia de cada um? Há lá melhor do que o amor arrebatador que nos faz esquecer tudo, e meter tudo para trás das costas?
Só vos digo, nem sei como há pessoas que vivem sem isso.