O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

sexta-feira, abril 29, 2016

Queridas pessoas

Preciso que venham aqui debitar aqueles estudos que dizem que o vinho emagrece.
Urgente.

quinta-feira, abril 28, 2016

Não queria ir fazer ó-ó sem dar uma palavrinha aos taxistas

Amanhã, por vossa causa, vou acordar mais cedo.
Cada vez estou mais longe de sentar o rabo num táxi outra vez.
Largai as manifestações e ide ver se o pessoal da Uber tem tempo para vos dispensar uma formação de cordialidade, civismo, e boa educação.
Ao taxista que no outro dia me transportou mais aos três miúdos, e que resolveu vir todo o caminho a fumar charuto, só tenho a dizer que foi nesse dia que instalei a app da Uber.
Ah e tal, há excepções. Haverá, mas não tenho tido a sorte de me cruzar com elas.

quarta-feira, abril 27, 2016

Consulta à blogo população

Estou a pensar mudar o poiso das ferias este ano.
Digam-me, pessoas cultas e infirmadas e vividas e viajadas.
Manta Rota em Agosto é de bradar aos céus ou há lugar para estender a toalha?

domingo, abril 24, 2016

Que belo dia!

O céu é azul, o sol brilha, os passarinhos cantam, tudo é maravilhoso, o mundo é maravilhoso, as pessoas são lindas, e eu consegui vestir umas calças 38 novas, que nas 38 que tinha cá em casa todas esticadinhas e fartinhas de cederem aqui à pressão do rabo gordo, mesmo em sofrimento, já cabia.

sexta-feira, abril 22, 2016

Já não gosto mais de ti

No último ano, aprendi a gerir melhor a relação emocional com a empresa onde estou há uma dezena e meia de anos. Basicamente, tirei a parte do emocional, e passei a encarar o meu emprego como o sítio onde faço o meu melhor,  e em troca recebo dinheiro. 
Para dizer a verdade, o trabalho é um meio para atingir um fim, e não sendo herdada nem tendo casado rica (com muita, mas mesmo muita, pena minha), resta-me como única forma de o atingir- ao fim. 
Em minha defesa, posso dizer que não fui eu quem começou este fim de namoro. Tempos houve em que achei que poderíamos ter uma relação especial, eu e a empresa. Era um daqueles amores que funcionavam, porque eram recíprocos. 
Depois aconteceram coisas. Muitas coisas aconteceram a muitas pessoas. E não aconteceram a umas pessoas quaisquer. Aconteceram a pessoas que também viviam a alegria de uma relação que julgavam plena, que se julgavam especiais, que pela sua enorme dedicação esperavam um tratamento diferenciado, preferencial. Aconteceram coisas a pessoas que abdicaram de demasiado na sua vida pelo emprego, a troco de palmadinhas nas costas.
Eu sempre acreditei que jamais um empregador no seu perfeito juízo quereria dispensar um bom trabalhador. Sempre acreditei que as leis de protecção ao emprego serviam apenas para os faltosos, os preguiçosos, os colaboradores que qualquer patrão, do mais pequeno ao maior, quereria ver pelas costas. 
Ao longo destes anos, não foram poucas as vezes que tive que despedir pessoas. Porque os contratos acabavam, porque os estágios eram miseráveis, porque faltavam, porque roubavam...Sempre o fiz na certeza que estava a fazer o que tinha que ser feito. Não me pagavam para fazer caridade com o dinheiro da empresa, e aquilo não é a Santa Casa da Misericórdia. Sempre, sempre pessoas que não valiam um tostão furado quanto mais um ordenado. 
Mas nunca  tive que despedir um bom trabalhador. Porque os bons, já se sabe, ninguém se quer ver livre deles. 
Até agora.
Ora eu, que tenho este problema de ver nas costas dos outros as minhas, juntei dois mais dois, e decidi que se um dia me vier a acontecer esta coisa de deixar de ter as competências adequadas para o perfil, já me terei  desapaixonado há muito. Poderei lamentar a perda de benefícios, até do emprego, mas nunca terei a lamentar um coração partido. 

quinta-feira, abril 21, 2016

quarta-feira, abril 20, 2016

Na Igreja

Cada vez tenho mais a certeza que sou propensa à desilusão.
Que mesmo as situações e as pessoas aparentemente sem mácula, tendem a desencantar-me. E não, não estou a falar no sentido amoroso do termo.
Nos últimos dias, tive a prova desta minha tendência para o desânimo com as pessoas.
Senão vejam: comecei a viver a Igreja tarde.  Talvez por ser tarde,  foi por minha tão livre e espontânea vontade, que encaro o tempo que passei a dedicar à religião como um pequeno luxo que decidi que tinha que oferecer a mim própria, não cabendo na minha cabeça de hoje, um viver de fé atravancado no conceito do não-praticante.
Sempre soube que nada do que me rodeava ali, nesse viver a Igreja, era um mar de rosas. Sempre vi muito conflito latente, desde os lugares reservados na igreja para os meninos na catequese, até às músicas que o coro escolhia para a missa de domingo. Tudo servia para burburinho e para comunhões cheias mais de raiva que de amor. Tive a certeza que não seria impressão minha que estaria perante almas quezilentas, quando por altura do 8 de Dezembro, me ofereci para ajudar a preparar a igreja.
A competição era feroz. Colocar as flores nos jarrões frente ao altar, e perante a imagem de Nossa Senhora, era a tarefa mais disputada, reservada apenas a quem muito reza e se dedica. Às convertidas tardiamente, como eu, que nem uma Salvé Rainha sabem rezar, estava reservado o direito de encher baldes de água, e enxugar chão a esfregona. E se, mas e só se, nos achassem algum mérito e fervor suficiente, poderíamos opinar sobre a beleza dos antúrios, das margaridas e das verduras, que sábia e cuidadosamente iam colocando em arranjos. Mais para a esquerda, esse ramo mais para baixo, talvez menos um bocadinho, isso, assim, está bom.
No último domingo, o verniz estalou de vez. À falta da única voz, digna desse nome, no coro, pegaram-se mães e catequistas pelo lugar em frente ao microfone. Indiferentes à presença das crianças, e Deus sabe como para mim é importante o exemplo que damos às crianças, lá se foram travando de razões, qual delas a menos digna do local.
E a cada troca menos simpática de argumentos sobre quem teria mais ou menos direitos sobre o microfone, o meu encanto quebrava-se, a minha tolerância descia, tornava-me surda às palavras e só escutava as caras crispadas. Pessoas que até ia estimava, fizeram-se em cacos.
E foi então, com a certeza que não teria nada mais a perder que não tivesse já perdido, que não haveria cola capaz de remediar tantos cacos, que disse alto e bom som, carregada da mais pura ironia: "Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo".
Não sei se me posso voltar a sentar nos cinco primeiros bancos.

Do que podia ter sido

Queria ter sido médica. Saber das coisas da química do corpo, de glândulas e hormonas, dos fluxos e refluxos, de orgãos que batem, de veias e artérias que pulsam, de células e nervos, das articulações que dobram, dos músculos que doem. Queria saber da harmonia das sinapses, das tensões que se equilibram, dos olhos que piscam e de todos os movimentos voluntários e involuntários. Queria ter uma bata branca e um estetoscópio ao pescoço, ser quem se levanta quando perguntam: há algum médico na sala.
Queria ter sido cantora. Viajar entre as notas altas e baixas, com a afinação perfeita, o vibrar certo nas cordas, a cabeça pendente num murmúrio para logo se levantar num grito, o som dos aplausos a ecoar, a apoteose, o delírio, o gáudio.
Queria ter sido escritora. Saber os muitos nomes das palavras, e os muitos significados dos nomes, escrever tão veloz como os pensamentos mais tristes, em noites de dolorosa solidão, voar para longe, para no longe me encontrar, e voltar a caminhar em folhas já ditas. Queria estar em livro numa estante, à distância de um dedilhar indeciso que ao toque se decidiria. Queria ter a arte, o dom, e a capa certa.
Queria ter sido eu.

terça-feira, abril 19, 2016

Também leio, ou pensavam o contrário?

Eu também ia comprar lá aquilo da Clara Ferreira Alves, que uma pessoa faz de tudo para ser cá da malta, mas depois vi isto, e constatei que nunca li nada deste senhor...
O Pai Nosso vai ter que ficar não para segundo, nem para terceiro, mas para quarto, que aqui este menino é o primeiro de uma trilogia.




domingo, abril 17, 2016

Confissão

O meu nome é Xaxia, tenho três filhos, e nunca li um livro sobre parentalidade. Mas estou tranquila, porque a minha mãe também não.

(Mas tenho o Brazelton, que prudência nunca fez mal a ninguém).

16-04-2016

Dia 0 de uma peregrinação.

sábado, abril 16, 2016

Praça Hugo Chávez

Passo lá amiúde. Vi junto a uma placa aquilo que julguei ser uma coroa de flores.
Pensei cá para mim, quem teria sido o desgraçado que se finara ali, que aquilo nem espaço dá para acelerar, decidindo que está entre o macabro e o tétrico,  isto de largar flores no lugar dos acidentes.
Passado dois dias, vejo uma equipa de reportagem da CMTV ali mesmo do outro lado da estrada, em frente à placa, e às flores. Ena pá, que aqui deve ter desencarnado alguém conhecido, caraças - pensei.
E é quando olho com atenção, que me apercebo que a placa onde se encostam as flores é nova, e estou nem mais nem menos que, perante a Praça Hugo Chávez.
Bom, diga-se em abono da verdade, que aquilo não é bem, bem, uma praça. Não se pensarmos na Praça de Espanha, ou na Praça de Londres, ou no Marquês de Pombal.  Aquilo é uma rotunda, ali entalada entre um bairro manhoso de Alfragide, e o parque de estacionamento dos funcionários do Ikea.
E concluo que quem se insurge contra isto, talvez não esteja a ver o mesmo que eu. Que certamente não seria este tipo de homenagem que um homem como Hugo Chávez esperaria dos seus irmãos portugueses, não depois de nos ter comprado tantos Magalhães.
Não se faz.



A imagem foi retirada do site da Rádio Renascença, se não me falha a memória...

quarta-feira, abril 13, 2016

E dizia-me sempre...

Esta rapariga é levada da breca.

Preciso de perder tempo

Ontem fui ao IKEA comprar uma cómoda.
Para poupar tempo, vi na net onde apanhava as caixas, e fui direita ao armazém. Alanquei com as caixas até ao parque de estacionamento, onde ofereci a quem passava um espectaculo verdadeiramente deplorável,  (uma das caixas pesava 34kg e não dava jeito nenhum), mas não o suficiente para alguém me perguntar se precisava de ajuda. Tuuuuudo bem, eu sou grande pró a carregar caixas do IKEA para casa.
Mal cheguei com as caixas, comecei a montar a cómoda. O tempo não era muito, tinha 3 horas até precisar sair para ir buscar as crianças.
Não correu mal. Já sei umas quantas coisas básicas sobre montagem de móveis do IKEA, um saber de experiência feito, e com isso evito dissabores e... perdas de tempo. 
Quando chegou à parte das gavetas, faltava uma hora para sair de casa. Primeira gaveta, 13 minutos. A 13 minutos de tempo médio cada, não ia conseguir terminar antes de sair. A segunda demorou menos, e a terceira menos ainda, e quando dei por mim estava a cronometrar o que estava a fazer, terminando a última gaveta com um tempo inferior a nove minutos. 
A montagem desta cómoda espelha melhor que nada, aquilo em que torno os meus dias. Sou cada vez mais eficaz, mais eficiente. Consigo fazer cada vez mais coisas em menos tempo. Malta do Kaizen, vinde à minha vida aprender como se faz. 
Estarão vocês aí a pensar, que com tamanha eficência em todos os processos que me envolvem, ganho muito tempo.
E perguntam, curiosos, e então Xaxia, em que aplicas o tempo que ganhas?
Pois. A fazer mais coisas. E isto começa a ser um problema, (e não, não estou armada em pessoa que quando lhe perguntam qual o seu maior defeito, responde que é ser boa demais). Não. Isto é mesmo um problema.
Eu sei que enquanto a máquina tira um café, tenho tempo para colocar as fatias de pão na torradeira e uma caneca de leite no microondas. Da mesma forma que sei, que desde que ligo a torradeira e até que as torradas saltam, só tenho tempo de duas viagens para levar as três canecas de leite para a sala, isto se não quiser comprometer irremediavelmente o barrar fácil da manteiga e umas torradas perfeitas. 
Entre Migalhas chamarem o elevador, e ele chegar, consigo por as sombras e a máscara de pestanas (ia dizer rímel, mas ainda vinha aí a polícia da cosmética). Enquanto a água do banho aquece, dá para fazer duas sandes.
Se colocar um peixe no forno e for apanhar Migalha ao treino, quando chegar está no ponto. Se apanhar trânsito lixo o peixe. Não sei bem se estão a ver a pressão que é esta merda. No carro, no trânsito, o peixe no forno a secar. 
E por aí fora.
Levanto-me com despertador sete dias por semana. Estou cansada. Mas não consigo parar. Estou a tornar-me a minha maior inimiga, e esta merda é mais forte que eu. Consigo calcular com uma precisão que até a mim impressiona, quanto demora cada tarefa, cada trajecto, até consigo calcular tudo certinho já a contar com os atrasos dos outros...
Mas não estou a ficar maluquinha. É que é isto, ou baixar os braços e admitir que de vez em quando vão faltar a alguma coisa, ou chegar atrasadas (de vez em quando ninguém morre), vão com a mesma roupa de ontem, sei lá. Devia borrifar-me um bocado. Mas não consigo.

terça-feira, abril 12, 2016

Ultrapassa a minha cãopreensão

Bom...nem sei bem por onde começar...
Cá vai.
Acabo de ver no telejornal, que existe uma creche para cães. Uma creche. Com recreio, almoço e hora do ó-ó. E fila de espera para conseguir uma vaga.
E mesmo sabendo que vou ofender um monte de gente, não consigo evitar dizer que as pessoas estão a ficar cada vez mais tontas. Chalupas. Chonés. Que estão a perder a noção do ridículo. Ou que estão a perder a noção de uma forma geral.
E antes que me venham apregoar o imenso amor aos animais, e os direitos, e que são como se fossem filhos e o camandro, acrescento que a creche só aceita cães castrados e cadelas esterilizadas. Que me dizem desta pratica corrente e cada vez mais difundida as mamãs e papás de cãezinhos e gatinhos que acham normal colocar os fofinhos numa creche?
Estou aberta a argumentos que me façam mudar de ideias, desde que sejam na óptica das vantagens para os donos.

segunda-feira, abril 11, 2016

Sabem o que gosto mais mais no IKEA?

Ter sempre tantas coisas que eu não sabia que precisava.

É por estas e por outras que uma pessoa não é Premium

Na minha casa passavam-se as manhãs de domingo a ouvir Paul Simon e Art Garfunkel. E Beatles..."tell me that you want the kind of thing, that money just can't buy"...
O meu pai perguntava a cada mudança de faixa:
- "E desta, não gostas?"
Eu fazia o meu melhor ar de pré-adolescente enjoada, revirava os olhos, encolhia os ombros, dizia que não, mas a verdade é que gostava, e muito, e sabia aquilo tudo de cor e salteado.
Também se ouvia Trovante, e Zeca Afonso. E Neil Diamond, e Vangelis. E Piaf (já quase me esquecia dos franceses).
Houve uma altura realmente difícil, quando a minha mãe insistia em obrigar-nos a ouvir Nuno da Câmara Pereira, sofrimento que vinguei anos mais tarde, ouvindo (e cantando) "O Restolho" e o "Porto Sentido". Vezes infinitas. Infinitos vezes infinitos.
Na minha casa não se ouvia Música Clássica. O meu contacto com a Música Clássica começou e praticamente se encerrou, com o "Brincando aos Clássicos" da Ana Faria. Este fenómeno deixou-me marcas para sempre, senão vejam, não consigo ouvir uns acordes da Valsa Brilhante sem cantar "A Rita, é catita, só irrita a almoçar, oh Rita, para seres bonita, não chores sem parar". E por aí fora, não sei se estão a ver a ideia.
Em minha defesa, posso apenas dizer que nunca gostei dos OndaChoc, nem dos Ministars, nem mesmo quando o máximo da popularidade era ter um amigo que era amigo de "um dos" OndaChoc. Ou ser um dos próprios.
Na minha casa não se ouve música. Os meus filhos estão demasiado ocupados com a televisão. Às vezes acho que os devia obrigar a ouvir qualquer coisa. Tal como o meu pai me privava do Vasco Granja, eu devia privá-los do Disney Channel, do Nickelodeon, do Panda e do Panda Biggs, devia por os CD's de "Os Miseráveis" a tocar todos os domingos de manhã, mesmo que me revirassem os olhos e se enfiassem no quarto de porta fechada.
Assim, corro riscos de a memória musical deles estar limitada ao Agir e às músicas da Comercial.
Só a ideia já me assusta...


Transição literária mais abrupta de sempre

De Philip Roth para Isabel Stilwell.
É como recuar 600 anos. Literalmente.

quinta-feira, abril 07, 2016

"An apple a day, keeps the doctor away"

Ouviram, minha gente?
Não são sementes de chia, nem 5 bagas de goji, nem pão de espelta, nem bebida de aveia, nem cranberries desidratadas, nem sumo de espinafres, nem óleo de côco, nem milho painço, nem papas de aveia.
Uma maçã, pessoas.  Uma maçã é tudo o que precisam.

Sopa de abóbora e gengibre (única receita em que há ingredientes que se medem em unidades de comprimento)

1 pedaço de abóbora (daqueles quartos que não são bem quartos. São uns bocados. Pedaços, pronto)
1 courgette (com casca, bem lavadinha)
1 batata doce (grande)
1 cebola
1 pedaço de gengibre fresco (uns 4 cm, estão a ver?)
Sal a gosto
1 Bimby na velocidade 1, a 100 graus, durante 25 minutos.
Para finalizar:
1 Bimby na velocidade 10, durante dois minutos

Se gostarem de paneleirices podem sempre enfeitar com um raminho de hortelã.

quarta-feira, abril 06, 2016

Quisesse eu...

Mostrar-vos a minha pilha de panquecas de domingo, dar-vos a minha receita de sopa de abóbora e gengibre, ou falar-vos do Bistro 100 maneiras.
Quisesse eu que soubessem do poema que coloquei na lancheira de Migalha Crescida no dia do seu aniversário, ou do lanche super piroso (balões em forma de coração, morangos com chocolate) que fizemos no dia de S. Valentim para festejar esta coisa que é o amor pela família em família, ou do vestido que comprei a pouco mais de doze horas do casamento a que se destinava, e de como havia outro igual no mesmo casamento.
Escolhesse eu dizer-vos da mãe, da sogra, da tia, da avó de 92 anos que não visito, das amigas, dos colegas do emprego, do chefe, do outro chefe, do trabalho em dias e horas de descanso, dos casamentos que tive, dos que vou ter, e dos divórcios.
Desabafasse eu da minha asma, da pele hiperatópica de uma Migalha, do sopro no coração dos três, das vacinas dos 5 e dos 10 anos que ainda não os levei a tomar, dos incontáveis virus do meu PC.
Se estivesse para aí virada, podia dizer-vos do meu cabeleireiro, e de como descobri que é careiro, da costureira, da moça das unhas, da minha Célia, e dos pombos que não me largam a varanda.
Pensando bem, isto tudo muito bem exploradinho vale uns trinta posts, coisa para manter isto vivo mais uns dois meses.
Sou capaz de começar pela receita da sopa.

Também sou permeável à publicidade da Mais Doce

Não, não foram botins pele cobra cascavel, nem as sandálias Cassupá, tão pouco aquele top basket style ou um dos 23 pares de ténis Adidas.
Não foi Pedro, o PT, nem as sessões de VelaShape III (bem precisava dos dois), nem os amoroooooosos pratinhos Patrulha Pata, cutxi, cutxi.
Não foram iogurtes, nem maquilhagem, nem joias, nem sabonetes líquidos, sólidos, viscosos ou gasosos.
O que eu nem sabia que existia, mesmo estando assim em tamanho autocarro da Carris por toda a Lisboa, e vi primeira vez no blog da Mais Doce, e fui a correr comprar, (quando é grátis diz-se comprar?), foi a aplicação da EMEL.
E digo-vos, que assim de repente, a empresa que mais odeio ao cimo da terra, pareceu-me quase tolerável. Acabei com a cena "não tenho moedas", ou "só tenho moedas 2€ e são só dez minutos", ou pior, "vou ali já venho que são só dez minutos, toma lá uma fita amarela e uma cena na roda e passa para cá 96€".
Por isso, e digo-vos isto mesmo de coração, a par da app do BPI, e da Uber, a da EMEL mudou-me a vidinha para melhor.


terça-feira, abril 05, 2016

Começa cedo, começa

- Mãe, vou dizer-te a coisa mais sincera que já disse na minha vida.
- Então, filha, diz lá...(a mãe é a maior, a mãe é a mais linda, eu adoro a mãe)
- Eu quero emagrecer. Mas quero continuar a comer doces.

Digam lá que não somos o sonho da indústria farmacêutica?

segunda-feira, abril 04, 2016

Fartinha ("estou farta" está muito visto)

De quem se queixa que a Primavera nunca mais chega, todos os anos a mesma conversa. Minhas queridas, devem pensar que o ditado "em Abril, águas mil" surgiu com a malta toda estiraçada a apanhar banhos de sol na praia. Vão mas é arranjar esses pézinhos, que isto são mais meia dúzia de dias até poderem mostrar ao mundo os calinhos do Inverno.
Também estou fartinha de estar numa espécie de movimento de engordanço contínuo e crescente, isto em imagens era um daqueles gráficos de crescimento exponencial com a linha a ir lá para o céu, que nem se vê o fim. Sério que tinha intenções de voltar àquela espécie de corrida/caminhada que costumo fazer, vocês sabem lá o efeito que tem um bocadinho de exercício, por pequeno que seja, num rabo que não se mexe para nada. E era hoje que ia começar, até já comprei a nova Depuralina (marca a que sou mais fiel que ao leite Mimosa) mas está a chover comó caraças, isto nada me ajuda, parece que é uma espécie de conspiração divina para que a celulite se torne incrustada, ou pior!, que as minhas veias e artérias fiquem bem entupidas, que isto começou com as rabanadas e foi assim uma coisa tipo espiral de açucar de onde não se consegue sair, que terminou num mar de amendoas e ovos de chocolate. 
E pronto, gordinha e cheia de mantas, resta-me aguardar para saber quem serão os portugueses lá daquilo dos Panama Papers. Nos próximos dias (eles prometem meses, mas já se sabe que a coisa vai perder o interesse ao fim de duas semanas),  já temos com que nos entreter e chocar, mais do que com a deportação dos refugiados, do que com as ameças do Daesh a Portugal, com a Maria Luís Albuquerque na Vice-Presidência do PSD. Se eu fosse daquelas pessoas que acreditam  e elaboram grandes teorias da conspiração, era capaz de estar aqui a tentar aventar do que nos quererão distrair os jornalistas ou quem lhes põe a malga da água à frente, para nos virem agora entreter com estes...papers.

Panama Papers

Quem é que no seu juízo perfeito confia numa empresa chamada Mossack Fonseca?