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domingo, março 15, 2015

Ao cuidado de dirigentes, treinadores, professores e outros organizadores de saraus de ginástica, escrito por alguém que se rebolou mais de 100 vezes em eventos do género

Caríssimos
Hoje a minha tarde foi uma seca.
Uma tremenda seca.
E a culpa, deixem-me que vos diga, é vossa. É certo que não a poderiam aliviar na totalidade, mas certamente poderiam ter feito melhor.
Para começar, o tempo de duração. Mais de duas horas em que a única coisa que nos interessa são os 4 minutos em que a nossa filha aparece no praticável, parecem-me excessivas. Lá que tenhamos que ver todas as classes do clube, desde as crianças de três anos a mexerem as mãozitas ao som das galinhas doidas, eu compreendo. O que não compreendo é o porquê de convidar outras classes, de outros clubes, que fazem mais do mesmo e prolongam a coisa bem uns trinta minutos além do estritamente necessário.
Se a ideia é fazer-nos dar o dinheiro por bem empregue, bom, deixem lá isso, sou capaz de pagar mais do dobro para não ter que ir.
Depois nestas coisas, menos pode ser mais, e não, não estou a falar de quantidade. É mais agradável à vista um conjunto de movimentos simples, mas bem organizados e coordenados, do que aquela tentativa de colocar todos os ginastas no limite do que ainda não sabem fazer. Um grupo de vinte pessoas a levantar o mesmo braço ao mesmo tempo, pode surtir melhor efeito do que 20 rodas feitas cada uma na sua vez e cada uma para o seu lado, e ups...! cinco meninas ainda não conseguem esticar as pernas.
E a música...Bom, se não estamos a falar de ginastas de alto nível e se o sistema de som do pavilhão é uma merda,  se já sabemos que a coisa ronda ali o médio menos, o mais inteligente a fazer é escolher umas músicas conhecidas, de preferencia que todos tenham no ouvido, sempre se ia cantarolando e batendo umas palmas.
Antes de terminar, quero pedir desculpa aos meus pais, amigos e familiares que durante anos arrastei para eventos do género, absolutamente convencida que estavam a adorar. Sois os maiores.
Por fim, quando olharem para os pais ansiosos à espera de (finalmente) recolherem os seus rebentos, com as respectivas dores no traseiro que aquelas cadeiras proporcionam, chamá-los para tirar uma fotografia de grupo em que demoraram uns dez minutos a reunir todos...Hum...Não é uma boa ideia.
Tirando isso tudo e os setenta euros do fato, correu bem, parabéns pelo trabalho desenvolvido.

10 comentários:

  1. CAA?
    (A minha faz competição. O fato só custou 50..)

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    1. A minha vai este ano à primeira competição. Acho o preço do fato uma estupidez. Mesmo. É giro e tal, mas não muda nada, não faz a diferença. Não é por isso que fazem melhor, ou fica mais giro. Só mais caro.

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    2. É bom que se vá habituando. Para além do fato há o casaco, afinal elas têm de ir todas iguais, não é? E o saco, convém que seja igual que é para elas passarem a vida a trocá-lo. Os fatos também mudam, de ano para ano, que é para podermos coleccionar uma série de fatos giros e cheios de brilhantes. Eu ainda tive de comprar estafas, a pequena queixava-se que tinha bifinhos nas mãos devido às paralelas. E também tenho mãozotas, à falta de espaço para pôr uma trave no meio da sala...
      Ah! E as competições... são sempre na Anadia, as diabas das competições. Ou na Maia, ou em Guimarães. Às vezes temos sorte e há uma ou outra no Catujal.

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  2. Vocês não sabem o bem que me fazem por terem crianças na ginástica e um blog onde falam disso...

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  3. Pipocante Irrelevante Delirantesegunda-feira, 16 março, 2015

    Não tenho razão de queixa... Ate agora.

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  4. Conheço alguém que poderia estar a escrever este pst mas em versão patinagem artística (e com duas filhas, fatos a dobrar)

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  5. Não sei quantos anos tem a tua, a minha tem quase 16, a apanho há anos com secas dessas. E com fatos desses...Acrobática e dança, e se na acrobática (que largou este ano, por ter de estudar a quadruplicar) um fato durava para um ano inteirinho (uau!), na dança, em cada exibição há uma fatiota nova... Somos muitas portanto, a partilhar a mesma "dor" ;)

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  6. Eu não tenho por costume, aliás nunca o fiz, insultar publicamente, ou sequer manifestar a minha opinião nas redes sociais, muito menos quando esta possa ferir suscetibilidades. Aliás, insultos na minha vida acontecem uma vez por década, por aí.

    Mas a senhora, que escreveu este post sobre ter que ver espetáculos dos clubes com os filhos dos outros,onde só desfruta de quatro minutos de apresentação do SEU, onde miúdos fazem rodas com as pernas tortas (mais valia levantarem todos o braço ao mesmo tempo) e dores no seu rabo, vive uma realidade tão ignóbil que dá náuseas!

    (Ainda assim fiquei com um bocadinho de curiosidade: o seu filho já está a pontuar para os olímpicos? Pareceu-me não fazer parte destas imperfeições crucificáveis)

    Aconselho-a que se junte a todos os que comentaram e subscreveram o seu post e criem um clube só para os vossos filhos, interdito aos filhos dos outros que tanto vos fastidiam e que eventualmente possam gozar de todo o espetáculo, incluindo ao aplaudir a apresentação dos vossos filhos, onde nem sequer estará um dos deles! CREDO!!! Mais: que no próximo espetáculo do seu filho, (ou filha, tanto me faz, mas a criança não tem culpa da educação a que está sujeita), esteja na plateia apenas a senhora, (e avós e os amigos que lavar) para aplaudirem o seu filho. E depois tente explicar-lhe porque não estavam mais pais. Explique-lhe que a senhora acha fastidioso ficar a ver os filhos dos outros. Já perguntou ao seu filho a importância que tem aquele espetáculo para ele, desde o início até ao fim?

    DUAS HORAS É UM EXAGERO? Responda a si mesma quantas horas o seu filho já passou ao seu lado a fazer coisas que a senhora gosta de fazer (horas em restaurantes é um exemplo típico) mas se não passou, responda a si mesma, quantas horas deveria ter passado com o seu filho a fazer coisas que ele gosta, mas a senhora estava ocupada, a fazer coisas que a senhora gosta!

    MINHA SENHORA E RESTANTES QUE SUBSCREVEM, ficou claro para mim, da leitura engasgada, e a cada linha, com exponencial falta de ar, que o desporto, a evolução, o convívio, o associativismo, o espetáculo, o intercâmbio (se não sabe, significa mostrar também um pouco do que se faz nos noutros clubes, noutras modalidades desportivas), NÃO LHE DIZEM NADA!

    Peço desculpa, ainda não acabei, mas pode deixar de ler porque isto incomoda, pelo menos a quem faz uso da massa cinzenta: E o esforço e a dedicação dos treinadores, dirigentes, associados, (que muitas vezes depois de um dia de trabalho vão treinar e ajudar os vossos filhos - e os dos outros também o que é uma maçada, desculpe) para que possam brilhar em palco quatro minutos??????.. Não vale a dor de rabo com que a senhora e as que subscrevem ficam? Para mim, com ou sem os assentos, e mesmo quando tenho metade do espetáculo uma criança a dormir ao colo, vale a dor de costas, de braços, de pernas.

    SABE PORQUÊ, minha SENHORA? Porque os miúdos, todos sem excessão, merecem audiência com um sorriso para eles, porque vivem aquele dia, porque estão nervosos, porque gostam de ver os colgas, porque gostam de brincar e estar ali, depois da sua atuação, é também poder brincar, porque aprendem mais um bocadinho... porque as crianças têm direito à EDUCAÇÃO MORAL, SOCIAL E CULTURAL, entre outras!

    Porque os treinadores, depois do dia de trabalho vão treinar os filhos dos outros e alguns, têm os deles em casa à espera que os pais cheguem.

    Excedi-me, mas se calhar fazia-lhe falta!

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    1. Lamento que de um post que pretende ter uma enorme carga de ironia, tenha tirado tantas conclusões sobre por exemplo, a educação que dou aos meus filhos. Parece-me evidente que se a sua interpretação estivesse correcta, os meus filhos estariam privados da prática desportiva nestes moldes, coisa que não só não estão, como o fazem desde tenra idade, bem como eu tive oportunidade de fazer. Acha que a minha filha percebeu que achei que o Sarau foi uma seca? Claro que não. Não só me mostrei entusiasmada, como ainda pudemos discutir quem foram as classes preferidas de cada uma. Se acho que o sarau estava bem organizado? Não. Uma classe convidada de outro clube entrou mais de meia dúzia de vezes. Achei um completo exagero, desnecessário, e sim, maçador. Se acho que nem sempre as escolhas dos treinadores são as indicadas? Acho. Digo e repito, por as crianças num pavilhão cheio de gente a fazer coisas que não dominam, em vez de as colocar com exercícios mais simples bem feitos, para mim não é uma boa opção. E a minha filha não é excepção. Daí até merecer que alguém que não critica nas redes sociais me venha aqui dar um sermão, acho que vai uma longa distância.
      Obviamente não lê o meu blogue, ou pelo menos saberia os filhos que tenho e a qual deles me refiro.
      Além de tudo, os treinadores são remunerados, eu pago uma mensalidade todos os meses, e para mim é um emprego como outro qualquer. Trabalho muitas vezes à noite e os meus filhos estão em casa? E?
      Bom, de qualquer forma suspeito que estou a argumentar com uma daquelas mães perfeitas, que não se aborrecem, não se irritam, não se maçam e não se zangam.
      Por aqui temos uma mãe normal, e três crianças aparentemente felizes.

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