Saí do emprego atrasada. Só mais uma coisinha, só mais uma coisinha, e quando finalmente fecho a porta para vir embora, digamos que precisava de velocidade e um pouco de sorte para chegar a casa antes da hora da Célia sair.
Segunda Circular mais ou menos, um acidente nas faixas do outro lado, ligeiros abrandamentos. Faltavam 12 minutos para as oito e meia (hora de "finau de expédientxe" da Célia), quando entro no Pingo Doce para ir buscar a única lasanha já feita que os putos gostam (já sei, carne sabe Deus de quê, e sulfitos e açúcar). Apanho a lasanha e o sal que se tinha acabado há uns três dias, mais um sumo, e vou para a fila da caixa (um classico em qualquer Pingo Doce). Deixo o cesto na fila e vou ao Multibanco levantar o ordenado para a boa da Célia, já hoje é dia 6, ca vergonha do caraças. Ups. Cadê a carteira? Não há carteira. Ficou lá, em cima da minha secretária, fechadinha no meu gabinete.
Volto para a fila, retiro o cestinho para um canto, digo à senhora atrás de mim com ar encavacado: não trouxe a carteira, mas vou só ali ver se está no carro. Entro no carro, ligo à sogra, peço dinheiro que estou na fila do supermercado sem carteira, Dito-Cujo está longe, num jantar, depois ligo à Célia a dizer que, bom, houve um imprevisto e ela vai ter que esperar só mais um bocadinho. Apanho o dinheiro, volto para o supermercado, recupero o cestinho, pago, alanco com o sacos, e finalmente chego a casa, onde me esperam 3 crianças com os olhos encovados de fome, e uma mulher com umas trombas até ao chão. Eram quase nove horas.
A sério, por este andar não duro muito.
E a Célia sem o ordenado, e amanhã é sábado e, mimimimimi!.....
ResponderEliminarAconteceu-me isso num restaurante. Almocei e quando fui para pagar... não tinha o porta-moedas na carteira! Tinha-o deixado no escritório, em cima da secretária umas horas antes. Não me restou alternativa a não ser encher-me de coragem, pedir para falar com o responsável, explicar a situação, pedir milhões de desculpas e jurar que voltaria no próprio dia para pagar a conta. Ai, meu Deus, ninguém consegue imaginar o sufoco que foi, ninguém!
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