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terça-feira, setembro 23, 2014

Hoje fiz zapping no rádio do carro

E parei na "RDS" (não faço ideia, é o máximo que aparece lá no painel).
Deparei-me com um programa maravilhoso, destinado a dar voz a esses profissionais do volante, a esses campeões das ruas de Lisboa, que são os taxistas.
Uma coisa boa nesta classe, é que nunca desilude.
Por muitas voltas que se dê, no fundo já sabemos com o que contar quando sentamos o rabo num táxi e a ligação entre o cérebro e a matraca se dá com o rodar da chave na ignição.
Hoje constatei que ouvi-los ao telefone, para um programa que me pareceu (não posso garantir que cheguei a meio) que se chamava Radiotaxis (original, hein?), é quase a mesma coisa.
Ou melhor, talvez seja melhor.
Pois que fiquei a saber que os taxistas têm neste momento uma espécie de ódiozinho de estimação, por essas pessoas que são, "as pessoas das bicicletas". Não ouvi um único a falar de "ciclistas", mas sempre "as pessoas das bicicletas".
Diga-se em justiça, que ao terceiro telefonema já estava farta de imaginar barrigudos de bigode e mudei de posto, e eventualmente algum daqueles senhores, antes ou depois, pode ter usado a palavra ciclista.
Eu não ouvi.
Mas quero deixar aqui um alerta!
Está montada uma guerra nos asfaltos das cidades de Lisboa.
Pois que os "profissionais do volante", acham que "as pessoas das bicicletas" deviam ficar lá pelo campo e pelas montanhas aos fins de semana, nem pensar em andarem nos corredores de BUS a "estrovar", fizeram isso lá para o Seixal e o trânsito ficou uma miséria.
Pois que um dos profissionais ainda hoje antes daquele telefonema, tinha tido mesmo vontade de "dar uma panada" a um desses atrevidos em duas rodas, e outro a seguir, pegando nas maravilhosas palavras do colega, acrescentou que além da "panada", dá vontade "dos apertar contra o passeio" para se "escangalharem todos" e para se "aleijarem a sério".
Por isso, se me estás a ler e és uma dessas "pessoas das bicicletas", cuidadinho, que os ânimos estão exaltados.
Se és um taxista, diz-me por favor que aquilo foi mesmo uma compilação de maus pensamentos, e que no fundo, no fundo, sois todos uns grandes fofinhos para as "pessoas das bicicletas".



2 comentários:

  1. Vá, Júlio Machado Vaz, vá, Quintino Aires (peço desculpa por os pôr no mesmo saco, mas saõ os únicos que sei que têm programas de rádio), vejam lá se conseguem fazer melhor.
    Uma hora destes telefonemas de certeza que faz muito mais pela saúde mental dos taxistas que 30 sessões de psicoterapia.

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    1. Tenho cá para mim que quando se fala de segurança relacionada com taxistas, a potencial vítima não é o taxista.

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