É à noite, quando me deito com sono suficiente para não conseguir ver um episódio inteiro de uma das minhas séries favoritas, mas não tão podre que não passe os olhos pela televisão, que descubro que há uma infinidade de concursos na linha do Masterchef, um pouco por esse mundo fora. E quase sempre fico a ver um.
Adoro cozinha de autor, adoro estar a comer algo sem fazer ideia do que leva, e ainda menos ideia de como se faz. Adoro tentar fazer umas imitações caseiras, caramelizar umas peras, fazer umas reduções de vinho do porto, a "armar" aos cucos, servi-lo com pompa e circunstância ao dito-cujo, que escolhe uma vinhaça a condizer. Adoro ainda mais quando há liquidez cá por casa, e podemos mesmo ir "beber à fonte".
Fico impressionda com a azáfama daquelas cozinhas. É de ficar tonta só de olhar. Um batalhão de gente para fazer uma iguaria que obviamente nem vai encher um prato, sobre a supervisão atenta do criador dos pratos, daquele que passou horas a fazer experiencias qual quimico em laboratório, o chef.
Cá por casa, é mais à chefe. Sozinha, consigo estufar a carne, cozer a massa, preparar uma salada, aquecer as sopas, por a mesa, e pelo meio ir secar uns cabelos e mudar umas fraldas. Tal qual aqueles "ó chefe" dos restaurantes. Conseguem decorar o pedido de uma mesa, enquanto põe o jarro de vinho da casa na mesa ao lado, gritam para o balcão a pedir bicas, e para a cozinha a dizer que a sopa de legumes é morna, e pelo canto do olho ainda vão dando uma espreitadela ao Benfica-Olhanense.
Não deve ser muito mau, a minha clientela não se queixa e volta sempre.
Tens uma clientela fiel, não? :)
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