-Olha, estão a fazer corridas de barragens!
sábado, abril 18, 2015
Ouvi com estes ouvidos que a terra vai comer daqui a montanhas de anos
Hoje, enquanto caminhava...cof...cof...hum...corria, velozmente, ena pá, parecia vento, tão rápido que corria, bom, mas quero dizer-vos que enquanto corria num "recinto" (adoro) onde decorriam provas de atletismo, ouvi um pai para o filho:
-Olha, estão a fazer corridas de barragens!
-Olha, estão a fazer corridas de barragens!
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Esta semana também ouvi isto:
ResponderEliminar"As camisas do seu marido estavam muito secas, tive de as rifar (borrifar) duas vezes"
Recinto?
ResponderEliminarPista?
Doem-me a riga e os bexins de tanto rir.
ResponderEliminarBoa noite,
Outro Ente.
Xixas... Vim a correr para te contar que fiz um creme de cogumelos ao almoço e que agora ao jantar o Jr. me perguntou se a sopa ainda era daquela de caramelo... :DD
ResponderEliminarAhahahah
EliminarSopinha de caramelo, aka baba de camelo...:DD
Olha eu tenho uma amiga que não gosta muito de entrar em "livadores" porque os balanços dao -lhe vontade de "gomitar". Limpar a casa também, mas agora comprou um "ispirador" novo e anda toda contente. Enfim, adoro a moça. Estou sempre a aprender com ela. :)
ResponderEliminar(Nêmê cá em casa o monsieur adora sopa/creme de "caramelo". Ainda hoje fiz uma panela gigante só para ele. E o cheirete que ficou cá em casa?! Cá nojo!)
O que as pessoas nem imaginam é quão complicado é livrar-nos desses maneirismos de fala.
EliminarOs meus pais são pessoas simples, do campo, sem grande cultura ou educação. O meu pai sempre se tentou ambientar à cultura e aprender mais mas a minha mãe depois de ter sido obrigada a sair da escola nunca teve oportunidade de se dedicar à leitura ou a actividades culturais, daí que ela fale muito mal (gomitar, intégora, escádias entre outros)
Para ajudar à festa, eu e o meu irmão vivemos muitos anos na Suiça, ou seja, a única fonte de português eram os nossos pais, principalmente a nossa mãe.
Quando regressei (com 10 anos) falava português porque os meus pais sempre acharam importante manter a nossa língua materna e sempre encaram a mesma como uma mais-valia, no entanto, eu falava assim tão mal como ela, com maneirismos.
Felizmente, em vez de ter pessoas que gozassem comigo, tive amigos que tinham mais paciência que santos e me corrigiam sempre - e eu agradeço. Juntando isso ao facto de sempre ter devorado livros, hoje sei que falo bem, não tenho esses maneirismos, nem tenho sotaque serrano que tinha mas continuo a não apreciar o gozo para com pessoas assim.
Em vez de criticar, pode ensinar. Nem todos sabem tudo, nem todos tiveram acesso a boas informações e isso não significa falta de inteligência ou incapacidade mas sim que nunca lhes ensinaram melhor.
Eu também poderia gozar com 1001 coisas que cá ninguém sabe mas vale a pena? Não. Quem o faz tem complexos de superioridade (ou será inferioridade invertida?)
As pessoas não são burras, não têm culpa de não saberem certas coisas. A maioria não sabe/conhece porque nunca foi exposta a determinadas coisas, nunca cresceu com acesso a isso. O mesmo se aplica a essa pessoa.
Calma anónimo, está um lindo dia de sol, relaxe!
EliminarLá porque acho engraçado ouvir dizer coisas como "livadores", "gomitar" ou mesmo "apoisa-me isso" (esta é do meu pai, pessoa simples também, baixa escolaridade, uma jóinha de senhor, que deixou de nos - a mim e aos meus irmãos - dizer isto com ar zangado por que sempre nos partíamos a rir quando o ouvíamos) não significa que critique ou goze com essas pessoas. E sim, tento - sempre que privo com essas pessoas - ensinar o que sei. Embora aprenda muito mais do que ensine, que eu cá também tenho os meus problemas com as línguas ( com a portuguesa e com as outras, havia de ouvir-me falar a língua que estou a aprender aqui num estrangeiro não muito longe da "sua" Suíça lol)
Bem, isto para lhe dizer que tem toda a razão, sim senhor(a), mas pela sua saúde, deixe-me lá rir do senhor que a Xaxia ouviu, ou da minha querida amiga ou do meu pai, e de mim própria tantas vezes :)
Tenha um bom dia, caro(a) anónimo(a)