Hoje o dia voltou a lembrar-me da aparente arbitriedade da morte. Digo aparente porque a minha fraquíssima vertente esotérica gosta de acreditar que nada é por acaso.
A vida corre normal e ligeira, e de repente uma veia rebenta num cérebro e em quarenta horas alguém com tudo pela frente doa os seus órgãos enquanto espera que lhe desliguem as máquinas que lhe fazem bater o coração.
Hoje, enquanto oiço a respiração dos meus filhos que dormem tranquilos, e oiço os movimentos de Dito-Cujo, outra mulher como eu, chora copiosamente a inesperada morte do marido enquanto tenta pensar na melhor forma de consolar os filhos, já sem tempo para a sua própria dor.
Hoje o dia voltou a lembrar-me da aparente arbitriedade da morte. E de como somos efémeros e frágeis.
E de como todos os problemas parecem pequeninos perante estas coisas.
É por isso que todas as noites (quando não todas as manhãs) dou graças.
ResponderEliminarDeve ser telepatia pois de à uns tempos para cá é MESMO nisso que penso. Penso nessa veia que pode subitamente explodir na cabeça e no facto de instantaneamente nos tornarmos animais no talho, estraçalhados para remover partes para tudo e mais alguma coisa.
ResponderEliminarTenho pensado nisso...
Será prudente todos nós deixarmos um testamento?
Planear o pós-mortem não é insensato, embora ninguém tenha muita pressa a verdade é que nunca se sabe se daqui a 1 minuto ainda se respira.