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domingo, abril 14, 2013

Xaxia apresenta...Joana Vasgonçalves

E então é assim: cá me casa o nome Vasconcelos não foi bem acolhido e migalhas resolveram rebaptizar a artista de Joana Vasgonçalves.
Que seja. Como tinha dito, a tarde foi passada na exposição. Quer dizer, um terço da tarde foi passado na exposição, o resto foi passado em filas às portas do Palácio Nacional da Ajuda. Pensava eu, que com este solinho, ninguém ia querer saber de levar banhos de cultura, preferindo as praias e as esplanadas porque todo o meu povo suspira há meses, mas enganei-me. O meu povo suspira mais pelos sapatos de panelas da Joana Vasgonçalves.
Não quero dizer mal da exposição. Longe de mim, que não percebo pevide de qualquer tipo de arte, vir para aqui criticar o que os outros idolatram, mas para mim toda a exposição é muito fácil de resumir:

1. Faiança do Rafael Bordalho Pinheiro embrulhada em crochet dos Açores. Confesso que acho a ideia obviamente original, o crochet de valor (para quem não conseguiu passar dos abertos e fechados, imaginam), mas era preciso para cima de dez bichos de loiça enrolados no crochet? Quem viu um, viu todos. Se viu o caranguejo, dispensa as lagostas, e as cabeças de cavalos, e de vacas, etc, etc, etc.
2. Ideias super originais que resultam em peças surpreendentes, como os famosos sapatos, o coração vermelho feito de talheres de plástico, o lustre de tampões, e mesmo o helicóptero forradinho a plumas cor de rosa  e cristais Swarosky (se o conseguirmos desligar da imagem da Barbie que surge logo na cabeça)
3. Depois há outras que são só estúpidas. Como um monte de gravatas penduradas a levar com vento, com o pomposo nome de Airflow, ou vários postes metálicos, unidos com tranças de cabelo sintético, que formam uma espécie daquelas baias que se colocam para impedir a passagem (migalhas meteram mãozarras e levaram grito de senhora que guardava o Una Direccion). Depois, parece que a Vasgonçalves tem uma compulsão de "envolver" em crochet tudo o que vê. Ele são pianos, computadores, ou televisões. A peça Euro-Visão, ganhou para mim o prémio de ser a mais estúpida de toda a exposição.
4. E por fim, o Palácio Nacional da Ajuda (já ganhou, já ganhou).



Sim, são brincos daqueles de plástico que se encontram nas lojas do chinês. Foi certamente antes de se ter virado para os cristais Swarosky.


A tal, não vou bater mais no ceguinho.

O lustre de tampões OB (mãe, o que são tampões?)



Há lá coisa que chegue a estes puxadores das portas do Palácio da Ajuda? Fofinhos.



E pronto, quando chega a esta parte é como quando vamos a um bom restaurante,  não estamos cheios, mas não precisamos comer mais.


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