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sábado, abril 27, 2013

Sobre o ego

O ego quando não é na dose certa é uma coisa tramada.
Pessoas com o ego miudinho, são maçadoras e deprimentes, mas pessoas com o ego aumentado, são insuportáveis.
As pessoas com o ego aumentado só conseguem ver um lado, acham-se visionárias e superiores, criticam os outros com uma facilidade assustadora. Quando alguém as critica é inveja, e nunca, mas nunca, conseguem reconhecer os defeitos que têm, mesmo que não sejam muito importantes. Aliás, os seus defeitos são quase sempre qualidades, num género de inversão de valores que só elas conseguem fazer.
Acham que o que dizem é sempre muito mais interessante do que o que é dito pelo resto do mundo. E o resto do mundo são essas pessoas pequeninas e desinteressantes que existem apenas para constituir o publico que as admira.
As pessoas com o ego aumentado são tão cegas que nem percebem que muitas vezes o que leva o resto do mundo até elas não é admiração, é apenas condescendência, nalguns casos mais graves, curiosidade.
Não suportam o sucesso dos outros, necessitam sempre de o menosprezar e atribuir a razões nunca admissíveis como válidas.
São pouco imaginativas, mas fazem óptimas cópias, muitas vezes até melhoradas. Têm essa habilidade de colher um pouco de cada coisa que vêem e pretender que criaram uma coisa nova, com a solidez toda coladinha com cuspo.
Nunca são sinceras. São verdadeiras malabaristas na arte de manipular a opinião dos outros, e quem não se render será sempre pouco inteligente.
Adoram parecer que têm um crivo apertado e exigente no que toca a pessoas, mas a verdade é que são de malha larga.
Para mim, que tenho toda a psicologia da minha vida reduzida a uma disciplina lá pelo 10º ano, a necessidade que estas pessoas têm de se julgar superiores, vem directamente de um subconsciente que lhes diz: já que não te aturas a ti própria, vai convencer o mundo.
O pior que se pode dar a estas pessoas é espaço, porque nunca ficam contentes e acabam sempre a transbordar balofamente para o dos outros.
São verdadeiros casos perdidos. Nem todas as palavras de bom senso do mundo as salvam, cegas consigo próprias.
Às vezes a vida faz isso.
Mas quase sempre é tarde demais.

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