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domingo, março 03, 2013

Balanço de uma viagem

Como certamente perceberam pelos mini posts que escrevi em terras de Vera Cruz, não achei o Brasil aquela coisa.
Acho que levava as expectativas muito altas. Foram meses a sonhar com bebedeiras de caipirinha na praia a par com o dito-cujo, com tórridas quecas dentro de águas cálidas, com sexo na praia à noite, com sestas intermináveis em areais a perder de vista.
É óbvio que nesses meus sonhos, não estavam incluídos dados tão relevantes como:
Número 1 e muito relevante para não permitir realização de acontecimentos sonhados a nível de 3º escalão: - As praias não são desertas
- S. Salvador é uma cidade, e as caipirinhas com os pés dentro de água bebem-se talvez em lugares mais calmos e isolados onde só fomos de passagem e onde não estávamos instalados (mesmo assim consegui apanhar uma piela, numa praia, com caipirinha)
- A preocupação em que nos subtraíssem o que deixávamos na areia era quase impeditiva de podermos ter grandes e prolongadas distracções dentro de água.
- As saudades das migalhas começaram a assolar-me ao fim de 4 ou 5 dias, não me deixando usufruir a 100% das férias.
- Tínhamos amigos por perto, e a verdade é que para podermos estar mais tempo com eles, não quisemos andar a "viajar"
- Tínhamos o hotel reservado e pago para os 10 dias, e portanto não dava para chegar a meio das férias e dizer, olha, vamos 4 dias para uma ilha beber água de côco e...caipirinhas na praia.
-Os nossos amigos ainda estavam com a ressaca do Carnaval e portanto, não estavam para grandes maluqueiras.
A esta altura já estão a perguntar o que foi bom.
Foi muito bom umas férias de filhos, apesar das saudades. Foi muito bom estar com o meu maridinho, fazer coisas tão simples como refeições a dois, ler um livro com ele ao lado, sentir que somos nós em Portugal ou em qualquer parte do Mundo.
Foi bom sentir saudades de casa, e ter cada vez mais a certeza que a minha família é o meu projecto de vida, o único onde quero ser imbatível e irrepreensível, o único onde aposto todas as fichas e que não quero que falhe. As migalhas não entendem, como é óbvio, não agora, mas ao deixarmos os 3 para trás para termos momentos só nossos, estamos a fazer mais por eles, e pela nossa família, do que se tivessemos ficado juntos. Estamos a fortalecer os nossos laços, o nosso amor, a lembrar que a nossa relação é o princípio de tudo e o pilar que tem de se manter forte para a casa não desabar.
Pode não ter sido a lua de mel que poderíamos ter tido e não tivemos, porque já muito foi construído, e não dá para fingir que somos só dois recém casados a iniciar um casamento.
Sobretudo tive de confiar no dito cujo e não ser eu a organizar e a mandar em tudo (Deus sabe como gosto de mandar e decidir). Confiei no destino que escolheu, no voo, no hotel. Fui com ele, com tudo tratado sem eu ter a mínima preocupação.
E sabem que mais?
Adorei!

2 comentários:

  1. Ainda bem!! Esses momentos a sós só vos fazem bem como casa, logo, como família.

    Beijinhos

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  2. Muito bem, é sempre preciso esses excelentes momentos a dois. Aproveitam e metem a escrita em dia.

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