O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

quinta-feira, novembro 05, 2015

Tomem lá. E dêem cá. Se vos apetecer, claro, que não obrigo ninguém a dizer que o filme que viu mais vezes foi o Música no Coração seguido do Pretty Woman

O primeiro filme que vi no cinema foi a Alice no País das Maravilhas. Uma maravilha de que não me lembro patavina, não fosse ter ouvido a frase "o primeiro filme que te levámos a ver ao cinema foi..." durante toda a minha vida. O primeiro filme que me lembro de ter ido ver ao cinema (e não o que vi primeiro, estão a acompanhar?), foi o TOP GUN, até porque saí de lá completamente aparvalhada, que é como quem diz, a fazer planos de ir viver para a América a fim de me colocar no caminho do amor da minha vida. Tinha uns 11 ou 12 anos. Ou talvez não fosse o primeiro a deixar memórias afinal pelo meio houve o ET. O primeiro filme em que chorei no cinema, e me recordo de olhar em volta meio envergonhada para verificar que estava toda a gente mais ou menos no mesmo estado.
Entre o cinema e o videoclube, foi tanta fita que passou por baixo destes olhinhos, que jamais conseguiria escolher um.
Mamei muito filme com o Richard Gere, com o Robert Redford e com o Harrison Ford, porque a minha mãe não se aguentava com estes três. Já à pala do meu pai, vi tudo o que havia para ver com o Jack Nicholson (Voando sobre um Ninho de Cucos, The Shining, Chinatown, Melhor é Impossível, este gajo faz sempre papel de maluco, lá dizia o meu pai).
Também se apreciava Dustin Hoffman, e adoravamos a Meryl Streep (ainda hoje adoro), talvez por isso Kramer contra Kramer rodou uma meia dúzia de domingos à tarde. O Rain Man agradava assim um bocadinho a todos (ainda que por esta altura já tivesse percebido que o meu futuro não passaria por acompanhar o Tom lá naquilo da meca do cinema). Lembro-me de corar de vergonha a ver Oficial e Cavalheiro (que cena ver aquilo com os pais), de ver Nove Semanas e Meia às escondidas. De chorar baba e ranho com Laços de Ternura (ganda Shirley MacLaine).
Isto era exercício para durar horas, mas não vos maço mais.
Vi  filmes espectaculares, mas também vi muita merdinha. E o que eu gostava de filmes de merda (eu e uma amiga quando não tínhamos mais nada de jeito para fazer, víamos o Notting Hill). Dormi belas sonecas em salas de cinema, especialmente quando Dito-Cujo me levava às "sessões da meia noite". Aquilo era tiro e queda. Ainda as apresentações não tinham terminado, e já me corria o fio de baba ao canto da boca.
Hoje vou muito pouco ao cinema, mas não houve filme de desenhos animados dos últimos seis anos que não tenha papado. Ossos do ofício.
Graças a Deus,  sei que um dia vou recuperar esse hábito, esse maravilhoso, apesar de dispendioso, hábito, quando os miúdos tiverem idade para ver filmes de jeito. Ou se não forem amantes da sétima arte, idade para ficarem em casa sozinhos.
Migalha Crescida já começa a dar uns toques. Pelo menos já consegue ler as legendas do princípio ao fim, o que nos permite pelo menos a hipótese de ver a versão original.
O que já é muitA bom, tendo em conta as circunstâncias.

PS: nunca vi Star Wars. Nem quero. Mereço a morte ou quê?


17 comentários:

  1. Pá, não ver a triologia original do Star Wars é quase um crime para alguém que gosta de filmes!
    Não ver a segunda triologia é sinal de inteligência, que os filmes não são grande coisa, excepção feita ao final do 3º filme quando se vê a transformação do Anakin em Darth Vader!
    Quanto à 3ª triologia, aguardo ansiosamente e com expectativas altas, visto que o realizador é absolutamente fenomenal!

    E há que pensar que só existe um Indiana Jones porque pouco antes existiu um Han Solo!

    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não é o meu género. Não aprecio o ficção científica (ainda se chama assim?)

      Eliminar
  2. Ultimamente cá por casa também é a Pixar e a dreamworks que nos têm levado ao cinema. Sessão de sábado de manhã, às 11.30, que diminui de forma acentuada a probabilidade de adormecermos ainda antes de acabar a publicidade, para sairmos por volta das 13.00, mesmo a horas de almoçar.

    (Como não viste star wars?!!!!!!!)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pá...não vendo. E nunca senti falta. Nem um bocadinho. Sou um bocado avessa a essas cenas "de culto".

      Eliminar
  3. Eu vi. Mal me ficou na memória para além de umas naves a voar. No outro dia fui à Disney Store comprar um brinquedo do Star Wars para oferecer. A senhora da caixa olha para mim, toda sorridente, e pergunta se já sei quando estreia. E eu sem saber do que ela estava a falar... Resumindo: eu é que mereço a morte.

    ResponderEliminar
  4. Não vejo um filme há carradonas de tempo e o útimo foi precisamente o Pretty Woman no HLW. Mas também sou dessas resmengas que viram o Musica e o Tudo o Vento Levou até à inconsciência. Somos manas cinéfilas tá visto.
    (sou um cu de sono. meto-me na cama e chau!)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Vi um no fim de semana passado. Parece que aquilo no videoclube do MEO dá outras coisas que não desenhos animados. Mas escolhi logo um xarope daqueles bem docinhos com a Jeniffer Aniston. Receita infalível: conhecem-se, apaixonam-se, um deles faz merda, afastam-se, descobrem que não vivem um sem o outro, fazem as pazes, fim.

      Eliminar
  5. Nunca vi nenhum Star Wars, nem Senhor dos Anéis. Vi o 1º Harry Potter e não achei piada nenhuma. Eu já sou mais que fantástica, não preciso, seguramente, de ver esses filmes do fantástico.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Vi o senhor dos Anéis. Gostei, assim mais ou menos. Mais para fazer companhia, não sei se me entendes. O Harry Potter gostei. Vi uns dois.

      Eliminar
  6. Como n viste a primeira triologia do star wars?

    ResponderEliminar
  7. Todos os que descreveste passaram por mim, também. Marcaram-me da mesma forma. Lembro-me de um filme (nunca o esquecerei, vá se lá saber porquê?) com a Meg Ryan e com o Andy Garcia, dois filhos, ela alcoólica e ele piloto. Não me recordo do nome, mas o filme está todo na minha cabeça. Banda sonora REM, everybody hurts......! Alguém se lembra? Ah, pois, não, não sou alcoólica (por acaso). Fabuloso (na minha opinião, claro!)

    ResponderEliminar
  8. Pipocante Irrelevante Delirantesexta-feira, 06 novembro, 2015

    Ia às matinés do Tivoli ver os filmes dos bonecos.
    depois, eram as segundas-feiras, por serem mais baratas.
    Hoje, é Shopping, umas Abelhas ou Sininhos.

    Ir ao cinema hoje não me convence. Além de caro, perdeu-se a mística. O pessoal entra tarde já com o filme a decorrer (ainda fui a cinemas que depois das luzes apagarem a porta fechava!!), são as pipocas, os telemóveis, para fazerem figuras daquelas mais valia ficarem em casa, que hoje em dia há ecrãs e sistemas de som que valem tanto como um cinema.
    Ir ao cinema era algo de importante, todo o processo tinha algo em redor que se assemelhava a um acto de comemoração. Hoje é mais uma coisa que se faz.

    ResponderEliminar
  9. Querida Xaxia,
    O filme que vi mais vezes foi "Música no Coração" Comecei em miúdo e ainda não parei. Faz parte do ritual do Natal. Seguido, provavelmente, do "Cinema Paraíso" ou do "Padrinho". Também vi várias vezes Citizen Kane, Casablanca, Sonata de Outono, Taxi Driver e E tudo o vento levou.
    De resto, vi todos os que menciona, excepto Laços de Ternura.
    Bom dia,
    Outro Ente.

    ResponderEliminar

Comenta, não pagas nada e eu fico toda contente